Sou o poeta João, Cheio de sonhos e pesadelos E medos e coragem. Tenho os olhos abertos, espertos Para olhar o céu, o mar, a montanha E todas as cores que a vida tem. Tantos me tocam as cores da natureza Como os olhos das garotas.
Tenho os ouvidos atentos para a música, os ruídos todos e a sonoridade dos sorrisos e dos nomes de mulher.
Com os íntimos ou escrevendo Sou falante, elétrico como um grilo. Quando enfrento o desconhecido Sou caracol encolhido em minha casca-casa.
Sou alegre e sou triste, Sou poeta em projeto. Acho que o poeta é um cara-de-pau Que se joga todo sem redes, Sem máscaras e sem olhos escuros. É um ser que bota fogo no gelo E espera um incêndio amazônico.
Para isso vivo e me preparo Como só tenho quinze anos, Estou ainda atiçando chispas. Se uma chamazinha explodir, Se um verde minúsculo brotar Do azul do meu poema, Se o diálogo quebrar a indiferença, Valeu.
1) COM BASE NA 4 ESTROFE, RESPONDA: COMO O EU LÍRICO SE SENTE NESSA ETAPA DE SUA VIDA?