A bola
O pai deu uma bola de presente ao filho. Lembrando o prazer que sentira ao ganhar a sua primeira bola do pai. (...)
O garoto agradeceu, desembrulhou a bola e disse “Legal!”. Ou o que os garotos dizem hoje em dia quando gostam do presente ou não querem magoar o velho. Depois começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.
— Como é que liga? – perguntou.
— Como, como é que liga? Não se liga.
O garoto procurou dentro do papel de embrulho.
— Não tem manual de instrução?
O pai começou a desanimar e a pensar que os tempos são outros. Que os tempos são decididamente outros.
— Não precisa manual de instrução.
— O que é que ela faz?
— Ela não faz nada. Você é que faz coisas com ela.
— O quê?
— Controla, chuta...
— Ah, então é uma bola.
— Claro que é uma bola.
— Uma bola, bola. Uma bola mesmo.
— Você pensou que fosse o quê?
— Nada não...

(Luis Fernando Veríssimo – Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001,pp. 41-42.)

O fato incomum, no texto, aparece quando o menino


A) começou a girar a bola, à procura de alguma coisa.

B) demonstrou o que sabia fazer com uma bola.

C) concluiu que era mesmo uma bola.

D) não pensou nada em relação ao que era o presente.

Para agora porfavor atividade valendo 5 pontos tem ate 21:50
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