Segundo os positivistas
lógicos, devemos calcular a proporção entre a quantidade de previsões
confirmadas derivadas por uma determinada teoria e o número total de previsões
derivadas desta teoria. Se esta proporção (consequências
confirmadas/consequências possíveis) for elevada, podemos confiar na teoria,
considerá-la confirmada e acreditar que nas próximas verificações os fenômenos previstos
por ela se verificarão.

Assim, para o Positivismo
Lógico, a ciência indutiva é racional, e suas previsões e teorias são válidas.
O critério de cientificidade (ou seja, como posso saber se uma teoria é
científica e válida) aceito por eles é, então, a proporção de “respostas
corretas” que a teoria provê em face da quantidade de respostas possíveis desta
mesma teoria.

O Positivismo Lógico,
entretanto, não conseguiu receber todo o apoio que esperava. Isto acontece, em
primeiro lugar, porque o cálculo de proporção entre consequências confirmadas e
possíveis não pode ser aplicado na maioria dos casos. O motivo para tanto é
simples: a quantidade de consequências possíveis de uma teoria é potencialmente
infinita!” (UNIMES VIRTUAL. História
e Filosofia da Ciência, p. 63.).


Interpretando as ideias acima,
podemos concluir que:

a) O Positivismo Lógico é
método que só se aplica ao que é verificável na realidade, não podendo ser
usado em nenhuma forma ou área do conhecimento relacionada à abstração.

b) Considerar a ciência
indutiva como racional significa desconsiderar a racionalidade da dedução.

c) O critério de cientificidade
para avaliação das teorias é critério que só surge a partir do método do
Positivismo Lógico.

d) No método do Positivismo Lógico a verificação da
racionalidade e cientificidade depende, em última instância, de uma avaliação
quantitativa.
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