O DM tipo 2 é uma doença caracterizada por um estado de hiperglicemia crônica. O desenvolvimento dessa doença tem relação com a interação entre fatores genéticos e ambientais, está associada ao desenvolvimento da patologia, ou seja, quando se adquire ao longo da vida.
Resistência à insulina: ligada diretamente a modificações genéticas, porém os fatores de risco são a obesidade, sedentarismo e alimentação desequilibrada.
Diminuição na secreção pancreática de insulina: Nesse caso ocorre a resistência a insulina, fato que por mais que o indivíduo tenha níveis normais de insulina, o organismo não é capaz de manter a homeostase da glicose no organismo, dessa forma o sistema entende que não está sendo produzida insulina em quantidades suficientes, que nesse contexto, leva uma exaustão das células beta pancreáticas, que não conseguirão mais produzir insulina em níveis ideais.
M, A, C, feminina, 58 anos, negra, professora, católica, natural e procedente de Curitiba. Apresenta queixas de ter a necessidade de urinar várias vezes à noite, e muita sede durante o dia. Pai faleceu aos 54 anos de idade de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e mãe tem Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus tipo 2 (DM tipo 2). Apresenta alguns exames alterados, os quais são citados abaixo: HbA1C: 7,2% (normal < 5,7%); Glicemia de Jejum: 198mg/dia (normal < 100); Colesterol Total: 170 mg/dl (normal < 190); Triglicerídeos: 130 mg/dl (normal: < 150mg/dl); HDL: 51 mg/dl (normal > 40mg/dl); LDL: 100 mg/dl (normal < 70) T4 livre: 0,98 ng/dl (normal: 0,7-1,8ng/dl); Sumário de Urina (Glicose 2+/4+; Proteina 1+/4+; bactérias ausentes).
O que confirma o diagnóstico de diabetes mellitus (DM) é a presença de pelo menos 2 exames laboratoriais alterados ou a presença de glicemia ao acaso > 200mg/dl em paciente sintomático. No caso em questão, a paciente apresenta 2 exames alterados, que seriam a HbA1c maior ou igual a 6,5% e glicemia de jejum maior ou igual a 126g/dl, confirmando o diagnóstico de DM.
Nesse contexto a paciente deverá ser encaminhada para o setor e atenção primária, que é o posto de saúde mais próximo, para que a mesma seja avaliada pelo médico atendente, pois nesse caso, ela terá que iniciar uma farmacoterapia, realizando dietas, uma prática de exercício físico regular, a fim de proporcionar mais qualidade de vida.
Em consulta médica, a paciente recebe a prescrição e orientação de que deverá utilizar, a partir de agora Metformina 850 mg 3 vezes ao dia, após o café da manhã, almoço e jantar. Após 10 dias, a mesma retorna para o atendimento, queixando-se de dores de estômago, azia, refluxo e diarreia severa, afirmando que perdeu a receita, e não se lembra de ao certo qual horário deve tomar o medicamento, sendo assim ela optou em tomar em jejum.
Com base no conteúdo abordado, responda:
1. O que provavelmente está ocorrendo com essa paciente?
2. Quais as possíveis orientações farmacêuticas que, você poderia deferir a paciente?
Lista de comentários
Com base no caso clínico e no conteúdo abordado a cerca do DM tipo 2, pode-se responder o que se pede:
1) Provavelmente a paciente está experimentando intolerância à metformina, que se apresenta por alterações do trato gastrointestinal, como a anorexia, náuseas, diarreia e desconforto abdominal.
2) As reações adversas à metformina ocorre em cerca de 30% dos pacientes que fazem uso incorreta da medicação. Dentre algumas das orientações possíveis temos:
Como a metformina age?
A metformina ajudará insulina a adentrar as células, diminuindo a resistência da parede celular a este hormônio.
Após a administração oral, a metformina é absorvida pelo trato gastrointestinal em cerca 6 horas, tendo uma meia-vida de 1,5 a 3 horas e alcançando uma concentração plasmática de 2 a 4 mcg/ml até no máximo 48 minutos.
Por agir na presença da insulina, é contra-indicado para paciente com DM tipo 1, o que aumenta a utilização da glicose, reduzindo sua produção, oxidação e glicogênese pelos músculos, aumento do metabolismo do lactato no intestino.
Como efeito secundário, alguns pacientes podem experimentar perda de peso, já que diminui a hiperglicemia pós-prandial, aumento da captura de glicose pelo músculo esquelético e adipócitos, por possivelmente diminuir o apetite.
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