O ciclo do café foi um período da história econômica do Brasil, iniciado em meados do século XIX e findado em 1930, no qual o café foi o principal produto da economia brasileira. O ciclo do café sucedeu ao ciclo do ouro, que chegara ao fim após o esgotamento das minas algumas décadas antes, e pôs fim à crise econômica gerada por essa decadência.
O Lavrador de Café, obra de Candido Portinari (1939)
O café fora trazido ao Brasil em 1727, mas nunca foi produzido em grande escala, sendo cultivado sobretudo para consumo doméstico. Sua produção ficava bem atrás da de outros produtos. O café só ascendeu devido a um cenário interno e externo favorável que tornou seu plantio vantajoso.
A produção de café se desenvolveu rapidamente ao longo do século XIX, de modo que na década de 1850 já era responsável por quase metade das exportações brasileiras. A região centro-sul foi escolhida para o plantio por oferecer as condições climáticas mais apropriadas e por ter solo mais adequado, conforme as necessidades do cafeeiro.[1] A primeira grande região cultivada foi o Vale do Paraíba, e o trabalho nas lavouras era feito com mão de obra escrava. Com a decadência dessa região, o café foi levado para o oeste paulista, onde encontrou seu segundo grande local de cultivo. Começou a ser usada aí a mão de obra livre, especialmente a dos imigrantes europeus (em sua maioria italianos) que chegavam em grande número ao país no final do século XIX e início do XX.
O ciclo do café deixou marcas profundas no país, e suas consequências são perceptíveis ainda hoje. Foi durante esse período que o estado de São Paulo alcançou a primazia política e econômica que tem hoje. O café também deu forte impulso à industrialização, à construção de ferrovias e à urbanização.
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O ciclo do café foi um período da história econômica do Brasil, iniciado em meados do século XIX e findado em 1930, no qual o café foi o principal produto da economia brasileira. O ciclo do café sucedeu ao ciclo do ouro, que chegara ao fim após o esgotamento das minas algumas décadas antes, e pôs fim à crise econômica gerada por essa decadência.
O Lavrador de Café, obra de Candido Portinari (1939)
O café fora trazido ao Brasil em 1727, mas nunca foi produzido em grande escala, sendo cultivado sobretudo para consumo doméstico. Sua produção ficava bem atrás da de outros produtos. O café só ascendeu devido a um cenário interno e externo favorável que tornou seu plantio vantajoso.
A produção de café se desenvolveu rapidamente ao longo do século XIX, de modo que na década de 1850 já era responsável por quase metade das exportações brasileiras. A região centro-sul foi escolhida para o plantio por oferecer as condições climáticas mais apropriadas e por ter solo mais adequado, conforme as necessidades do cafeeiro.[1] A primeira grande região cultivada foi o Vale do Paraíba, e o trabalho nas lavouras era feito com mão de obra escrava. Com a decadência dessa região, o café foi levado para o oeste paulista, onde encontrou seu segundo grande local de cultivo. Começou a ser usada aí a mão de obra livre, especialmente a dos imigrantes europeus (em sua maioria italianos) que chegavam em grande número ao país no final do século XIX e início do XX.
O ciclo do café deixou marcas profundas no país, e suas consequências são perceptíveis ainda hoje. Foi durante esse período que o estado de São Paulo alcançou a primazia política e econômica que tem hoje. O café também deu forte impulso à industrialização, à construção de ferrovias e à urbanização.