"A esquistossomose é uma parasitose provocada pelo Schistosoma mansoni, uma espécie de platelminto. A doença pode ser assintomática ou provocar sintomas como febre, diarreia e fraqueza. Alguns pacientes desenvolvem um aumento do volume do abdômen, motivo pelo qual a doença é conhecida como barriga d’água. O tratamento é feito com uso de medicamento disponibilizado gratuitamente. O não tratamento da doença pode levar a complicações e até mesmo à morte.
No ciclo da esquistossomose, dois hospedeiros estão envolvidos: o homem (hospedeiro definitivo) e os caramujos do gênero Biomphalaria (hospedeiro intermediário).
O homem contaminado elimina fezes que podem contaminar o ambiente aquático. Os ovos eclodem e liberam larvas, que contaminam os caramujos. No interior dos caramujos, novos estágios larvais são formados. As larvas abandonam o caramujo e podem infectar o homem ao entrar em contato com água contaminada.
A esquistossomose pode ser assintomática ou provocar sintomas.
O diagnóstico da doença pode ser confirmado por meio do exame de fezes.
O tratamento é disponibilizado gratuitamente.
O não tratamento da doença pode levar à morte.
O que é a esquistossomose?
A esquistossomose, também conhecida como barriga d’água, xistose ou doença do caramujo, é uma doença causada por um platelminto. A doença não escolhe sexo, raça ou idade, podendo ser contraída por qualquer pessoa. A esquistossomose é adquirida quando entramos em ambiente aquático que apresenta o hospedeiro intermediário do platelminto liberando cercárias. O hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni é o caramujo do gênero Biomphalaria.
Agente etiológico da esquistossomose
A esquistossomose é causada por vermes platelmintos da classe dos trematódeos da espécie Schistosoma mansoni. Esse verme apresenta coloração esbranquiçada, e há diferença entre o macho e a fêmea.
O macho mede entre 6,5 mm e 12 mm e apresenta o corpo achatado. Suas bordas se enrolam ventralmente e formam o canal ginecóforo. O enrolamento das bordas corporais dá a impressão que o verme apresenta corpo cilíndrico. A fêmea é mais fina e cerca de duas vezes maior que o macho. Apresenta corpo cilíndrico e as extremidades afiladas. A fêmea aloja-se no canal ginecóforo do macho, no qual é facilmente fecundada.
Ciclo da esquistossomose
A doença inicia seu ciclo quando pessoas com esquistossomose eliminam suas fezes em ambiente aquático ou próximo a ele. As fezes contêm ovos de Schistosoma mansoni, os quais eclodem quando entram em contato com a água e eliminam uma larva ciliada chamada de miracídio.
Os miracídios liberados na água penetram no hospedeiro intermediário do parasita, o caramujo do gênero Biomphalaria. Dentro do hospedeiro, os miracídios se multiplicam e passam por uma série de transformações. Eles dão origem a outra forma larval, chamada de cercária, que é liberada no ambiente. A maior liberação ocorre em momentos quando o calor e a luz solar são mais intensos (entre 10 h e 16 h). Esse momento coincide com o período em que uma maior quantidade de pessoas está em contato com a água.
A cercária é a forma infectante do parasita e se caracteriza por possuir uma cauda bifurcada. Essa forma larval penetra ativamente no corpo do ser humano por meio de pele e mucosas. Assim que atravessa a pele ou mucosa, ela perde a cauda e se transforma em esquistossômulo. Os esquistossômulos caem na circulação venosa e atingem órgãos como coração e pulmões. Do coração, eles são levados para diferentes partes do corpo por meio das artérias. O parasita é localizado preferencialmente na veia porta no fígado.
No fígado, as formas jovens se alimentam, crescem e diferenciam-se sexualmente. Elas migram então para o intestino, no qual adquirem a forma adulta. É nesse local que os vermes adultos se acasalam. Após o acasalamento, ocorre a liberação de ovos, os quais migram para a luz intestinal e são liberados com as fezes.
Os ovos de Schistosoma mansoni são liberados com as fezes.
Vale salientar que a doença não pode ser transmitida por meio do contato direto com o doente. Além disso, não se observa autoinfecção.
Sintomas da esquistossomose
A esquistossomose pode ser assintomática ou evoluir para formas clínicas graves. Na fase inicial da doença, que começa após o contato com a cercária, o indivíduo pode apresentar coceira e vermelhidão no local de penetração das cercárias. Na fase aguda, sintomas como febre, diarreia, dor de cabeça, calafrios, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, suores e tosse podem surgir.
Os indivíduos que evoluem da forma aguda para a forma crônica podem observar uma diarreia mais constante, sangue nas fezes e períodos alternados entre diarreia e prisão de ventre. Tonturas, palpitações, emagrecimento e aumento do fígado são outros sintomas que podem ser observados. Nos casos mais graves, observa-se um aumento do volume do abdômen devido ao acúmulo de líquido, conhecido popularmente como barriga d’água.
O paciente pode apresentar também hemorragia digestiva e hipertensão pulmonar e portal. A doença pode levar à morte se não tratada adequadamente.
Diagnóstico da esquistossomose
O diagnóstico, geralmente, não é uma tarefa fácil em regiões onde a doença não ocorre com frequência. É fundamental, para a realização de um diagnóstico correto, saber os sintomas do paciente e também informações sobre onde o indivíduo vive e se ele se expôs a ambientes que possam estar contaminados. A realização de exames laboratoriais é essencial para a confirmação do caso. O exame de fezes permite a detecção de ovos do parasita causador da doença.
Tratamento da esquistossomose
A esquistossomose é tratada com uso do medicamento Praziquantel, distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde, e só deve ser utilizado após prescrição médica. O medicamento apresenta baixa toxicidade e os efeitos colaterais são leves. Sua dosagem varia em crianças e adultos e relaciona-se com o peso corporal do indivíduo. Em casos mais graves da doença, a internação pode ser recomendada.
Prevenção da esquistossomose
A esquistossomose pode ser prevenida evitando o contato com águas onde existam os hospedeiros intermediários do parasita (caramujos). A atenção deve ser redobrada em locais onde não há saneamento básico adequado.
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"A esquistossomose é uma parasitose provocada pelo Schistosoma mansoni, uma espécie de platelminto. A doença pode ser assintomática ou provocar sintomas como febre, diarreia e fraqueza. Alguns pacientes desenvolvem um aumento do volume do abdômen, motivo pelo qual a doença é conhecida como barriga d’água. O tratamento é feito com uso de medicamento disponibilizado gratuitamente. O não tratamento da doença pode levar a complicações e até mesmo à morte.
No ciclo da esquistossomose, dois hospedeiros estão envolvidos: o homem (hospedeiro definitivo) e os caramujos do gênero Biomphalaria (hospedeiro intermediário).
O homem contaminado elimina fezes que podem contaminar o ambiente aquático. Os ovos eclodem e liberam larvas, que contaminam os caramujos. No interior dos caramujos, novos estágios larvais são formados. As larvas abandonam o caramujo e podem infectar o homem ao entrar em contato com água contaminada.
O que é a esquistossomose?
A esquistossomose, também conhecida como barriga d’água, xistose ou doença do caramujo, é uma doença causada por um platelminto. A doença não escolhe sexo, raça ou idade, podendo ser contraída por qualquer pessoa. A esquistossomose é adquirida quando entramos em ambiente aquático que apresenta o hospedeiro intermediário do platelminto liberando cercárias. O hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni é o caramujo do gênero Biomphalaria.
Agente etiológico da esquistossomose
A esquistossomose é causada por vermes platelmintos da classe dos trematódeos da espécie Schistosoma mansoni. Esse verme apresenta coloração esbranquiçada, e há diferença entre o macho e a fêmea.
O macho mede entre 6,5 mm e 12 mm e apresenta o corpo achatado. Suas bordas se enrolam ventralmente e formam o canal ginecóforo. O enrolamento das bordas corporais dá a impressão que o verme apresenta corpo cilíndrico. A fêmea é mais fina e cerca de duas vezes maior que o macho. Apresenta corpo cilíndrico e as extremidades afiladas. A fêmea aloja-se no canal ginecóforo do macho, no qual é facilmente fecundada.
Ciclo da esquistossomose
A doença inicia seu ciclo quando pessoas com esquistossomose eliminam suas fezes em ambiente aquático ou próximo a ele. As fezes contêm ovos de Schistosoma mansoni, os quais eclodem quando entram em contato com a água e eliminam uma larva ciliada chamada de miracídio.
Os miracídios liberados na água penetram no hospedeiro intermediário do parasita, o caramujo do gênero Biomphalaria. Dentro do hospedeiro, os miracídios se multiplicam e passam por uma série de transformações. Eles dão origem a outra forma larval, chamada de cercária, que é liberada no ambiente. A maior liberação ocorre em momentos quando o calor e a luz solar são mais intensos (entre 10 h e 16 h). Esse momento coincide com o período em que uma maior quantidade de pessoas está em contato com a água.
A cercária é a forma infectante do parasita e se caracteriza por possuir uma cauda bifurcada. Essa forma larval penetra ativamente no corpo do ser humano por meio de pele e mucosas. Assim que atravessa a pele ou mucosa, ela perde a cauda e se transforma em esquistossômulo. Os esquistossômulos caem na circulação venosa e atingem órgãos como coração e pulmões. Do coração, eles são levados para diferentes partes do corpo por meio das artérias. O parasita é localizado preferencialmente na veia porta no fígado.
No fígado, as formas jovens se alimentam, crescem e diferenciam-se sexualmente. Elas migram então para o intestino, no qual adquirem a forma adulta. É nesse local que os vermes adultos se acasalam. Após o acasalamento, ocorre a liberação de ovos, os quais migram para a luz intestinal e são liberados com as fezes.
Os ovos de Schistosoma mansoni são liberados com as fezes.
Vale salientar que a doença não pode ser transmitida por meio do contato direto com o doente. Além disso, não se observa autoinfecção.
Sintomas da esquistossomose
A esquistossomose pode ser assintomática ou evoluir para formas clínicas graves. Na fase inicial da doença, que começa após o contato com a cercária, o indivíduo pode apresentar coceira e vermelhidão no local de penetração das cercárias. Na fase aguda, sintomas como febre, diarreia, dor de cabeça, calafrios, fraqueza, falta de apetite, dor muscular, suores e tosse podem surgir.
Os indivíduos que evoluem da forma aguda para a forma crônica podem observar uma diarreia mais constante, sangue nas fezes e períodos alternados entre diarreia e prisão de ventre. Tonturas, palpitações, emagrecimento e aumento do fígado são outros sintomas que podem ser observados. Nos casos mais graves, observa-se um aumento do volume do abdômen devido ao acúmulo de líquido, conhecido popularmente como barriga d’água.
O paciente pode apresentar também hemorragia digestiva e hipertensão pulmonar e portal. A doença pode levar à morte se não tratada adequadamente.
Diagnóstico da esquistossomose
O diagnóstico, geralmente, não é uma tarefa fácil em regiões onde a doença não ocorre com frequência. É fundamental, para a realização de um diagnóstico correto, saber os sintomas do paciente e também informações sobre onde o indivíduo vive e se ele se expôs a ambientes que possam estar contaminados. A realização de exames laboratoriais é essencial para a confirmação do caso. O exame de fezes permite a detecção de ovos do parasita causador da doença.
Tratamento da esquistossomose
A esquistossomose é tratada com uso do medicamento Praziquantel, distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde, e só deve ser utilizado após prescrição médica. O medicamento apresenta baixa toxicidade e os efeitos colaterais são leves. Sua dosagem varia em crianças e adultos e relaciona-se com o peso corporal do indivíduo. Em casos mais graves da doença, a internação pode ser recomendada.
Prevenção da esquistossomose
A esquistossomose pode ser prevenida evitando o contato com águas onde existam os hospedeiros intermediários do parasita (caramujos). A atenção deve ser redobrada em locais onde não há saneamento básico adequado.
Fonte: "Esquistossomose", Disponível em: <(ponto)brasilescola (ponto)uol(ponto)com(ponto)br/doencas/esquistossomose.htm