Química de Polímeros Profa. Dra. Carla Dalmolin
[email protected]
Propriedades Térmicas de Polímeros
Mobilidade das Cadeias Poliméricas Características físicas do produto Plástico duro e frágil – baixa mobilidade Polímero borrachoso – mobilidade
Mobilidade – Agitação dos átomos Diretamente proporcional á temperatura
Mobilidade das Cadeias Poliméricas Sólido
Movimentos moleculares
Tg Borrachoso
Tf Fluidoviscoso
Transições Características Polímeros apresentam 3 transições térmicas características. Transição vítrea: ocorre no estado amorfo Estado Vítreo
Tg
Estado Borrachoso
Fusão cristalina: ocorre no estado cristalino de um polímero semicristalino Estado Cristalino
Fundido
Cristalização Fundido
Estado Cristalino
Volume Específico As temperaturas de transição em polímeros são determinadas pela variação do volume específico O aumento da temperatura causa aumento do volume específico devido à expansão térmica das cadeias. Quando não há transição de fase: comportamento linear Transição de fase – modificação da mobilidade do sistema
Temperatura de Transição Vítrea A Tg é o valor médio da faixa de temperatura, durante o aquecimento de um material polimérico, que permite que as cadeias da fase amorfa adquiram mobilidade Estado Vítreo
Tg
Estado Borrachoso
O polímero passa de um estado desordenado rígido (vítreo) para um estado desordenado no qual as cadeias poliméricas possuem maior mobilidade No caso de algumas classes de polímeros, essa mobilidade dá origem ao comportamento de elasticidade de borracha Estado borrachoso
Temperatura de Transição Vítrea Abaixo de Tg, o polímero não tem energia interna suficiente para permitir o deslocamento de uma cadeia em relação a outra. Ele está no estado vítreo, caracterizado por se apresentar duro, rígido e quebradiço.
Forças intermoleculares “seguram” as cadeias, impedindo seu deslocamento
Forças intermoleculares enfraquecem quando o material é aquecido translação das moléculas
Temperatura de Fusão Cristalina A Tm é o valor médio da faixa de temperatura em que, durante o aquecimento, desaparecem as regiões cristalinas com a fusão dos cristalitos Neste ponto, a energia do sistema atinge o nível necessário para vencer as forças intermoleculares secundárias entre as cadeias da fase cristalina, destruindo a estrutura regular de empacotamento, mudando do estado borrachoso para o estado viscoso / fundido.
Estado Cristalino
T Vibrações atômicas
Fundido
Fusão Cristalina
CRISTAIS/ ESFERULITOS
CRISTAIS FUNDIDOS
Essa transição só ocorre na fase cristalina, portanto só faz sentido de ser aplicada em polímeros semicristalinos
Transições de Fase no Aquecimento
TRANSIÇÃO VÍTREA Polímero amorfo rígido torna-se flexível e elástico ao ser aquecido acima da Tg
Material torna -se gradativamente mais viscoso, até passar a se comportar como uma borracha
FUSÃO Estrutura cristalina se desmancha e se torna amorfa
Temperatura de Cristalização A Tc representa uma temperatura baixa o suficiente para que, em um dado ponto dentro da massa polimérica fundida, um número grande de cadeias poliméricas se organizem de forma regular Fundido
CRISTAIS FUNDIDOS
Estado Cristalino
CRISTAIS/ ESFERULITOS
Cristalização Cristalização Isotérmica A temperatura é baixada rapidamente até Tc, estabilizada e mantida constante até que toda a cristalização ocorra.
Dinâmica A temperatura é reduzida continuamente e a cristalização ocorre dentro de uma faixa de temperatura.
Cristalização Dinâmica Na prática é mais importante, pois está mais próxima dos processos industriais Determinação da Tg, Tm e Tc por DSC
Tc
Tg
Tm
Cristalização Isotérmica Mais estudada Acompanhamento do crescimento de esferulitos por Microscopia Ótica de Luz Polarizada Tempo
Temperaturas de Uso em Engenharia A temperatura máxima de uso de uma peça plástica é determinada pela sua temperatura de amolecimento Polímeros amorfos ou com baixa cristalinidade: abaixo da Tg Polímeros semi-cristalinos: abaixo da Tm
Temperatura de amolecimento VICAT Durante o aquecimento a uma taxa constante, uma agulha de ponta plana com 1 mm2 de área penetra 1 mm na amostra ASTM 1525
Temperatura de distorção térmica HDT Durante o aquecimento a 2 oC/min, uma barra de seção retangular de espessura de 13 mm, deforma 0,25 mm ASTM 648
Temperaturas de Uso em Engenharia Elastômeros Tuso > Tg: apresentam Tg abaixo da temperatura ambiente Alta mobilidade das cadeias e alta elasticidade Borracha vulcanizada, elastômeros termoplásticos
Polímeros estruturais amorfos Tuso > Tg: caracterizados por serem rígidos na temperatura ambiente PS, PMMA
Polímeros altamente cristalinos Tuso 500 C° Tg =119 C°
Oxigênio flexibiliza cadeia
Polaridade A existência de grupos polares nas macromoléculas poliméricas tende a aproximar mais fortemente as cadeias entre si, aumentando as forças secundarias Aumento de Tg e Tm Éster
Uretana
O C O
Amida
Uréia
O
O
O
N C O
N C
N C N
H
H
H
Polaridade crescente
Tg e Tm crescentes
H
Grupos Laterais A presença de um grupo lateral volumoso tende a ancorar a cadeia polimérica, exigindo maiores níveis de energia para que a cadeia adquira mobilidade Efeito âncora Aumento de Tg e Tm Grupos volumosos
Tg =225 C° Tg =100 C° A única diferença entre os dois polímeros ao lado é o adamantano ligado à cadeia
Tg =119 C°
Grupos Laterais Tg, Tm e grau de criatalização (%X) de alguns polímeros
Polímero
Mero
Grupo Lateral
Tg (oC)
Tm (oC)
%X
Polietileno (PE)
_
-100 a -85
135
90
Policloreto de vinila (PVC)
Cloro
87
212
15
Poliestireno (PS)
Fenil
100
-
-
Simetria A presença de grupos laterais simétricos permite movimentos mais equilibrados da molécula, não exigindo altos níveis de energia para que o estado de mobilidade seja atingido Efeito do aumento em Tg e Tm é minimizado
Lei de Boyer-Beaman Quanto maior a simetria da cadeia polimérica em relação aos seus grupos laterais, maior é a diferença entre Tg e Tm
Tg Tm Tg Tm
0,5 0,75
Para polímeros simétricos
Para polímeros assimétricos
Simetria Tg e Tm de polímeros vinílicos Polímero Policloreto de vinila (PVC)
Policloreto de vinilideno (PVDC)
Mero
Tg(°C)
Tm(°C)
Tg/Tm (K/K)
87
212
0,53
-19
198
0,74
Copolimerização O nível de energia exigido para que as cadeias de um copolímero adquiram mobilidade terá uma contribuição ponderada de cada mero constituinte Tg normalmente se situa ponderado entre os valores dos Tgs apresentados pelos homopolímeros individuais
Tg = 100ºC
Tg =-106ºC Tg = -45ºC
Massa Molar Quanto mais longas as cadeias (maior grau de polimerização), maior o emaranhamento e o número de forças intermoleculares, diminuindo a mobilidade Aumento de Tg
Ramificações Embora os grupos mais compridos dificultem a mobilidade da cadeia, eles afastam as macromoléculas, diminuindo a intensidade das forças intermoleculares Contribuem para o efeito de redução da Tg
comprimento do grupo lateral Temperatura de transição vítrea
Efeito do Plastificante A adição de plastificante a um polímero da origem a uma separação entre as cadeias e um incremento de sua mobilidade geral O plastificante é um aditivo adicionado ao polímero para reduzir a Tg
Moléculas do plastificante afastam as cadeias, enfraquecendo as interações intermoleculares Enfraquecimento das ligações intermoleculares PLAST
PLAST
PLAST
PLAST
PLAST