a. A fábula poderia ser considerada subversiva por questionar a troca de liberdade por conforto na sociedade da época.
b) O lobo valoriza a liberdade, enquanto o cão valoriza a segurança e comodidade oferecidas pela submissão.
c) Exemplos incluem comprometer princípios éticos por ganhos financeiros ou aceitação social, como falsificar dados para obter benefícios ou trair valores para ser aceito por um grupo.
Fábula de Fredo
A fábula de Fedro, proveniente da época de Otávio Augusto, poderia ter sido considerada subversiva devido à sua abordagem crítica em relação à liberdade e à troca de autonomia por comodidade.
Nela, um lobo magro e um cão gordo representam dois princípios distintos: o lobo valoriza a liberdade, disposto a enfrentar as adversidades da vida selvagem, enquanto o cão prioriza a segurança e o conforto proporcionados pela submissão aos humanos.
A narrativa ressalta a escolha do cão de abrir mão de sua liberdade em troca de uma vida mais fácil sob o teto de seus donos. A marca da coleira em seu pescoço revela a restrição diurna imposta, contrastando com a liberdade noturna.
Este dilema reflete as complexidades das decisões entre autonomia e comodidade.No contexto contemporâneo, a fábula permanece relevante ao ilustrar situações onde indivíduos comprometem princípios éticos em busca de vantagens imediatas.
Exemplos incluem a falsificação de dados para ganhos financeiros ou a traição de valores para obter aceitação social.
A dualidade apresentada na fábula de Fedro serve como uma reflexão intemporal sobre as escolhas que fazemos em relação à liberdade, segurança e os compromissos que aceitamos em busca de conforto.
#SPJ1
A pergunta completa é a seguinte:
O texto abaixo é a adaptação de uma fábula de Fedro, autor da época de Otávio Augusto (31 a.C.). Acusado por supostas implicações “subversivas” em algumas de suas fábulas, sofreu pressões e perseguições.
Relatarei sumariamente a doçura da liberdade
Um cão gordo e saciado encontra um lobo magro ao extremo: eles se cumprimentam e param:
– Diga-me de onde vem tanta exuberância? Que comida lhe deu esta corpulência? Eu, que sou bem mais corajoso que você, morro de fome.
– O mesmo destino lhe espera, se você puder servir o dono de maneira idêntica, responde bondosamente o cão.
– Em quê? Pergunta o outro.
– Vigiar a entrada, proteger a casa contra ladrões, mesmo à noite.
– Estou, seguramente, disposto a isto! Por ora sofro com a neve e a chuva, levo uma vida árdua nas florestas; como me seria mais cômodo viver sob um teto sem fazer nada, alimentar-me e saciar-me de comida!
– Siga-me então.
No caminho, o lobo reparou no pescoço do cão, que a coleira tinha marcado:
– De onde vem isso, meu amigo?
– Não é nada.
– Conte-me, eu lhe peço.
– Acham-me muito fogoso, por isso prendem-me durante o dia para que eu repouse quando está claro e para que eu zele quando chega a noite. No crepúsculo, sou desatado e vou aonde quero. Sem que eu tenha que me mexer, trazem-me pão, de sua mesa, meu dono me dá ossos e as pessoas da casa atiram-me porções de tudo aquilo que não querem. Assim, sem me cansar, encho meu estômago.
– E, diga-me, se você quiser ir a algum lugar, você pode?
– Não, absolutamente.
– Seja feliz a seu modo, cão; não gostaria de um trono que me tirasse a liberdade.
(FEDRO, III, 6. In: PINSKY, Jaime. 100 textos de História antiga. 5. ed. São Paulo: Contexto, 1991. p. 103-104).
a) Por que tal fábula teria sido considerada “subversiva” em sua época?
b) Quais os princípios valorizados respectivamente pelo lobo e pelo cão?
c) Cite exemplos, hipotéticos ou reais, de situações em que princípios são trocados por vantagens pessoais imediatas.
Lista de comentários
Em Relação à fábula de Fredo:
Fábula de Fredo
A fábula de Fedro, proveniente da época de Otávio Augusto, poderia ter sido considerada subversiva devido à sua abordagem crítica em relação à liberdade e à troca de autonomia por comodidade.
Nela, um lobo magro e um cão gordo representam dois princípios distintos: o lobo valoriza a liberdade, disposto a enfrentar as adversidades da vida selvagem, enquanto o cão prioriza a segurança e o conforto proporcionados pela submissão aos humanos.
A narrativa ressalta a escolha do cão de abrir mão de sua liberdade em troca de uma vida mais fácil sob o teto de seus donos. A marca da coleira em seu pescoço revela a restrição diurna imposta, contrastando com a liberdade noturna.
Este dilema reflete as complexidades das decisões entre autonomia e comodidade.No contexto contemporâneo, a fábula permanece relevante ao ilustrar situações onde indivíduos comprometem princípios éticos em busca de vantagens imediatas.
Exemplos incluem a falsificação de dados para ganhos financeiros ou a traição de valores para obter aceitação social.
A dualidade apresentada na fábula de Fedro serve como uma reflexão intemporal sobre as escolhas que fazemos em relação à liberdade, segurança e os compromissos que aceitamos em busca de conforto.
#SPJ1
A pergunta completa é a seguinte:
O texto abaixo é a adaptação de uma fábula de Fedro, autor da época de Otávio Augusto (31 a.C.). Acusado por supostas implicações “subversivas” em algumas de suas fábulas, sofreu pressões e perseguições.
Relatarei sumariamente a doçura da liberdade
Um cão gordo e saciado encontra um lobo magro ao extremo: eles se cumprimentam e param:
– Diga-me de onde vem tanta exuberância? Que comida lhe deu esta corpulência? Eu, que sou bem mais corajoso que você, morro de fome.
– O mesmo destino lhe espera, se você puder servir o dono de maneira idêntica, responde bondosamente o cão.
– Em quê? Pergunta o outro.
– Vigiar a entrada, proteger a casa contra ladrões, mesmo à noite.
– Estou, seguramente, disposto a isto! Por ora sofro com a neve e a chuva, levo uma vida árdua nas florestas; como me seria mais cômodo viver sob um teto sem fazer nada, alimentar-me e saciar-me de comida!
– Siga-me então.
No caminho, o lobo reparou no pescoço do cão, que a coleira tinha marcado:
– De onde vem isso, meu amigo?
– Não é nada.
– Conte-me, eu lhe peço.
– Acham-me muito fogoso, por isso prendem-me durante o dia para que eu repouse quando está claro e para que eu zele quando chega a noite. No crepúsculo, sou desatado e vou aonde quero. Sem que eu tenha que me mexer, trazem-me pão, de sua mesa, meu dono me dá ossos e as pessoas da casa atiram-me porções de tudo aquilo que não querem. Assim, sem me cansar, encho meu estômago.
– E, diga-me, se você quiser ir a algum lugar, você pode?
– Não, absolutamente.
– Seja feliz a seu modo, cão; não gostaria de um trono que me tirasse a liberdade.
(FEDRO, III, 6. In: PINSKY, Jaime. 100 textos de História antiga. 5. ed. São Paulo: Contexto, 1991. p. 103-104).
a) Por que tal fábula teria sido considerada “subversiva” em sua época?
b) Quais os princípios valorizados respectivamente pelo lobo e pelo cão?
c) Cite exemplos, hipotéticos ou reais, de situações em que princípios são trocados por vantagens pessoais imediatas.