De acordo com as ponderações de imagem e sequência de pulso, responda: a) DETERMINE quais as funções dos conceitos T1 e T2 e suas principais diferenças radiológicas. b) EXPLIQUE o que são aquisições dinâmicas e qual o tipo de contraste utilizado para a aquisição dessas imagens na técnica de ressonância magnética.
A Ressonância Magnética (RM) produz imagens de cortes finos de tecidos utilizando um campo magnético e ondas de rádio, onde os prótons dentro dos tecidos giram para produzir pequenos campos magnéticos que são alinhados quando estão sob efeito de um campo magnético extremamente forte, fazendo com que os eixos magnéticos se alinhem ao longo do campo. A aplicação de um pulso de radiofrequência causa alinhamento momentâneo dos eixos de muitos prótons contra o campo em um estado de alta energia, porém após o pulso, os prótons relaxam de volta ao seu estado inicial dentro do campo magnético do aparelho de RM. A taxa de liberação de energia que ocorre na volta ao alinhamento inicial (relaxamento T1) e a oscilação (precessão) dos prótons durante o processo (relaxamento T2) são registrados como intensidades de sinais espacialmente localizados por uma bobina, instalada dentro do dispositivo de RM. Com isso os algoritmos de computadores analisam estes sinais e produzem imagens anatomicamente detalhadas para fins de diagnóstico.
Dois parâmetros de tempo foram criados para carac¬terizar cada um destes processos o T1 e T2. A constante T1 está relacionada ao tempo de retorno da magnetização para o eixo longitudinal e é influenciada pela interação dos spins com a rede, já a T2 promove a redu¬ção da magnetização no plano transversal e é influenciada pela interação spin-spin (dipolo-dipolo).
As constantes exponenciais de tempo T1 e T2 são utilizadas na ressonância magnética para a obtenção de diferentes informações sobre os tecidos do organismo. A sequência ponderada em T1 mostram a anatomia de tecidos moles que é sensível à presença de gordura, fornecendo uma imagem com alta intensidade de sinal para a gordura e baixa intensidade para outros tecidos, onde pode ser utilizado para confirmar uma massa que contém gordura. A sequência ponderada em T2 é sensível à presença de líquidos, fornecendo uma imagem com alta intensidade de sinal para líquidos e baixa intensidade para outros tecidos, onde é utilizada para identificar tumores, inflamação ou trauma. A diferença radiológica entre T1 e T2 é o contraste gerado nas imagens, sendo que a sequência em T1 é mais útil para avaliar a anatomia propriamente dita e a sequência em T2 é mais utilizada para detectar edema, inflamação e patologias que possuem correlação com líquidos.
b)
Aquisição Dinâmica na ressonância magnética é quando as imagens de uma região são obtidas de forma sequencial em um determinado tempo. O contraste é necessário para melhorar a diferenciação entre tecidos patológicos e sadios e também são utilizados, para sinalizar lesões e avaliar alterações ocasionadas no fluxo sanguíneo. Um dos mais conhecidos meios de contraste utilizados em Ressonância Magnética (RM) e aplicados por método endovenoso, é o Gadolínio (Gd) que é é um metal raro, de difícil extração e que possui propriedades hidrofílicas, ou seja, possui alta afinidade com a água e tendem a ser absorvidos rapidamente e sem metabolização pelos rins
A eficácia do meio de contraste à base de Gadolínio na contrastação de um estudo de RM depende de duas características, a relaxatividade e concentração local do meio de contraste. Quanto maior a relaxatividade e a concentração local do meio de contraste, maior será o encurtamento do tempo de relaxação T1, resultando em elevação do sinal em T1 e aumento da contrastação entre os tecidos. A relaxatividade é a capacidade do meio de contraste em alterar os tempos de relaxação dos tecidos a um determinado campo magnético e a uma certa temperatura, de acordo com diferentes concentrações do meio de contraste.
Lista de comentários
Resposta:
Explicação:
a)
A Ressonância Magnética (RM) produz imagens de cortes finos de tecidos utilizando um campo magnético e ondas de rádio, onde os prótons dentro dos tecidos giram para produzir pequenos campos magnéticos que são alinhados quando estão sob efeito de um campo magnético extremamente forte, fazendo com que os eixos magnéticos se alinhem ao longo do campo. A aplicação de um pulso de radiofrequência causa alinhamento momentâneo dos eixos de muitos prótons contra o campo em um estado de alta energia, porém após o pulso, os prótons relaxam de volta ao seu estado inicial dentro do campo magnético do aparelho de RM. A taxa de liberação de energia que ocorre na volta ao alinhamento inicial (relaxamento T1) e a oscilação (precessão) dos prótons durante o processo (relaxamento T2) são registrados como intensidades de sinais espacialmente localizados por uma bobina, instalada dentro do dispositivo de RM. Com isso os algoritmos de computadores analisam estes sinais e produzem imagens anatomicamente detalhadas para fins de diagnóstico.
Dois parâmetros de tempo foram criados para carac¬terizar cada um destes processos o T1 e T2. A constante T1 está relacionada ao tempo de retorno da magnetização para o eixo longitudinal e é influenciada pela interação dos spins com a rede, já a T2 promove a redu¬ção da magnetização no plano transversal e é influenciada pela interação spin-spin (dipolo-dipolo).
As constantes exponenciais de tempo T1 e T2 são utilizadas na ressonância magnética para a obtenção de diferentes informações sobre os tecidos do organismo. A sequência ponderada em T1 mostram a anatomia de tecidos moles que é sensível à presença de gordura, fornecendo uma imagem com alta intensidade de sinal para a gordura e baixa intensidade para outros tecidos, onde pode ser utilizado para confirmar uma massa que contém gordura. A sequência ponderada em T2 é sensível à presença de líquidos, fornecendo uma imagem com alta intensidade de sinal para líquidos e baixa intensidade para outros tecidos, onde é utilizada para identificar tumores, inflamação ou trauma. A diferença radiológica entre T1 e T2 é o contraste gerado nas imagens, sendo que a sequência em T1 é mais útil para avaliar a anatomia propriamente dita e a sequência em T2 é mais utilizada para detectar edema, inflamação e patologias que possuem correlação com líquidos.
b)
Aquisição Dinâmica na ressonância magnética é quando as imagens de uma região são obtidas de forma sequencial em um determinado tempo. O contraste é necessário para melhorar a diferenciação entre tecidos patológicos e sadios e também são utilizados, para sinalizar lesões e avaliar alterações ocasionadas no fluxo sanguíneo. Um dos mais conhecidos meios de contraste utilizados em Ressonância Magnética (RM) e aplicados por método endovenoso, é o Gadolínio (Gd) que é é um metal raro, de difícil extração e que possui propriedades hidrofílicas, ou seja, possui alta afinidade com a água e tendem a ser absorvidos rapidamente e sem metabolização pelos rins
A eficácia do meio de contraste à base de Gadolínio na contrastação de um estudo de RM depende de duas características, a relaxatividade e concentração local do meio de contraste. Quanto maior a relaxatividade e a concentração local do meio de contraste, maior será o encurtamento do tempo de relaxação T1, resultando em elevação do sinal em T1 e aumento da contrastação entre os tecidos. A relaxatividade é a capacidade do meio de contraste em alterar os tempos de relaxação dos tecidos a um determinado campo magnético e a uma certa temperatura, de acordo com diferentes concentrações do meio de contraste.