É o silêncio, é o cigarro e a vela acesa. Olha-me a estante em cada livro que olha. E a luz nalgum volume sobre a mesa... Mas o sangue da luz em cada folha. Não sei se é mesmo a minha mão que molha A pena, ou mesmo o instinto que a tem presa. Penso um presente, num passado. E enfolha A natureza tua natureza. Mas é um bulir das cousas... Comovido Pego da pena, iludo-me que traço A ilusão de um sentido e outro sentido. Tão longe vai! Tão longe se aveluda esse teu passo, Asa que o ouvido anima... E a câmara muda. E a sala muda, muda... Àfonamente rufa. A asa da rima Paira-me no ar. Quedo-me como um Buda Novo, um fantasma ao som que se aproxima. Cresce-me a estante como quem sacuda Um pesadelo de papéis acima... ....................................................................... E abro a janela. Ainda a lua esfia últimas notas trêmulas... O dia Tarde florescerá pela montanha. E ó minha amada, o sentimento é cego... Vês? Colaboram na saudade a aranha, Patas de um gato e as asas de um morcego.
O título do poema pode simbolizar a jornada do poeta em busca de inspiração e o encontro com o seu próprio eu interior. O silêncio, o cigarro e a vela acesa são um convite para observar e explorar o mundo interior, para se conectar ao que é mais profundo e significativo. O poeta descobre um novo sentido e descreve sua experiência com a natureza, as criaturas e as forças que os rodeiam. O título do poema é uma invocação à busca de um novo sentido de si mesmo e da vida.
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Resposta:
O título do poema pode simbolizar a jornada do poeta em busca de inspiração e o encontro com o seu próprio eu interior. O silêncio, o cigarro e a vela acesa são um convite para observar e explorar o mundo interior, para se conectar ao que é mais profundo e significativo. O poeta descobre um novo sentido e descreve sua experiência com a natureza, as criaturas e as forças que os rodeiam. O título do poema é uma invocação à busca de um novo sentido de si mesmo e da vida.
Explicação:
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No poema É o silêncio, do poeta Pedro Kilkerry ,
temos o relato do processo de uma criação literária .
Observe partes deste poema:
…(…) É o silêncio, é o cigarro e a vela acesa.
➖o poeta está em silêncio na sala para criar um poema .
…(…) Olha-me a estante em cada livro que olha.
➖Ele sente que a estante de livros está olhando para ele, esperando a sua obra ;
…(…) E a luz nalgum volume sobre a mesa... Mas o sangue da luz em cada folha…(…)
➖a luz da sala ilumina cada folha que ele escreve .
…(…) Não sei se é mesmo a minha mão que molha A pena, ou mesmo o ins tinto que a tem presa.
➖a sua mão se transforma na pena e na tinta , que escreve a obra literária
…(…) Penso um presente, num passado. E em folha
A natureza tua natureza.
Mas é um bulir das cousas... Como vido…(…)
➖o eu lirico começa a criar a sua obra
…(…) Pego da pena, iludo-me que traço
A ilusão de um sentido e outro sentido.
Tão longe vai!
Tão longe se aveluda esse teu passo,
➖inicia-se a construção da sua obra literária
…(…) Asa que o ouvido anima...E a câmara muda. E a sala muda, muda... Afonamente rufa.
A asa da rima ,Paira-me no ar…(…)
➖o eu lírico vive a história que está criando
É um poema com uma linguagem enigmática e intimista tendo muitos
elementos sinestésicos das criações simbolistas.
Possui uma atmosfera mística que permeia o espaço em volta do poeta,
cheio de livros da sua biblioteca !
Evocando os sentimentos por meio de palavras e construções que mais
sugerem do que descrevem.
As palavras simbolista deixam para o leitor imaginar e a criar as
paisagens que vão ao fundo do inconsciente de Pedro Kilkerry.
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