Resposta:

O autoconhecimento possibilita o domínio de si, isto é, uma vida de exercício das virtudes, que é a real autonomia e na lonjura de qualquer vício ou imoralidade; há, porém, de saber o que são as virtudes e as ferramentas para o autoconhecimento.
Virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem, e fazê-lo por fazer, porque é bom, não porque é útil. As sete virtudes, opostas aos pecados capitas, são listadas como: generosidade, castidade, temperança, diligência, caridade, paciência e humildade. Todas necessárias na vida, que se impraticadas, a pessoa vive de forma horrível; no caso da humildade, que poucos a têm, é também a menos observada, ocorre de muitos se renderem a discussões inúteis e darem nunca ouvidos — por vaidade — a quem lhes aconselha.

Utilíssima ferramenta para atingir o autoconhecimento é o exame de consciência, que consiste numa revisão de ações, palavras e pensamentos, por exemplo: "falo demais?", "como demais?", "me visto decentemente?" e "ouço de forma atenta quem comigo fala, especialmente os mais velhos e mestres?"...

Ainda na questão de virtudes, tem de saber as particularidades de cada virtude, por exemplo, que é humildade (oposta ao orgulho) e como exercitá-la? humildade é a disposição para ouvir, aceitar estar errado, assumir fraquezas e nem exaltar-se a si mesmo acima doutros ou falsamente; e para praticá-la, é apenas com o hábito. Para sua prática, no caso duma discussão, é bom atentar ao conteúdo dito por uma pessoa, não por quem ela é; então ser rápido para ouvir e lento para falar. Se for boa coisa, ouve; se for má, ignora. E segue-se o resto com suas particularidades que demandam um bom estudo.