“A avó, a cidade e o semáforo”, de Mia Couto, 

O texto fala sobre o  valor do idoso , nas aldeias africanas , hoje o seu desejo de contar história são completamente ignorados, de partilhar crenças, tradições. 

O velho  não tem mais  o espaço da memória, para recontar e transmitir , suas  experiências , seu saber do mundo. 

Para o velho este é um silêncio doloroso é a sua própria solidão.

 Ndzima, é uma senhora idosa , o seu neto  vai à cidade grande , receber um prêmio do Ministério da Educação como melhor o professor rural. 

E sua avó , resolve ir junto , para verificar , onde o neto ia hospedar , quem arrumaria a sua cama ou faria sua comida .

 Chegando, ao hotel , “faz amizade” com todos e enquanto o neto está no trabalho, a avó distrai-se com os mendigos dos semáforos e também torna-se pedinte, como eles. 

Mas no dia da partida, Ndzima recusa-se a voltar para sua aldeia e se justifica assim :

 “Lá, na aldeia, estou mais sozinha eu prefiro  a vida de pedinte nos semáforos, cujas luzinhas amarelas e vermelhas me fazia muito bem porque me  lembrava o quintal iluminado pela fogueira.”

(p. 128);

Para a velha senhora, o semáforo, e as suas luzes, passam a ter um papel importante na sua vida . elas lembram a sua  aldeia, em sua juventude   e das pessoas que sentavam ao redor da fogueira para ouvi-la e contar histórias é justamente o que ela encontrou naquele lugar com os pedintes junto com a luz dos semáforos ,

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