O renascimento comercial, como mencionado, também está relacionado com o aumento da produção agrícola e o crescimento urbano. Esse aumento na produção garantiu um excedente que poderia ser comercializado. A atuação dos comerciantes itinerantes nesse contexto contribuiu significativamente para a circulação de mercadorias.
No entanto, as dificuldades na locomoção pela quantidade de estradas ruins, os perigos da vida itinerante e as dificuldades monetárias empurraram muitos comerciantes para a sedentarização. Eles instalaram-se nos arredores das cidades, os burgos, porque ali havia uma demanda constante de mercadorias dos mais variados tipos.
A princípio, o comércio instalado próximo às cidades tinha enfoque na venda de mercadorias de luxo ou itens de primeira necessidade, como sal, segundo Jacques Le Goff|6|. Só com o passar do tempo é que a variedade de produtos começou a incluir itens básicos, como os grãos do excedente da produção.
O excedente que passou a ser comercializado deu um grande impulso para o comércio marítimo na região do mediterrâneo, sobretudo porque cidades como Veneza e Gênova eram compelidas à navegação pela proximidade do mar. O comércio mediterrâneo teve um impulso considerável com o início das Cruzadas — acontecimento que abriu o comércio oriental para os comerciantes italianos.
Nos meses de maio e junho, a cidade de Provins, na França, abrigava a feira de Champagne.
O desenvolvimento no comércio utilizando-se a navegação como meio de transporte deu surgimento a dois importantes polos comerciais: um dominando pelos italianos, ao sul, e outro dominado pela chamada Liga Hanseática, ao norte. As feiras de Champagne, na França, eram o ponto de encontro entre os comerciantes desses dois polos. Elas estendiam-se por todo ano em Lagny, Bar-sur-Aube, Provins e Troyes.
Apesar desse ponto de encontro em Champagne, as estradas, como referido, eram locais perigosos para os comerciantes. Sendo assim, o contato entre os italianos e a Liga Hanseática dava-se, principalmente, por mar, em rotas que ligavam a Itália à Bélgica e Inglaterra. Os comerciantes medievais ainda abriram importantes rotas que os levaram ao Oriente, incluindo a Palestina e o Egito, à região dos países bálticos e até mesmo à região da atual Rússia, na época, ocupada pela Rus Kievana.
Não podemos esquecer que o renascimento comercial trouxe uma demanda que, havia muito, estava enfraquecida: o uso da moeda. O crescimento comercial fez com que comerciantes e compradores precisassem das moedas, uma vez que o escambo era inviável em alguns casos. No século XIII, uma série de regiões na Europa já possuía suas próprias moedas cunhadas.
O renascimento comercial abriu caminho para o encarecimento das mercadorias, e Jacques Le Goff afirma que se o frumento (qualquer tipo de grão) custava índice 100 (medida de valor criada por ele como exemplo) entre 1160-1179, alguns séculos depois, no período entre 1320-1339, o mesmo frumento custava 289,7. Os salários, por sua vez, não acompanharam esse aumento
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mariaeduardapacheco0
1. Sem anestesia A Igreja Católica limitava o acesso do estudo da medicina aos medievais. Por isso, muitos barbeiros eram encarregados de fazer cirurgias e extração de dentes sem anestesia e higiene.
Os 'cirurgiões' tinham que improvisar para amenizar a dor dos pacientes, e lhes davam bebidas alcoólicas antes dos procedimentos. O pós-operatório também não era nada tranquilo: até o século 16, as feridas eram tratadas com óleo quente.
2. Esterilidade masculina Por um tempo na Inglaterra medieval a infertilidade era atribuída apenas às mulheres. Os únicos homens considerados inférteis eram aqueles que tiveram problemas de disfunção sexual ou os que tiveram suas genitálias removidas.
Mas historiadores da Universidade de Exeter, no Reino Unido, realizaram uma análise em livros médicos e religiosos do século 13 e encontram nos textos o reconhecimento da infertilidade masculina
3. Banquete mortal Em 1440, um acontecimento foi tão cruel quanto o Casamento Vermelho, de Game of Thrones. Supostos guardas do rei James II, de dez anos, chamaram o jovem William Douglas para um jantar. Douglas, que tinha 16 anos, era líder de um importante clã escocês e foi acompanhado do seu irmão mais novo ao evento.
No final do banquete, os guardiões colocaram uma cabeça de touro negro na mesa. O artigo representava morte e massacre na Idade Média. Percebendo o que estava por vir, o rei implorou para viver, mas ele e Douglas foram decapitados, no que ficou conhecido como 'Jantar Negro'.
4. "Pior do que cobra cascavel" O trecho acima, da canção Erva Venenosa, de Rita Lee, ilustra bem o que Giulia Tofana fazia para 'livrar' mulheres de seus casamentos problemáticos. A italiana criou a 'Aqua Tofana', um veneno que era vendido para aniquilar maridos abusivos.
5. Convento rígido No ano de 2015, foram encontradas 92 ossadas num território que era Littlemore Priory, um convento fundado em Oxford em 1100. Em determinado túmulo, havia o esqueleto de um bebê recém-nascido e uma mulher com o rosto virado para baixo.
Pesquisadores acreditam que isso representa que ela seja uma das 'freiras pecadoras' denunciadas quando o local foi fechado.
Katherine Wells, última madre superiora do convento, foi expulsa depois de dar a luz a filha. A especulação é que a neném era fruto de uma relação com um padre. Além disso, há registros de uma outra feira, em 1517, que teria tido um filho com um homem casado.
Com a descoberta, historiadores afirmaram que o ambiente do convento era severo, sendo que as freiras que não seguiam as regras eram espancadas.
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O renascimento comercial, como mencionado, também está relacionado com o aumento da produção agrícola e o crescimento urbano. Esse aumento na produção garantiu um excedente que poderia ser comercializado. A atuação dos comerciantes itinerantes nesse contexto contribuiu significativamente para a circulação de mercadorias.
No entanto, as dificuldades na locomoção pela quantidade de estradas ruins, os perigos da vida itinerante e as dificuldades monetárias empurraram muitos comerciantes para a sedentarização. Eles instalaram-se nos arredores das cidades, os burgos, porque ali havia uma demanda constante de mercadorias dos mais variados tipos.
A princípio, o comércio instalado próximo às cidades tinha enfoque na venda de mercadorias de luxo ou itens de primeira necessidade, como sal, segundo Jacques Le Goff|6|. Só com o passar do tempo é que a variedade de produtos começou a incluir itens básicos, como os grãos do excedente da produção.
O excedente que passou a ser comercializado deu um grande impulso para o comércio marítimo na região do mediterrâneo, sobretudo porque cidades como Veneza e Gênova eram compelidas à navegação pela proximidade do mar. O comércio mediterrâneo teve um impulso considerável com o início das Cruzadas — acontecimento que abriu o comércio oriental para os comerciantes italianos.
Nos meses de maio e junho, a cidade de Provins, na França, abrigava a feira de Champagne.
O desenvolvimento no comércio utilizando-se a navegação como meio de transporte deu surgimento a dois importantes polos comerciais: um dominando pelos italianos, ao sul, e outro dominado pela chamada Liga Hanseática, ao norte. As feiras de Champagne, na França, eram o ponto de encontro entre os comerciantes desses dois polos. Elas estendiam-se por todo ano em Lagny, Bar-sur-Aube, Provins e Troyes.
Apesar desse ponto de encontro em Champagne, as estradas, como referido, eram locais perigosos para os comerciantes. Sendo assim, o contato entre os italianos e a Liga Hanseática dava-se, principalmente, por mar, em rotas que ligavam a Itália à Bélgica e Inglaterra. Os comerciantes medievais ainda abriram importantes rotas que os levaram ao Oriente, incluindo a Palestina e o Egito, à região dos países bálticos e até mesmo à região da atual Rússia, na época, ocupada pela Rus Kievana.
Não podemos esquecer que o renascimento comercial trouxe uma demanda que, havia muito, estava enfraquecida: o uso da moeda. O crescimento comercial fez com que comerciantes e compradores precisassem das moedas, uma vez que o escambo era inviável em alguns casos. No século XIII, uma série de regiões na Europa já possuía suas próprias moedas cunhadas.
O renascimento comercial abriu caminho para o encarecimento das mercadorias, e Jacques Le Goff afirma que se o frumento (qualquer tipo de grão) custava índice 100 (medida de valor criada por ele como exemplo) entre 1160-1179, alguns séculos depois, no período entre 1320-1339, o mesmo frumento custava 289,7. Os salários, por sua vez, não acompanharam esse aumento
A Igreja Católica limitava o acesso do estudo da medicina aos medievais. Por isso, muitos barbeiros eram encarregados de fazer cirurgias e extração de dentes sem anestesia e higiene.
Os 'cirurgiões' tinham que improvisar para amenizar a dor dos pacientes, e lhes davam bebidas alcoólicas antes dos procedimentos. O pós-operatório também não era nada tranquilo: até o século 16, as feridas eram tratadas com óleo quente.
2. Esterilidade masculina
Por um tempo na Inglaterra medieval a infertilidade era atribuída apenas às mulheres. Os únicos homens considerados inférteis eram aqueles que tiveram problemas de disfunção sexual ou os que tiveram suas genitálias removidas.
Mas historiadores da Universidade de Exeter, no Reino Unido, realizaram uma análise em livros médicos e religiosos do século 13 e encontram nos textos o reconhecimento da infertilidade masculina
3. Banquete mortal
Em 1440, um acontecimento foi tão cruel quanto o Casamento Vermelho, de Game of Thrones. Supostos guardas do rei James II, de dez anos, chamaram o jovem William Douglas para um jantar. Douglas, que tinha 16 anos, era líder de um importante clã escocês e foi acompanhado do seu irmão mais novo ao evento.
No final do banquete, os guardiões colocaram uma cabeça de touro negro na mesa. O artigo representava morte e massacre na Idade Média. Percebendo o que estava por vir, o rei implorou para viver, mas ele e Douglas foram decapitados, no que ficou conhecido como 'Jantar Negro'.
4. "Pior do que cobra cascavel"
O trecho acima, da canção Erva Venenosa, de Rita Lee, ilustra bem o que Giulia Tofana fazia para 'livrar' mulheres de seus casamentos problemáticos. A italiana criou a 'Aqua Tofana', um veneno que era vendido para aniquilar maridos abusivos.
5. Convento rígido
No ano de 2015, foram encontradas 92 ossadas num território que era Littlemore Priory, um convento fundado em Oxford em 1100. Em determinado túmulo, havia o esqueleto de um bebê recém-nascido e uma mulher com o rosto virado para baixo.
Pesquisadores acreditam que isso representa que ela seja uma das 'freiras pecadoras' denunciadas quando o local foi fechado.
Katherine Wells, última madre superiora do convento, foi expulsa depois de dar a luz a filha. A especulação é que a neném era fruto de uma relação com um padre. Além disso, há registros de uma outra feira, em 1517, que teria tido um filho com um homem casado.
Com a descoberta, historiadores afirmaram que o ambiente do convento era severo, sendo que as freiras que não seguiam as regras eram espancadas.
É CADA COISA…MAS ISSO É TOTALMENTE BIZZARO