Ao criticar a escola dualista da Itália, Gramsci revela sua preocupação com o modelo de ensino clássico que num primeiro momento é ofertado à classe da elite; no segundo estágio, tem-se o ensino profissionalizante designado à classe dos subalternos, os operários. Sua proposta institui a escola unitária.
A escola unitária objetiva visualizar na experiência democrática da comunidade escolar, ou seja, projeta-se o ideário de libertação da escola e reafirma como espaço socioeducativo, incluindo a formação de pessoas para se tornarem dirigentes, lideranças de sociedade coletivamente humana e nova. Há diferentes tipos de escola e a unitária é uma proposição ao nível básico de ensino. Contudo, ela não nasceu pronta, amadureceu ao longo do tempo. Na juventude, até o chamado “Biênio Vermelho”, Gramsci entendia que os processos de ensino-aprendizagem deveriam ser “desinteressados” (antônimo de “interesseiros”, como se utiliza na linguagem corrente), isto é, uma formação geral do ser humano, propedêutica, democraticamente aberta a todos, não profissionalizante precocemente e sem a vinculação imediata com um modelo social específico. Contudo, nos escritos do cárcere, essa proposta educativa escolar amadureceu, fundou-se no trabalho como princípio educativo e adotou o objetivo de colaborar no processo de superação das relações sociais capitalistas, para construir uma nova civilização, favorecida pela escola como formadora de intelectuais.

Caro aluno, aluna, o que você deve fazer é a leitura do enunciado acima, bem como dos três primeiros blocos do Elemento Textual. Em seguida, desenvolva em forma de redação as resoluções que envolvem a escola unitária, considerando as experiências democráticas e participativas.