Nas colônias dos Estados Unidos do Centro-Norte ocorreu a colonização ou invasão de povoamento, caracterizada pela situação em que os colonizadores invadem ou ocupam a área com o objetivo de viver nela, impor sua cultura e religião aos habitantes originários, quando não era possível simplesmente exterminá-los. Eles partiam com suas famílias, geralmente, sem a perspectiva de retorno, na busca de melhores condições de vida e de liberdade religiosa. Nesse sentido, nas regiões em que esse tipo de colonização ocorreu,o clima apresentava características semelhantes ao da Inglaterra, de maneira que não havia o interesse imediato do governo inglês por essas colônias, diferentes das riquezas produzidas de maneira rápida em outras regiões pelas condições climáticas favoráveis à produção da cana de açúcar e outros produtos de interesse desse momento históricos, com uma maior intervenção estatal e controle para garantir o pagamento dos impostos à metrópole.
Desse modo, a produção agropecuária era voltada para o próprio consumo ou para o mercado interno da povoação, estimulando o comércio. Na ausência de uma maior regulamentação estatal, eles apresentava livre iniciativa no âmbito do comércio, não havendo monopólio. Eles apresentaram um sistema de governo mais democrático, desenvolvendo uma relativa autonomia frente à metrópole.
Enquanto isso, nas colônias do sul dos Estados Unidos e na maior do continente americano, houve a colonização ou invasão de exploração, que se tratava de uma ocupação almejando obter lucro e, possivelmente, um retorno do invasor ao local de origem. Desse modo,há predomínio de uma produção de monocultura em grandes faixas de terra, almejando a venda da produção no mercado exterior, visando o enriquecimento rápido. Além disso, há a busca por minérios e outros recursos de extração rápida, tais como ouro e outros materiais preciosos. Os imigrantes, em sua maioria, eram homens, que viajam sem suas famílias, o que estimula a miscigenação. Haja vista o objetivo de enriquecimento rápido, a base do trabalho era a utilização de mão de obra escrava, com a importação de africanos para trabalhar, principalmente, no campo.
Em termos de economia, essas regiões recebiam forte controle estatal, de modo que quase não havia livre iniciativa para abrir comércios, bem como prevaleciam os monopólios, sendo mais importante estar bem relacionado com os reis e outros poderosos do que se preocupar com a qualidade dos seus produtos ou com as estratégias de negócio.
Com as colônias de exploração houve uma maior implicação do pacto colonial, através do qual as colônias produziam apenas produtos primários destinados à exportação e os produtos manufaturados eram comprados da metrópole, com a imposição de monopólio e protecionismo que possibilitavam o fluxo de recursos em direção à potência colonizadora.
Vale ressaltar que em ambas as formas de colonização, eles invadiam a região, matavam os índios quando não conseguiam escravizá-los (prática que continuou com a independência dos Estados Unidos, conforme relata o livro "Enterrem meu coração na curva do rio"). Fingiam paz por um tempo e logo depois voltavam à guerra, utilizando-se de armas modernas, técnicas de guerra, doenças (por exemplo, enviavam aos índios cobertores para o frio que haviam sido usados por doentes de sarampo, varíola, dentre outras).
Boa parte da colonização e do aumento territorial inglês, foram agentes privados que financiaram e gerenciaram as invasões (ou colonizações) do território americano, especialmente em razão dos conflitos internos na Inglaterra e externas com a Espanha. Foram duas empresas que receberam a permissão real para isso:
A Companhia de Londres, e a Companhia de Plymonth. A maioria das pessoas que estavam dispostas a viajar para as colônias inglesas era composta por ex-presidiários, nobres falidos, e pobres em geral, que não podiam pagar as passagens. Como resultado, as companhias aceitavam que a pessoa, após chegar passasse por um período de serviços gratuitos (indenturent servant), em geral de cinco ou dez anos, àqueles que financiassem a travessia.
Antes do Tolerant Act (1689), muitos criminosos, ciganos, e desocupados foram banidos para a América, lugar no qual seriam tratados em condições semelhantes aos escravos.
Vale ressaltar que nessa época, havia uma intensa intolerância religiosa na Inglaterra, estimulando com que vários grupos, tais como os quakers, percebessem a imigração para a América como uma possibilidade de criar um local com liberdade para seus cultos.
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Prezada,Nas colônias dos Estados Unidos do Centro-Norte ocorreu a colonização ou invasão de povoamento, caracterizada pela situação em que os colonizadores invadem ou ocupam a área com o objetivo de viver nela, impor sua cultura e religião aos habitantes originários, quando não era possível simplesmente exterminá-los. Eles partiam com suas famílias, geralmente, sem a perspectiva de retorno, na busca de melhores condições de vida e de liberdade religiosa. Nesse sentido, nas regiões em que esse tipo de colonização ocorreu,o clima apresentava características semelhantes ao da Inglaterra, de maneira que não havia o interesse imediato do governo inglês por essas colônias, diferentes das riquezas produzidas de maneira rápida em outras regiões pelas condições climáticas favoráveis à produção da cana de açúcar e outros produtos de interesse desse momento históricos, com uma maior intervenção estatal e controle para garantir o pagamento dos impostos à metrópole.
Desse modo, a produção agropecuária era voltada para o próprio consumo ou para o mercado interno da povoação, estimulando o comércio. Na ausência de uma maior regulamentação estatal, eles apresentava livre iniciativa no âmbito do comércio, não havendo monopólio. Eles apresentaram um sistema de governo mais democrático, desenvolvendo uma relativa autonomia frente à metrópole.
Enquanto isso, nas colônias do sul dos Estados Unidos e na maior do continente americano, houve a colonização ou invasão de exploração, que se tratava de uma ocupação almejando obter lucro e, possivelmente, um retorno do invasor ao local de origem. Desse modo,há predomínio de uma produção de monocultura em grandes faixas de terra, almejando a venda da produção no mercado exterior, visando o enriquecimento rápido. Além disso, há a busca por minérios e outros recursos de extração rápida, tais como ouro e outros materiais preciosos. Os imigrantes, em sua maioria, eram homens, que viajam sem suas famílias, o que estimula a miscigenação. Haja vista o objetivo de enriquecimento rápido, a base do trabalho era a utilização de mão de obra escrava, com a importação de africanos para trabalhar, principalmente, no campo.
Em termos de economia, essas regiões recebiam forte controle estatal, de modo que quase não havia livre iniciativa para abrir comércios, bem como prevaleciam os monopólios, sendo mais importante estar bem relacionado com os reis e outros poderosos do que se preocupar com a qualidade dos seus produtos ou com as estratégias de negócio.
Com as colônias de exploração houve uma maior implicação do pacto colonial, através do qual as colônias produziam apenas produtos primários destinados à exportação e os produtos manufaturados eram comprados da metrópole, com a imposição de monopólio e protecionismo que possibilitavam o fluxo de recursos em direção à potência colonizadora.
Vale ressaltar que em ambas as formas de colonização, eles invadiam a região, matavam os índios quando não conseguiam escravizá-los (prática que continuou com a independência dos Estados Unidos, conforme relata o livro "Enterrem meu coração na curva do rio"). Fingiam paz por um tempo e logo depois voltavam à guerra, utilizando-se de armas modernas, técnicas de guerra, doenças (por exemplo, enviavam aos índios cobertores para o frio que haviam sido usados por doentes de sarampo, varíola, dentre outras).
Boa parte da colonização e do aumento territorial inglês, foram agentes privados que financiaram e gerenciaram as invasões (ou colonizações) do território americano, especialmente em razão dos conflitos internos na Inglaterra e externas com a Espanha. Foram duas empresas que receberam a permissão real para isso:
A Companhia de Londres, e a Companhia de Plymonth.
A maioria das pessoas que estavam dispostas a viajar para as colônias inglesas era composta por ex-presidiários, nobres falidos, e pobres em geral, que não podiam pagar as passagens. Como resultado, as companhias aceitavam que a pessoa, após chegar passasse por um período de serviços gratuitos (indenturent servant), em geral de cinco ou dez anos, àqueles que financiassem a travessia.
Antes do Tolerant Act (1689), muitos criminosos, ciganos, e desocupados foram banidos para a América, lugar no qual seriam tratados em condições semelhantes aos escravos.
Vale ressaltar que nessa época, havia uma intensa intolerância religiosa na Inglaterra, estimulando com que vários grupos, tais como os quakers, percebessem a imigração para a América como uma possibilidade de criar um local com liberdade para seus cultos.