Um individuo vai com o seu cão ao cinema. O homem da cadeira ao lado começa a ficar espantado ao ver que o cão ria e batia palmas, como se estivesse realmente a compreender o filme. Diz o homem para o dono do cão: -Estou admiradíssimo! O seu cão é muito inteligente, percebe o filme todo.
Diz o dono do cão: -Ai, está admirado?! Mais admirado estou eu! -Então... mas por quê?- Pergunta intrigado o homem.
Explica o dono do cão: - É que ele leu o livro e não gostou...
No trecho "Estou admiradíssimo!", há a derivação de grau do adjetivo "admirado" em superlativo sintético. Para o mesmo fim, o autor poderia ter utilizado a forma analitica “muito admirado" ou, ainda, realizar algo menos convencional e mais próprio da oralidade com a forma em superlativo "admiradão". A segunda possibilidade, porém, poderia ocorrer em um gênero textual em que a forma de expressão fosse mais importante que o rigor gramatical. Isso porque "admiradão"
A) apenas seria usada em gêneros narrativos, por se tratar de um adjetivo.
B) por sua terminação em -ão é ideal para realizar rimas, como previsto em uma anedota.
C) seria uma palavra que não atribuiria significado de intensidade, por ser um neologismo. seria um desvio à norma culta, porque o adjetivo não recebe grau aumentativa ou diminutivo, apenas o substantivo recebe tal grau.
E) não segue uma formação de palavras que seja gramaticalmente aceitável no português brasileiro.
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letra E, pois admiradão não existe na língua portuguesa