O esforço para interiorizar o desenvolvimento no país e alavancar o Centro-Oeste levou muitas décadas. A inauguração de Brasília, em 1960, foi um dos principais marcos para a grande transformação da região. A transferência da capital ajudou a conectar o Centro-Oeste às economias do Sul e Sudeste, mais desenvolvidas. A escolha do governo Juscelino Kubitschek de fazer essa interligação por estradas interestaduais iniciou o período conhecido como rodoviarismo.
Mas a nova capital e a construção de estradas não promoveram mudanças rápidas na economia regional. A ocupação das vastas extensões de terra só deslanchou depois dos anos 1970, com a ajuda da tecnologia que recuperou a fertilidade dos solos e revelou a sua verdadeira vocação, centrada na produção de grãos e na pecuária.
— A crença até a década de 70 era de que o bioma Cerrados não servia para a agricultura — lembra o economista Elísio Contini, gerente de inteligência da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Esse bioma, com solos ácidos e enfraquecidos, árvores retorcidas e sem a exuberância da Amazônia ou da Mata Atlântica, compreende cerca de 24% da área territorial do país e responde atualmente por cerca de 45% da área agrícola nacional. É encontrado em 1.389 municípios de 11 estados, conforme a publicação Dinâmica Agrícola no Cerrado — Análises e Projeções, editada este ano pela Embrapa, com participação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
a vegetação do Cerrado foi forçada a ceder lugar às obras de terraplanagem. Segundo dados da UNESCO, a mesma entidade que atribui à cidade a designação de Patrimônio da Humanidade, estima-se que entre 1954 e 2001 a vegetação da área do Distrito Federal foi reduzida em 73%. Depois, para a construção das estruturas de alvenaria, foram utilizadas tábuas de araucárias provenientes do Sul do país – região onde as madeireiras, ao longo do século XX, exauriram os pinhais da Mata Atlântica.
Sobre essa drastica mudança destacam-se o desmatamento, a erosão, compactação e perda da fertilidade do solo, o assoreamento, poluição e redução da vazão dos mananciais, além da emissão de gases poluentes por parte da indústria
Lista de comentários
Verified answer
Resposta:
ENTREI PELA AGÊNCIA SENADO
Explicação:
O esforço para interiorizar o desenvolvimento no país e alavancar o Centro-Oeste levou muitas décadas. A inauguração de Brasília, em 1960, foi um dos principais marcos para a grande transformação da região. A transferência da capital ajudou a conectar o Centro-Oeste às economias do Sul e Sudeste, mais desenvolvidas. A escolha do governo Juscelino Kubitschek de fazer essa interligação por estradas interestaduais iniciou o período conhecido como rodoviarismo.
Mas a nova capital e a construção de estradas não promoveram mudanças rápidas na economia regional. A ocupação das vastas extensões de terra só deslanchou depois dos anos 1970, com a ajuda da tecnologia que recuperou a fertilidade dos solos e revelou a sua verdadeira vocação, centrada na produção de grãos e na pecuária.
— A crença até a década de 70 era de que o bioma Cerrados não servia para a agricultura — lembra o economista Elísio Contini, gerente de inteligência da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Esse bioma, com solos ácidos e enfraquecidos, árvores retorcidas e sem a exuberância da Amazônia ou da Mata Atlântica, compreende cerca de 24% da área territorial do país e responde atualmente por cerca de 45% da área agrícola nacional. É encontrado em 1.389 municípios de 11 estados, conforme a publicação Dinâmica Agrícola no Cerrado — Análises e Projeções, editada este ano pela Embrapa, com participação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Fonte: Agência Senado
ESPERO TER AUXILIADO, ESPEROQ ESTEJA CERTO
Resposta:
Explicação:
a vegetação do Cerrado foi forçada a ceder lugar às obras de terraplanagem. Segundo dados da UNESCO, a mesma entidade que atribui à cidade a designação de Patrimônio da Humanidade, estima-se que entre 1954 e 2001 a vegetação da área do Distrito Federal foi reduzida em 73%. Depois, para a construção das estruturas de alvenaria, foram utilizadas tábuas de araucárias provenientes do Sul do país – região onde as madeireiras, ao longo do século XX, exauriram os pinhais da Mata Atlântica.
Sobre essa drastica mudança destacam-se o desmatamento, a erosão, compactação e perda da fertilidade do solo, o assoreamento, poluição e redução da vazão dos mananciais, além da emissão de gases poluentes por parte da indústria