Corre, já entre serras escarpadas, Já sobre largos campos, murmurando, o Tietê, e, as águas engrossando, soberbo alaga as margens levantadas. Penedos, pontes, árvores copada: quanto topa, de cólera escumando, com fragor espantoso vai rolando nos vórtices das ondas empoladas. Mas quanto mais caudal, mais orgulhoso, as margens rompe, cai precipitado, atroando ao redor toda a campina. O próprio retrato é dum poderoso, pois quanto mais sublime é seu estado mais estrondosa é a sua ruína.
É possível dizer que o poema de Antonio Dinis da Cruz e Silva Escolha uma: a. Descreve objetivamente o percurso do rio, detendo-se nos detalhes sonoros de sua foz. b. retrata, metaforicamente, o resultado devastador das ações daqueles que abusam de seu poder. c. retrata, por meio de uma linguagem altamente conotativa, o início da poluição desse rio. d. narra a lenda do nascimento do rio Tietê, comparando-o a uma pessoa poderosa.