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A respeito do texto “Uma esperança”, de Clarice Lispectos, podemos afirmar:

• A mãe, ao ouvir as constatações do filho sobre a inteligência, a hesitação e a ausência de olhos do inseto esperança, interpreta suas observações de uma maneira que vai da tragédia e da aceitação até a tristeza pela condição do inseto. Podemos comprovar isso no trecho:  “Ela é burrinha, comentou o menino. -- Sei disso, respondi um pouco trágica. -- Está agora procurando outro caminho, olhe, coitada, como ela hesita. -- Sei, é assim mesmo. -- Parece que esperança não tem olhos, mamãe, é guiada pelas antenas. -- Sei, continuei mais infeliz ainda”.

Instinto de mãe

Para a mãe, a esperança inseto é um animal sensível, de tamanha delicadeza que não se sente seu toque, apenas visualmente conseguimos perceber a sua presença, mas, enfim, é uma presença de corpo e alma. Assim como cuida dos filhos, sente-se impelida a cuidar da esperança, para que seu esqueleto verde e delicado não seja ameaçado por algum mal.

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