A Europa passou pelo processo de transição do período medieval para a idade moderna e assim percebemos uma sociedade que estava se desenvolvendo e aprendendo a incrível arte de acúmulo de capital,onde os homens transbordavam ideais modernos e um espírito aventureiro,que foi repleto de inspirações renascentistas do antropocentrismo (o homem como centro do universo).
Estarei esmiuçando um comentário, partindo da ideia que foi exposta. Espero poder lhe ajudar :)
A Europa, durante esse período, enfrenta diversas questões no que diz respeito à transição ao período moderno que ocorre durante os séculos XI e XIV. Nele, podemos ver o renascimento de um bocado de coisas: das cidades, do comércio e etc. Mas, a Idade Moderna não pode ser entendida simplesmente como um período de transição, é nela que, apesar da curta duração, ocorrem transformações que nos são sentidos até os dias de hoje isso se deu a partir do comércio e, consequentemente da consciência de classe e constituição da burguesia.
Além dos fatores citados, o crescimento do comércio também se deu por um aumento demográfico em que os trabalhadores saem dos feudos em busca de trabalho e ascensão social por meio da produção agrícola.
Sobre esse período, acho que uma das representações cênicas mais marcantes é a segunda parte da tragédia fáustica de Goethe, em que, tratando nessa parte sobre o mundo superior (que envolve muito a política), durante a transição entre a Região Amena ao Palatinado, o personagem Mefistófeles sugere um plano econômico capaz de sanear as finanças da nação arruinada, como uma avalanche de "papel-moeda mágico" que transforma as estruturas feudais do Império, mas, infelizmente, acarreta em uma crise inflacionária que acaba por intensificar ainda mais o caos econômico e desenhar os contornos de uma grande guerra civil. O autor, Goethe, obviamente retrata nesse início, sob a figura de Maximiliano I, imperador do Sacro-Império Romano Germânico, a transição entre a Baixa Idade Média ao nascimento da Idade Moderna, e já presente as ideias do Renascimento e do pensamento ilustrado.
Se considerarmos que, nesse período, com as trágicas vivências epidemiológicas da Peste Negra, os vestígios e a pobreza gerada pela Guerra dos Cem anos (e a crescente exploração do trabalho que culminava na insatisfação popular), a morte e a desgraça traça ali um abalo nas mentalidades existentes, a fé imbatível pregada pelo cristianismo mostra-se estruturalmente abalada e definhando-se num mar de féu. As consciências do período se encontram num mundo abandonado por Deus.
Inicia-se, ali, os trejeitos de uma nova ordem social, isto porque, com a ruptura dos antigos laços de dependência social e das regras existentes, existe a liberação do indivíduo que se vê diante de um Estado com poder centralizado (ao contrário do que se tinha durante a Idade Média, a repartição dos feudos e etc.) e o capitalismo incipiente.
As mudanças estruturais, seja na sociedade, economia e na visão histórica, embarca mudanças em todos os fazeres humanos, principalmente, na visão de mundo, no fazer artístico e assim por diante. Essas mudanças e crises econômicas e sociais, englobam numa visão de que não mais Deus é capaz por reger o destino dos homens na História, mas que os homens são os responsáveis por reger a própria História (vê-se muito desse ideal no período posterior, o contemporâneo, com a Revolução Francesa, em que os ideais antropocêntrico está muito mais trabalhado e escancarado à sociedade europeia).
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Comentário: Qual seria, exatamente, a questão?
Estarei esmiuçando um comentário, partindo da ideia que foi exposta. Espero poder lhe ajudar :)
A Europa, durante esse período, enfrenta diversas questões no que diz respeito à transição ao período moderno que ocorre durante os séculos XI e XIV. Nele, podemos ver o renascimento de um bocado de coisas: das cidades, do comércio e etc. Mas, a Idade Moderna não pode ser entendida simplesmente como um período de transição, é nela que, apesar da curta duração, ocorrem transformações que nos são sentidos até os dias de hoje isso se deu a partir do comércio e, consequentemente da consciência de classe e constituição da burguesia.
Além dos fatores citados, o crescimento do comércio também se deu por um aumento demográfico em que os trabalhadores saem dos feudos em busca de trabalho e ascensão social por meio da produção agrícola.
Sobre esse período, acho que uma das representações cênicas mais marcantes é a segunda parte da tragédia fáustica de Goethe, em que, tratando nessa parte sobre o mundo superior (que envolve muito a política), durante a transição entre a Região Amena ao Palatinado, o personagem Mefistófeles sugere um plano econômico capaz de sanear as finanças da nação arruinada, como uma avalanche de "papel-moeda mágico" que transforma as estruturas feudais do Império, mas, infelizmente, acarreta em uma crise inflacionária que acaba por intensificar ainda mais o caos econômico e desenhar os contornos de uma grande guerra civil. O autor, Goethe, obviamente retrata nesse início, sob a figura de Maximiliano I, imperador do Sacro-Império Romano Germânico, a transição entre a Baixa Idade Média ao nascimento da Idade Moderna, e já presente as ideias do Renascimento e do pensamento ilustrado.
Se considerarmos que, nesse período, com as trágicas vivências epidemiológicas da Peste Negra, os vestígios e a pobreza gerada pela Guerra dos Cem anos (e a crescente exploração do trabalho que culminava na insatisfação popular), a morte e a desgraça traça ali um abalo nas mentalidades existentes, a fé imbatível pregada pelo cristianismo mostra-se estruturalmente abalada e definhando-se num mar de féu. As consciências do período se encontram num mundo abandonado por Deus.
Inicia-se, ali, os trejeitos de uma nova ordem social, isto porque, com a ruptura dos antigos laços de dependência social e das regras existentes, existe a liberação do indivíduo que se vê diante de um Estado com poder centralizado (ao contrário do que se tinha durante a Idade Média, a repartição dos feudos e etc.) e o capitalismo incipiente.
As mudanças estruturais, seja na sociedade, economia e na visão histórica, embarca mudanças em todos os fazeres humanos, principalmente, na visão de mundo, no fazer artístico e assim por diante. Essas mudanças e crises econômicas e sociais, englobam numa visão de que não mais Deus é capaz por reger o destino dos homens na História, mas que os homens são os responsáveis por reger a própria História (vê-se muito desse ideal no período posterior, o contemporâneo, com a Revolução Francesa, em que os ideais antropocêntrico está muito mais trabalhado e escancarado à sociedade europeia).
Resposta: Todas as afirmativas estão corretas.
Explicação:
Corrigido pela prova