Econômico Economy 580/2004-DR/GO ANO II
NO 14
UFG
OUTUBRO/2007
BRASIL CORREIOS
PUBLICAÇÃO DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Universidade aprova expansão Com 46 votos a favor e apenas 3 contra, o Consellho Universitário (Consuni) da UFG aprovou no último dia 25 de outubro a adesão da Universidade ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), depois de amplo processo de discussão. Mudanças estão previstas para os próximos cinco anos, a partir de 2008, especialmente na expansão e criação de cursos. Págs. 8 e 9
Pós-Graduação da UFG é líder no Centro-Oeste
Recursos Humanos promovem seminário sobre assédio moral
Pesquisa e formação profissional em destaque no IV Conpeex
Inaugurado moderno Centro de Aulas no câmpus II
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OPINIÃO
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Goiânia, outubro de 2007
Adesão da UFG ao Reuni
PUBLICAÇÃO DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ANO II – N O 14 – OUTUBRO 2007 ASCOM – Reitoria da UFG – Câmpus Samambaia C.P.: 131 – CEP 74001-970 – Goiânia – GO Tel.: (62) 3521-1310 /3521-1311 Fax: (62) 3521-1169 www.ufg.br –
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Orlando Afonso Valle do Amaral Pró-reitor de Administração e Finanças da UFG
Reitor Prof. Edward Madureira Brasil Vice-reitor Prof. Benedito Ferreira Marques Pró-reitora de Graduação Profa. Sandramara Matias Chaves Pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação Profa. Divina das Dores de Paula Cardoso Pró-reitor de Extensão e Cultura Prof. Anselmo Pessoa Neto Pró-reitor de Administração e Finanças Prof. Orlando Afonso Valle do Amaral Pró-reitor de Desenvolvimento Institucional e Recursos Humanos Prof. Jeblin Antônio Abraão Pró-reitor de Assuntos da Comunidade Universitária Cirurgião-dentista Ernando Melo Filizzola
Carlos Siqueira
uma idéia da dimensão quantitativa do projeto, mas não contam toda a história. No bojo da discussão e construção deste projeto a UFG foi chamada a se analisar criticamente, rever conceitos, questionar mitos, repensar o seu papel e dialogar mais intensamente com a sociedade. Novos e velhos problemas foram trazidos para a cena do debate, mobilizando toda a comunidade acadêmica. Temas como a grande evasão de alunos na maioria dos cursos de graduação, a ocupação de vagas ociosas, a excessiva pulverização de disciplinas, a necessidade de ampliar e fortalecer a pós-graduação, a enorme demanda da sociedade pelo oferecimento de mais vagas na UFG, entre outros, ganharam o destaque que há muito deveriam ter. O projeto aprovado pelo Consuni incorporou o resultado deste rico processo de discussões e, mesmo não tendo a pretensão de resolver todos os problemas da UFG, dá um importante passo no equacionamento dos mesmos. A comunidade acadêmica da UFG, ao se engajar de corpo e alma no debate do Reuni, deu uma mostra inequívoca de sua força e de seu compromisso com esta instituição e com a educação superior pública e de qualidade. É também esta postura que fará com que a UFG vença os desafios postos com a adesão ao Reuni, e trilhe o caminho que a conduza a um novo e mais elevado estágio de desenvolvimento acadêmico e científico.
Começaram no último mês de setembro, no Câmpus Samambaia, as obras do Centro de Eventos e Cultura da Universidade Federal de Goiás, espaço que abrigará formaturas, solenidades oficiais, feiras e congressos, com capacidade para 4 mil pessoas sentadas. O término da obra, orçada em torno de R$ 7 milhões, oriundos do orçamento da própria universidade, está previsto para maio de 2008.
Conpeex teve “Cozinha Brasil” Carlos Siqueira
Pela proposta, serão criadas, ao longo de cinco anos, aproximadamente 11.000 novas matrículas nos cursos de graduação existentes e a serem criados. Estes últimos totalizam 29 novos cursos de graduação em Goiânia e nas unidades da UFG no interior do Estado. Serão contratados aproximadamente 500 docentes e 300 técnicos-administrativos. Além disso serão concedidas novas bolsas acadêmicas (mestrado, doutorado e pós-doutorado), de assistência estudantil e será aberta a possibilidade de contratação de professores visitantes. No aspecto financeiro, ao final do período de cinco anos de implantação do projeto, para fazer frente às despesas de pessoal e custeio, a UFG terá um acréscimo em seu orçamento anual da ordem de 50 milhões de reais. A partir de 2012 este valor será incorporado ao orçamento anual da universidade, garantindo assim o pagamento das despesas adicionais de custeio e de pessoal. Para arcar com as despesas de ampliação e reforma da infra-estrutura e aquisição de novos equipamentos, o Reuni prevê a alocação de recursos de R$ 15 milhões, proporcionais às matrículas que a UFG possui hoje, e mais, aproximadamente, R$ 60 milhões, pelas novas matrículas a serem criadas com a expansão. Durante a implantação do projeto a UFG estará assim habilitandose a receber um total de R$ 75 milhões, para a construção de novas salas de aulas e salas de laboratórios, para a reforma e adaptação dos atuais espaços físicos e para aquisição de equipamentos diversos. Os números citados, impressionantes sob qualquer ponto de vista, dão
Uma das atividades atraentes ocorridas durante o IV Conpeex foi o curso “Educação Alimentar” oferecido pelo projeto Cozinha Brasil, do Sesi, nos câmpus I e II. Em uma tenda ao ar livre, armada em frente ao caminhão-baú, que contém uma cozinha equipada em seu interior, nutricionistas do Sesi repassaram importantes conhecimentos aos 170 participantes distribuídos em diversas turmas, uma direcionada para multiplicadores – profissionais da área de saúde do Hospital das Clínicas, do Instituto de Ciências Biológicas, das Faculdades de Nutrição, de Enfermagem, e de Engenharia de Alimentos -, duas para os prestadores de serviços de limpeza do câmpus, e as demais para a comunidade em geral. A atividade foi coordenada pela professora Márcia Helena Facchi Corrêa, da Faculdade de Nutrição (Fanut).
Doação de coletes A Caixa Econômica Federal doou no mês de setembro, em forma de incentivo à educação, cerca de 1500 coletes de identificação ao Centro de Seleção (CS) da UFG, que serão utilizados pelos fiscais durante as provas de concursos. A gerente da agência do Câmpus Samambaia, Faustina Meireles, entregou os coletes à presidente do CS, em exercício, Luciana Freire de Sousa.
Vinícius Batista
O Conselho Universitário da UFG (Consuni) foi convocado para discutir e votar a proposta de adesão da UFG ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). A proposta foi sistematizada por uma Comissão, constituída por diretores de unidades acadêmicas, pró-reitores e um assessor da equipe da reitoria da UFG, especificamente designada pelo Consuni para desenvolver esta atividade. Após um denso e frutífero processo de discussão, promovido pela Comissão e pelas unidades acadêmicas, aberto a todos os segmentos da comunidade universitária, chegou-se à versão final do projeto aprovado pelo Consuni, no ultimo dia 25 de outubro. O ambiente de discussão, o envolvimento de toda a comunidade acadêmica, os seminários, as várias reuniões, as reflexões e as críticas, representaram um momento, arrisco-me a afirmar, único na história da UFG. Como não poderia deixar de ser, em se tratando de uma discussão desta envergadura, o debate movimentou os pátios e auditórios da UFG, ganhou espaço nos veículos de informação da cidade e mobilizou, sobretudo, os conselhos diretores das unidades acadêmicas da UFG. As propostas de ampliação de vagas em cursos existentes, de criação de novas turmas e de novos cursos, encaminhadas pelas unidades acadêmicas, superaram a mais otimista das expectativas e possibilitaram à Comissão a elaboração de uma proposta que, pela sua dimensão e riqueza de possibilidades, poderá levar a UFG a ocupar uma posição ainda de maior destaque no cenário das universidades brasileiras.
Centro de Eventos e Cultura
Jornal UFG Assessor de imprensa e editor-geral: Magno Medeiros; Editora executiva: Silvana Coleta Santos Pereira; Editora assistente: Silvânia de Cássia Lima; Conselho Editorial: Angelita Pereira, Goiamérico Felício Santos, Maria das Graças Castro, Silvana Coleta Santos Pereira, Venerando Ribeiro de Campos, Mercês Pietsch Cunha Mendonça; Suplentes: Valéria Maria Soledade de Almeida e Ellen Synthia Fernandes de Oliveira; Revisão de texto: Ana Paula Ribeiro Lopes; Projeto gráfico e editoração: Cleomar Gomes Nogueira; Fotografia: Carlos Siqueira; Repórteres: Alfredo Mergulhão e Maria Glória Alves da Silva; Bolsistas de Jornalismo: Vinícius Batista, Ana Paula Vieira, Ana Flávia Alberton, José Eduardo Umbelino, Mayara Jordana, Pedro Ivo Freire; Bolsistas de Design Gráfico: André Fernandes, Antonio Caixeta e Wesley Rodrigues; Colaboração: Maria das Graças Gonçalves, Thalízia Souza; Equipe administrativa: Amália Magalhães e Leny Borges Impressão: Centro Editorial e Gráfico da UFG (Cegraf)
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VIDA ACADÊMICA
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UFG lidera pós-graduação no Centro-Oeste CINCO PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFG SÃO AVALIADOS COM ÓTIMO DESEMPENHO PELA CAPES
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a última avaliação trienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), divulgada no dia 11 de outubro, a Universidade Federal de Goiás (UFG) obteve nota 5 em cinco programas de pós-graduação, o que equivale a um desempenho considerado excelente. Os destaques da pós-graduação em
gramas de Goiás foram analisados em relação à qualidade, sendo atribuídas notas de 1 a 7. As notas 6 e 7 equivalem ao desempenho de centros internacionais de ensino e pesquisa. Também foram avaliados com bom padrão de qualidade (nota 4), outros nove programas da UFG: Ciências da Saúde, História, Letras e Lingüística (mestrado e doutora-
Goiás foram os programas de mestrado e doutorado da UFG em Ciência Animal, Medicina Tropical e Educação, como também o doutorado em Ciências Ambientais e o mestrado em Geografia. A UFG possui, atualmente, 45 programas de pós-graduação, sendo 32 cursos de mestrado e 13 de doutorado. Na avaliação da Capes, 43 pro-
do), Química (doutorado), Matemática, Ecologia e Evolução, Enfermagem, Física, Cultura Visual (mestrado). No total, 15 cursos de pós-graduação da UFG obtiveram nota 3, que é a classificação mínima que garante o funcionamento do curso, pois as notas 1 e 2 são considerados insuficientes pela recomendação da Capes. A coor-
denadora geral de Pós-graduação (PRPPG) da UFG, Dulce Oliveira, explicou que os cursos que obtiveram nota 3 são recentes e estão em fase de consolidação. Ela ressaltou que houve um crescimento e fortalecimento da pós-graduação da UFG, pois na avaliação anterior apenas um programa obteve nota 5.
Professor Romão Cunha chama a atenção da comunidade científica goiana para se mobilizar contra as perdas de recursos para fomento à pesquisa Sobre o desempenho da pós-graduação em Goiás, ocorreu na programação do IV Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão (Conpeex) da UFG uma discussão sobre Pesquisa e pós-graduação do Centro-Oeste: perspectivas, proferida pelo professor da Escola de Veterinária da UFG, membro da Comissão de Avaliação da Capes e analista sênior do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Romão da Cunha Nunes. O professor Romão afirmou que, em relação ao mestrado, doutorado e iniciação científica, o CNPq concedeu mui-
tas bolsas em 2007 para a promoção do ensino e da pesquisa no Brasil. Ele mostrou tabelas que revelam que, em 1980, eram concedidas 1.079 bolsas de iniciação científica e que, em 2005, este número passou para 19.912. O professor Romão destacou que, apesar da grande quantidade de bolsas para pesquisa, é preciso ainda mais, pois não há como os estudantes buscarem o conhecimento sem poder se manterem na instituição. O foco central da palestra foi o alerta que o professor Romão fez à comunidade científica de Goiás, que tem perdido recursos para fomento à pesquisa, por causa da pequena demanda qualificada. De acordo com dados do CNPq, caiu a participação percentual de Goiás no recebimento de investimentos em bolsas de pes-
Vinícius Batista
Desafios e perspectivas da pesquisa em Goiás
Sobre a busca por recursos, Romão Nunes alertou para a necessidade da comunidade científica concorrer com projetos de qualidade
quisa de 0,9 % em 2005 para 0,8 % em 2006. Segundo o professor Romão, isso é motivo de preocupação, pois os recursos para Goiás estão indo para a região Nordeste
do País. A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), Divina Cardoso, que esteve presente na palestra, destacou que é importante os pesquisadores goianos con-
correrem com projetos de qualidade na busca de alocação de recursos. A coordenadora de Pósgraduação da UFG, Dulce de Oliveira, adiantou que está em negociação um projeto da Capes, o Pró Centro-Oeste, que é uma iniciativa do Fórum dos pró-reitores da região Centro-oeste. O projeto prevê editais de pesquisa exclusivos para a região central, sem ter que entrar em concorrência com o resto do país. Os estados que serão beneficiados são Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, menos Mato Grosso, pois o estado se enquadra na região norte dentro das unidades da federação atendidas pela Capes. De acordo com a professora Dulce, a Capes propõe investir R$ 15 milhões para o Pró Centro-Oeste.
Cursos da UFG brilham no Guia do Estudante 2007 A sexta edição do Prêmio Melhores Universidades publicado pelo Guia do Estudante, da Editora Abril, ano 2007, concedeu “5 estrelas” a três cursos de graduação da Universidade Federal de Goiás (UFG). Os premiados foram: Medicina Veterinária, Enfermagem e Ciências Biológicas. A publicação é um importante instrumento de apoio aos estudantes secundaristas para a escolha de seus cursos. A classificação cinco estrelas equivale ao excelente desempenho dessas graduações. Ciências Biológicas – A coordenadora do curso de Ciências Biológicas, Renata Mazoro, ressaltou que a premiação acaba significando o reconhecimento do corpo docente e discente do curso de Ciências Biológicas. A coordenadora acredita que a avaliação positiva se deve à qualificação dos professores ( 80% são doutores), colocação dos profissionais no mercado e envolvimento dos estudantes em iniciativas como a Semana do ICB e o Jornal ComCiência.
Enfermagem – Para os professores Marcelo Medeiros e Adélia Yaeko Kiosen Nakatani, diretor e vice-diretora da Faculdade de Enfermagem (FEN) respectivamente, a classificação obtida coloca a FEN entre as melhores do país, o que pode oferecer maior segurança aos estudantes e candidatos no momento de sua opção no vestibular. Medicina Veterinária – O professor Eugênio Gonçalves de Araújo, diretor da Escola de Veterinária (EV) da UFG, afirmou que o mérito se deve a toda a comunidade universitária. Destacou ainda alguns pontos fortes da EV, como a qualificação docente, com 95% do quadro de professores composto por doutores, além dos investimentos em infra-estrutura e em pesquisas. (Mayara Jordana)
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Festival Nacional de Música estimula estudantes
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Carlos Siqueira
32ª edição do Festibro, contou com a presenval de Música Naciça de 12 professores cononal da Escola de vidados vindos de diferenMúsica e Artes Cênicas da tes partes do Brasil, da UFG (Emac) reafirmou a Itália, da Alemanha, e dos tradição de excelência e Estados Unidos. Essa foi continuidade que faz do a primeira edição temátievento o mais antigo em ca do evento, que cometodo o país. Os principais morou o centenário do beneficiados com toda a compositor brasileiro Camovimentação foram os margo Guarnieri. O músiestudantes, que tiveram a co teve um vínculo forte oportunidade de ampliar com a música e os músiconhecimentos e de entrar cos goianos, recebendo em contato com tendênciem vida o título de Doutor as externas ao meio acaHonoris Causa pela UFG. dêmico. Durante o Festival, sua O estudante de músimúsica foi executada em Varios recitais com a presença de ca da UFG, Pedro Henrique musicistas nacionais e internacionais recitais e apresentações Bernardi, ressalta a imporno Teatro Goiânia e no temovimentaram o evento tância do contato dentre váatro da Emac. Foram tamrias regiões. Segundo ele, bém ministrados máster os professores convidados conclasses e minicursos de temas pois há gente de vários lugatribuem para o surgimento de relacionados à música, como res e há muitos recitais,” exnovas idéias e para o diálogo viola, orquestra, prática coral, plica ele. Já a estudante Lauentre escolas musicais distinclarineta, trombone, piano e ra Moraes Umbelino explica tas. Pedro destaca ainda que harmonia. O Festival contou que o Festival é a sua chance a parte mais importante do com a participação de 300 esde ter contato com professores Festival é o estímulo que ele tudantes inscritos e esteve estrangeiros, uma vez que ela oferece ao estudo. “Eu estudo aberto à comunidade goiana, tem como objetivo fazer mescom mais vigor e mais vontacontabilizando um total aprotrado no exterior. de depois que acaba. É como ximado de 2 mil participantes. O Festival de 2007, que uma injeção de muito ânimo, (José Eduardo Umbelino) ocorreu de 22 a 28 de outu-
Pós-graduação na Escola de Veterinária
Atendimento noturno O Departamento de Assuntos Acadêmicos (DAA) informa que permanece com o atendimento noturno, no prédio da Reitoria da UFG. De segunda a sexta-feira, o horário de atendimento ao público é das 8h30 às 21h. O DAA é uma divisão administrativa ligado à Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) e tem por objetivo gerenciar todo o processo legal de permanência do aluno na universidade.
Vinícius Batista
Professora da UnB ressaltou sobre os malefícios do consumo de entorpecentes
Terapeuta encerra curso anti-drogas O Curso de Prevenção do Uso de Drogas para Educadores do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação (Cepae) e do Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás (Cefet/Go) foi finalizado no dia 14 de setembro, com palestra da professora da Universidade de Brasília (UnB) e terapeuta de crianças e adolescentes, Maria Fátima Olivier Sudbrack. Ela ressaltou a importância da escola na formação do indivíduo e sua função em esclarecer os alunos sobre os malefícios causados pelo consumo de entorpecentes. Similar ao curso nacional
de prevenção em escolas, esse é um projeto de extensão criado pelas professoras da UFG, Célia Maria Ferreira da Silva Teixeira, da Faculdade de Medicina, e Tânia Maria da Silva Ferreira, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB). As instruções aos professores do Cepae e Cefet começaram em março com encontros de debates semanais e aulas em vídeo. Tânia pretende, a partir de agora, organizar novos encontros periódicos para avaliar as atividades produzidas e realizar trocas de experiências entre os educadores. (Vinícius Batista)
Mestrado e doutorado - A coordenação do Programa de Pós-graduação em Ciência Animal da Escola de Veterinária (EV) da UFG estará com inscrições abertas até o dia 9 de novembro, para os cursos de mestrado e de doutorado. As áreas de estudo são: Clínica e Cirurgia Animal, Sanidade Animal, Produção Animal, Patologia, e Higiene e Tecnologia de Alimentos. Os interessados devem procurar a coordenação do Programa de Pós-graduação da EV, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 11h30. A seleção será realizada de 10 a 14 de dezembro e o edital do programa está disponível no site: www.vet.ufg.br . Mais informações pelo telefone (62)35211583/1586. Residência médico-veterinária - A EV realiza também processo seletivo 2008 para a especialização em Residência Médico-Veterinária. No total são nove vagas disponíveis para a especialização, divida em cinco áreas: Clínica médica e cirúrgica de grandes animais (2 vagas), Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais (4 vagas), Diagnóstico por Imagem (1 vaga), Patologia Clínica (1 vaga) e Anatomia Patológica (1 vaga). As inscrições ocorrem entre os dias 3/12/2007 a 25/1/2008 e a seleção será feita nos dias 11 a 15 de fevereiro de 2008. A especialização será realizada no período de 25/02/2008 a 27/02/2009.
Moema Olival, filha de Colemar, Rosângela Silva, da organização, e o reitor Edward Brasil, no momento da abertura da exposição, em agosto
Exposição homenageia fundador da UFG A Casa de Cultura do Tribunal de Justiça, conhecida como “casarão da rua 20”, que foi a primeira sede da Reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG), oferece, desde o dia 23 de agosto, até o mês de dezembro, exposição sobre Colemar Natal e Silva, fundador da UFG e primeiro reitor da universidade. Trata-se de uma exposição histórica, comemorativa ao centenário de nascimento do professor Colemar Natal. Fo-
tos, objetos, medalhas, condecorações e réplicas de documentos contam a trajetória do professor Colemar enquanto homem público e o processo de fundação da UFG. O vice-reitor da UFG, Benedito Ferreira Marques, é o promotor do evento, coordenado pelo Centro de Informação e Documentação Arquivística da UFG. A exposição está aberta de segunda à sexta-feira, das 9h às 18h, na rua 20, nº19, centro.
Encontro comemorativo O “1° Encontro de Publicidade UFG: pesquisa, ensino e mercado” foi realizado nos dias 19 e 20 de outubro, no Salão Nobre da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás. O evento fez parte das comemorações dos 10 anos do curso na instituição e trouxe a Goiânia profissionais renomados do meio publicitário. O evento foi composto por palestras e mesas-redondas que abordaram sobre as estratégias digitais, marketing e a relação entre o veículo e a agência de Publicidade e Propaganda. A conferência de abertura foi ministrada pelo coordenador do Núcleo de Marketing da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marcelo Serpa, com a temática “Do reclame à convergência – reflexões sobre os caminhos da Publicidade”.
Ainda fizeram parte das comemorações dos 10 anos do curso na UFG a divulgação da existência do Conselho de Auto-Regulação Publicitária (Conar), eventos culturais e uma ação ambiental que visou contribuir para a desmistificação de que a Publicidade seja responsável pelo consumismo
e desperdício. A ação foi realizada nos Parques Vaca Brava, Areião, Flamboyant e Lago das Rosas e teve caráter promocional de divulgação de maneiras criativas, inovadoras e divertidas de preservação do meio ambiente.
Congresso de Reprodução Humana O professor Mário Approbato, diretor do Laboratório de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas HC/UFG participou do Congresso Americano de Reprodução Humana, realizado de 13 a 18 de outubro, em Washington, Estados Unidos. Promovido pela American Society for Reproductive Medicine, o evento reuniu os especialistas de vários países em reprodução humana, contracepção, climatério e infertilidade. Cerca de dez mil pessoas participaram do congresso, considerado um dos maiores do segmento. Approbato é doutor e mestre em To-
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Carlos Siqueira
EVENTOS
Mário Approbato representou a UFG no evento
coginecologia pela Universidade de São Paulo (USP) e especialista em planejamento familiar e fertilização in vitro.
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RELAÇÕES HUMANAS
Seminário discute assédio moral no trabalho O DEBATE TEVE POR OBJETIVO ESCLARECER E ORIENTAR A COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA ACERCA DO TEMA
O
Departamento de Desenvolvimento de Recursos Humanos (DDRH), da Universidade Federal de Goiás (UFG), promoveu no dia 21 de setembro o Seminário sobre Assédio Moral no Trabalho, no auditório da Faculdade de Direito. A abordagem de temas que ultrapassam o ato administrativo ou acadêmico, envolvendo as relações humanas, é característica da política de gestão adotada pela Reitoria. O encontro teve como objetivo esclarecer o que pode ser caracterizado como abuso moral e a maneira como os assediados devem agir. No seminário, estiveram presentes representantes do Ministério Público do Trabalho (Goiás), professores e alunos de várias instituições, totalizando 226 inscrições. A diretora do DDRH, Maria Amélia Simarro Rios, explicou que, dentro da universidade, as pessoas que se sintam assediadas podem procurar o departamento e marcar um horário para serem atendidas. O DDRH possui uma estrutura de atendimento ao servidor que oferece o apoio necessário e toma as providências cabíveis, no caso de assédio moral. A mesa de discussão sobre “Ética no trabalho” foi composta pela professora da Faculdade de Farmácia, Maria Márcia Bachion, a Procuradora do Trabalho, Janilda Guimarães de Lima Collo, e pelo professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Roberto Heloani. Os palestrantes destacaram que a ética faz parte da vida de todos os seres humanos e que deve ser pensada de maneira simples e funcional, pois ela está presente em todas as relações sociais. Janilda Guimarães explicou que o empregador tem o direito de regulamentar e disciplinar o empregado, mas não pode abusar do seu direito de comando. “O empregador tem direito de cobrar
a disciplina, desde que não fira a integridade do empregado. Se o funcionário cometeu um erro, a penalidade deve ser aplicada sem situações humilhantes”, ressaltou. Um grupo de trabalho discutiu a situação da UFG perante o assédio moral. Maria Amélia destacou que a instituição não está livre do problema, já que está inserida na sociedade. “A UFG é uma célula da sociedade e ela tem, proporcionalmente, todos os problemas sociais”. A diretora reforçou que a maneira de combater esse tipo de problema é discutir e esclarecer temas de importância para a comunidade acadêmica, possibilitando o enriquecimento do processo e as relações pessoais e profissionais. A universidade, por meio do DDRH, tem a intenção de promover outros seminários com temáticas parecidas, permitindo o esclarecimento de outras questões pouco discutidas na instituição, com o objetivo de enriquecer o processo educativo. No dia 20 de novembro, haverá um seminário sobre gestão de pessoas na UFG. O DDRH fica no terceiro andar do prédio do Museu Antropológico, localizado na Praça Universitária. O telefone é o 3209-6145 ou 3203-6143. (Ana Flávia Alberton)
Como se caracteriza e o que fazer O assédio moral pode ser entendido como a intenção de causar constrangimento a outrem, de maneira repetida e por um longo tempo, com o objetivo de desvalorizar a pessoa. São práticas abusivas intencionais com base na humilhação, constrangimento, desqualificação, amortização. Pode ser explicito ou uma forma de agressão sutil, de difícil comprovação, mas de conseqüências muito graves para a pessoa agredida. Pode ocorrer em diversos ambientes, sendo até freqüente no trabalho, tanto em empresas privadas quanto em públicas. Mas passa em silêncio, mesmo da parte do agredido. No trabalho, os assediadores procuram desestabilizar psicologicamente a sua vítima, ameaçando-a com penalidades, demissão, exclusão no ambiente de trabalho, disseminação de intrigas, vi-
gilância exagerada sobre a pessoa. Ou seja, toda forma de pressão perversa, possível e imaginável. São verdadeiros predadores à procura de vítimas e há casos em que as pessoas preferem sair da organização. Mesmo os médicos do trabalho só agora estão voltando suas atenções para esta forma de desconforto no ambiente de trabalho. E as conseqüências podem ser graves para as vítimas. O assédio moral atinge a dignidade da pessoa, causa estresse patológico - muitas vítimas se culpam - e tem sido associado às causas da síndrome do pânico. Há até casos de suicídio, como conseqüência de assédio moral. O coletivo - Kátia Barbosa, professora da Universidade Católica de Goiás (UCG), que proferiu palestra no evento,
chama a atenção para a sanidade do ambiente de trabalho. O assédio pode se dar de forma vertical e/ou horizontal. O primeiro é caracterizado pelo abuso de poder de um chefe sobre seu subordinado e o segundo pela agressão cotidiana entre colegas. “A entidade grupal também é passível de adoecimento coletivo, há um limite psicológico que pode ser afetado”, explica. Ela traça o perfil do assediador e do assediado. “Assédio é um componente da personalidade, traço perverso, precedido de ato racional, elaborado, mas também é desinformação. O assediador é inseguro de sua competência, é aquele indivíduo que alienou-se em alguma fase da vida. E, ao contrário do que a maioria pensa, esse ato não é praticado por pessoa desequilibrada, é o assediador que
leva à alopatia. A origem da ação pode nascer na inveja, unida à covardia. A maior parte das pessoas que sofrem assédio moral são inteligentes, colaboradoras, solidárias, muitas vezes incomodam por não serem medíocres, porque têm personalidade”, explica a professora. São vários os problemas relacionados ao assédio moral. Um dos mais importantes é a falta de esclarecimento do grupo a que pertence a vítima, que em 87% dos casos adere ao assediador. A vergonha da vítima, especialmente entre os homens, a torna mais vulnerável, constituindo grande arma do assediador. O medo (do desemprego) é outra. Soluções - A dominação gera conformismo, submissão, resistência e rejeição. É preciso denunciar. Por outro lado,
Kátia Barbosa alerta que não se deve banalizar o assédio moral, o que seria ótimo para os assediadores. “As vítimas devem procurar apoio no seu sindicato, junto aos amigos, na psicologia e no judiciário”, sugeriu o promotor Ricardo Tadeu, presente no evento. De acordo com ele, como a desinformação é um dos fatores favoráveis à prática do assédio, também é preciso investir em ações educacionais, por meio de discussões abertas, confecção de cartilhas etc. “Só assim estaremos contribuindo para um mundo melhor”, afirmou. As denúncias são encaminhadas à Procuradoria Regional do Trabalho. Mais informações sobre o assunto, inclusive aspectos legais, podem ser obtidas no sítio www.assediomoral.org (Silvânia Lima)
CIÊNCIA E TECNOLOGIA
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Durante os quatro dias do evento, foram realizadas palestras, minicursos e atividades culturais
O
IV Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão (Conpeex), da Universidade Federal de Goiás (UFG), ocorreu no período de 8 a 11 de outubro, com o tema “Ciência, educação e compromisso social”. O evento, ocorrido no câmpus II, teve como objetivo a divulgação interna do conhecimento científico, tecnológico, cultural, social e humanístico produzido na UFG e a divulgação à comunidade externa, beneficiando-a por meio do compromisso de preservação ambiental, da flora e da fauna. A conferência de abertura foi realizada no auditório da Escola de Música e Artes Cênicas (Emac) e ministrada pela vice-presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Wrana Panizzi, e tratou da “Pesquisa e desafio da formação profissional”. Além da professora, a mesa diretiva foi composta pelo rei-
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Conpeex debate pesquisa e formação profissional tor da UFG, Edward Madureira Brasil, e pela representante da organização do congresso, Dalva Eterna Gonçalves. Edward Madureira destacou a importância de incentivar a pesquisa e também o crescimento e consolidação da universidade na área. “Pesquisa e pós-graduação são coisas relativamente novas na UFG, mas estamos Wrana Panizzi afirmou que os profissionais devem atender aos requisitos do nos consolidando mercado, mas não podem ser homogeneizados como uma das principais instituições de maneira coletiva, visando o bem-estar social, pesquisa do Centro-Oeste. A UFG está prepois a educação é um bem público. sente em quase 80% dos projetos aprovados A vice-presidente do CNPq traçou o pernos editais de pesquisa do estado de Goiás”. fil a ser construído durante a formação proWrana Panizzi enfatizou que congressos, fissional. Wrana explicou que os profissionais como o Conpeex, são importantes para que se devem atender aos requisitos exigidos pelo discuta o fazer acadêmico e o papel social da mercado de trabalho, mas não podem ser houniversidade, proporcionando uma interação mogeneizados. “Hoje é preciso ter conhecientre alunos, professores, servidores e comumento geral e específico, ter formação básinidade. Para a professora, não há possibilidaca, ser empreendedor, saber organizar o pende de uma boa educação se ela não for feita de
Transtorno de Estresse Pós-Traumático
As apresentações orais e a exposição dos painéis de trabalhos técnicos no IV Conpeex reuniu experiências realizadas por graduandos e pós-graduandos da Universidade Federal de Goiás (UFG), no total de 1.144 trabalhos, entre os dias 8 a 11 de outubro, no câmpus II. As apresentações orais, realizadas no Centro de Aulas, somaram 438 exposições de bolsistas do Programa Institucional de Iniciação Científica (Pibic), Programa de Bolsas de Licenciatura (Prolicen), além de pesquisadores de mestrado e doutorado da universidade. Na exposição em pôsteres, 706 trabalhos técnico-científicos lotaram os pátios do Instituto de Ciências Biológicas (ICB I) da UFG. Desses, 27 são de bolsistas do Prolicen, 138 do Programa Institucional de Voluntários de Iniciação Científica (Pivic), 3 do Programa de Educação Tutorial (Pet), 82 do Programa de Bolsas de Extensão e Cultura (Probec) , 256 da pósgraduação e 200 outras pesquisas de alunos e Carlos Siqueira
sofrimento causado é revivido por meio de sonhos ou alucinações. Ele explica que as pessoas que sofrem estresse pós-traumático se isolam e passam a ter distanciamento emocional, não conseguem expressar verbalmente o que ocasionou o trauma, além de possuírem insônia e irritabilidade. Durante a palestra, o professor Júlio apresentou dados em que 9% da população geral dos Estados Unidos já tiveram TPET total e 30% já apresentaram sintomas parciais da patologia, e afirmou que esses índices podem ser equivalentes à população brasileira. O não-tratamento pode levar a outros problemas como a depressão, a ocorrência de pesadelos e até o abuso de entorpecentes. No tratamento, o professor deixa claro que a psicoterapia deve estimular o paciente a contar e a relembrar as situações traumatizantes, não se vitimando. Pelo contrário, a terapia deve fazer com que o trauma seja ressignificado e que outras situações de superação ocorridas no passado devem ser lembradas. Segundo o professor Júlio, é necessário falar, relembrar e expressar o trauma, pois o sofrimento da pessoa que silencia é muiO professor Júlio Pietro abordu a forma mais to maior. profunda do estresse (Mayara Jordana)
Mais de mil pesquisas científicas divulgadas
Vinícius Batista
Com tantas atividades, responsabilidades, pressões do tempo e mesmo da sociedade, o indivíduo deve estar preparado para se adaptar (física e psicologicamente) às mais diversas situações da vida cotidiana. Porém, quando não se consegue lidar de uma maneira favorável com fatores ruins ou bons, e um fato causa mudanças bruscas no ritmo natural de uma pessoa, a partir disso ocorre o estresse. Esse foi o assunto da palestra proferida, no IV Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão (Conpeex), pelo psicólogo clínico e professor da Universidade de São Paulo (USP), Júlio Pietro. O professor abordou uma forma mais profunda do estresse, ele discutiu o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TPET), que consiste na perturbação psíquica de um indivíduo após ter sofrido um trauma e, a partir disso, a ocorrência perturbadora passa a ser recordada por quem a sofreu e as percepções de mundo são abaladas. De acordo com o professor, a perda de um emprego, o luto ou um acidente podem ocasionar o trauma e o
samento para o mundo prático e, acima de tudo, gostar do que se faz”. Para Wrana, conhecimento, tecnologia e educação são os responsáveis pela diferenciação entre as pessoas e pelo crescimento das nações. A professora relatou que 90% das pessoas que trabalham nessa área estão em países desenvolvidos e, por isso, fazer pesquisa no Brasil é um desafio, mesmo o país estando em pleno desenvolvimento do setor. A cada ano o Conpeex ganha mais visibilidade. Nesta edição foram 4.493 inscritos, e, no ano passado, 3 mil. Mais de 550 pôsteres foram apresentados, três conferências, quatro mesas de discussão, três palestras, uma oficina, shows, teatros e 15 eventos simultâneos. O congresso é uma proposição da gestão da universidade e é de responsabilidade das pró-reitorias da UFG. (Ana Flávia Alberton)
O espaço reservado à exposição foi visitado por um grande público
professores de várias unidades acadêmicas da UFG. Atualmente, o número de alunos de iniciação científica da universidade é 287, bolsistas do Pibic, e 172 do Pivic. Um dos coordenadores da organização do Conpeex deste ano, Dalva Eterna Gonçalves, explica que a participação do Centro Federal de Ensino Tecnológico (Cefet) de Goiás e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na apresentação dos pôsteres foi possível graças à parceria entre as duas instituições e a UFG no desenvolvimento de projetos. Dalva Gonçalves ressalta que o evento é o momento em que a universidade expõe as suas pesquisas que podem ser conferidas gratuitamente por todos os interessados, promovendo a divulgação e o intercâmbio. Além da UFG, instituições como Universidade Católica de Goiás (UCG), Universidade Estadual de Goiás (UEG) e Escola Superior de Educação Física de Goiás (Esefego) tiveram trabalhos publicados em pôsteres. (Mayara Jordana)
Goiânia, outubro de 2007
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CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Pesquisas visam prevenção à dengue PROFESSOR DA UFMG EXPÔS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS PARA COMBATER O MOSQUITO AEDES AEGYPTI
A “
ciência que se produz na universidade pode sair da bancada da instituição e pode ser reconhecida fora.” Esta é a visão do professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Álvaro Eduardo Eiras, um dos palestrantes do IV Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão (Conpeex), da Universidade Federal de Goiás (UFG). Na sua palestra sobre Novas tecnologias para o controle de Aedes aegypti: da bancada ao consumidor, o biólogo relatou suas experiências na realização de pesquisas que culminaram na criação do sistema para captura do vetor da dengue e que alia três inovações tecnológicas: o Mosquitrap, o AtrAedes e o Monitoramento Inteligente (M.I. Dengue). As peculiaridades da fêmea do Aedes aegypti ,que transmite a doença, chamou a atenção do biólogo, principalmente sua atração pelo suor humano. Com esse conhecimento, pesquisadores do laboratório de culicídeos do Instituto de Ciências Biológica da UFMG criaram um atraente sintético (AtrAedes) que imita os odores do suor humano. Mas o objetivo ainda é criar um instrumento para captura das fêmeas grávidas, que, segundo o professor, chegam a botar cada uma 500 ovos durante toda sua vida. O estudo sobre o comportamento das fêmeas contou com a ajuda de graduandos da UFMG e bol-
sistas de iniciação científica. O resultado foi a descoberta de que o mosquito explora o ambiente, ou seja, a fêmea somente põe seus ovos após pousar nas paredes do recinto que acumula água. Sabendo disso, foi desenvolvido em 2001 o Mosquitrap, uma armadilha composta por um vaso preto no qual se põe a água, um carretel, que contém um cartão adesivo, e um funil, que dificulta a saída
dos mosquitos da armadilha. O professor explicou que o Mosquitrap, aliado ao atrativo sintético, chama as fêmeas para a armadilha. Com isso, elas pousam nas paredes, antes de botarem os ovos e assim ficam coladas no adesivo. De acordo com Eiras, com os insetos pregados na armadilha, fica fácil monitorar as regiões urbanas onde há focos do mosquito da dengue. Para isso, foi pensado um sistema informatizado (M.I.
Dengue), em que cada agente de saúde, munido de um computador de mão, colhe informações dos mosquitos capturados nas armadilhas espalhadas por uma região. As informações são processadas e divulgadas na internet gerando mapas que identificam zonas de risco de dengue. O monitoramento inteligente da dengue surgiu dentro da Universidade Federal de Minas Gerais e foi patenteado pela instituição, mas pode ser comercializado por meio da empresa de biotecnologia, Ecovec, desenvolvida pela UFMG, pagando-se royalties à universidade. O professor Álvaro Eiras declarou que cidades como Vitória (ES) e Congonhas (MG) já utilizam as armadilhas e, segundo o professor, o Ministério da Saúde testou o sistema em dez cidades brasileiras entre 2004 e 2005. A inovação tecnológica é reconhecida internacionalmente e ficou entre as cinco melhores tecnologias de saúde que beneficiam a humanidade agraciadas com o The Tech Museum Awards 2006, premiação concedida no Vale do Sicílio, na Califórnia (EUA). Sobre seu pioneirismo neste tipo de tecnologia, o professor Álvaro Eiras destaca que a missão não foi fácil e que já sofreu muitas críticas, mas ele ressaltou que é preciso, no Brasil, superar o “vale” entre ciência e mercado. (Mayara Jordana)
A UFG estrutura um núcleo de inovação tecnológica para apoiar processos de produtos e serviços a serem patenteados O minicurso “Inovação tecnológica e propriedade intelectual, princípios da propriedade intelectual”, ministrado pela professora Geni Anastácio Sabino, na Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da UFG, abriu o terceiro dia do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão (Conpeex). O curso foi um dos resultados de um projeto desenvolvido pela coordenação do curso de Biblioteconomia, em parceria com a Pró-reitoria de Pós-graduação (PRPPG), que visa à gestão da propriedade intelectual no âmbito da UFG, à proteção de marcas, produtos e processos. A propriedade inte-
Vinícius Batista
Minicurso discute importância da propriedade intelectual lectual garante aos inventores e responsáveis por qualquer produção de intelecto o direito de conseguir, pelo menos por um tempo, recompensa pela própria criação. A ela estão relacionadas patentes, marcas, desenhos industriais, indicações geográficas e proteção de cultivares. No Brasil, a falta de controle do governo na questão da propriedade intelectual permite que pesquisadores estrangeiros retirem plantas, fungos e microorganismos Geni Anastácia: “é necessário conscientizar estudantes das matas brasileiras. Muitos e servidores sobre a importância de um plano de acabam se tornando produtos proteção intelectual” patenteados no exterior. Segundo dados do Instituto Na“Não é um trabalho fácil de ser realizado, exicional de Propriedade Industrial (Inpi), entre ge verba e equipe especializada. É lento, mas os anos de 1990 e 1999, de 4 mil pedidos de deve ser feito”. A professora completa dizenpatentes em biotecnologia apenas 3% eram do que, além de capacitar o professor, é nede pesquisadores brasileiros. cessário conscientizar alunos e servidores da Geni Anastácio explica que, na UFG, o importância de se elaborar um plano de protrabalho de proteção intelectual está apenas teção intelectual. no começo e, por isso, o retorno é quase zero.
A patente é um indicador de excelência tecnológica de uma universidade. Geni expõe a necessidade de proteger o conhecimento produzido na UFG. “Concordo que o conhecimento tem que ser livre, mas deve ser protegido, fundamentado, a universidade tem que ter um núcleo que proteja isso, com pessoas capacitadas e a UFG tem lutado em prol disso”. O Núcleo de Inovação Tecnológica coordenado pela PRPPG e pelo curso de Biblioteconomia ainda está em fase de estruturação. Até o momento, já foi concluída a elaboração do Guia de Propriedade Intelectual da UFG e o levantamento bibliográfico do tema nas instituições acadêmicas brasileiras. A análise de produtos e serviços a serem patenteados ainda está em fase de desenvolvimento. (Ana Flávia Alberton)
UNIVERSIDADE
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Depois de intensas
REESTRUTURAÇÃO E EXPANSÃO DA UFG EXPANSÃO DA GRADUAÇÃO 3.963 6.445
Após expansão
2.482 Novas Vagas 1.340
747
395
Nos novos cursos
Nas novas turmas
Nos atuais cursos
EXPANSÃO DA PÓS-GRADUAÇÃO STRICTU - SENSU 1.495 2.695
Total de vagas hoje Após expansão
UFG hoje
UFG após expansão
88 117
Expansão dos cursos Expansão do número de professores
1.287 1.776
Servidores Técnicoadministrativos em Educação
1.127 1.427
EXPANSÃO DE BOLSAS 623
Assistência Estudantil
1.623 775
Alimentação
1.550 Mestrado
Doutorado
Pós-doutorado
Professor Visitante
25 225 6 66 0 14 0 27
RECURSOS COM A EXPANSÃO Infra-estrutura e equipamentos: R$ 74.783.724,00 Custeio e pessoal (2008 – 2012): (2008) R$ 4.264.001,00 (2009) R$ 14.599.000,00 (2010) R$ 25.505.992,00 (2011) R$ 37.249.001,00 (2012) R$ 51.870.999,00 TOTAL GERAL: R$ 208.272.717,00
Histórico do Reuni 26 e 27/7 – Lançamento do Reuni, no I Seminário Nacional do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais; 15 a 23/8 – Seminários na UFG, divididos por áreas do conhecimento; 28/9 – estudantes fazem manifestação no Conselho Universitário (Consuni); 4/10 – estudantes novamente impedem realização do Consuni; 18/10 – reitor se reúne com Diretório Central dos Estudantes (DCE) e Centros Acadêmicos (CAs) no câmpus II; 22/10 – pró-reitores e assessores discutem com CAs no câmpus I; 25/10 – sessão extraordinária do Consuni com aprovação do Reuni
O
Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal de Goiás (UFG) decidiu, no último dia 25, aderir ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, o Reuni, instituído pelo governo federal dentro do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE). Em sessão extraordinária realizada no auditório da Justiça Federal, o relatório final da comissão instituída pela UFG foi aprovado por 46 votos favoráveis e três contrários. Segundo o reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, a adesão representa um grande marco na história da universidade: “Em nenhuma outra oportunidade pôde-se expandir com essa intensidade e esse nível de financiamento”, declarou o reitor. A proposta aprovada prevê a ampliação de cerca de 2500 vagas na graduação até o ano de 2012, com a criação de 29 novos cursos e a abertura de novas turmas em 22 dos já existentes. Para a efetivação dessas metas, a UFG deverá contratar 482 novos professores e 300 novos servidores técnico-administrativos em educação (180 de nível médio e 120 de nível superior) para atender as unidades acadêmicas e órgãos da instituição, tanto em Goiânia quanto nos Câmpus de Catalão, Jataí e na Cidade de Goiás. Obras em infra-estrutura também serão necessárias para garantir a execução do projeto de expansão da UFG. No total, serão investidos em torno de R$ 75 milhões sendo que mais de R$ 15 milhões serão alocados ao longo dos próximos dois anos. O acréscimo das verbas de custeio e pessoal da UFG aumentará gradativamente até alcançar, em 2012, o valor de R$ 51.870.999 milhões. A partir de então este montante fica incorporado ao orçamento da universidade. Os recursos de investimento serão aplicados na construção de blocos de salas de aulas, gabinete de professores e laboratórios, e na aquisição de novos equipamentos. Haverá, ainda, um acréscimo de R$ 3 milhões nos recursos destinados às bolsas de assistência estudantil e bolsas alimentação, além de um montante de R$ 3,8 milhões para serem aplicados em bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado. “É o crescimento concreto da UFG, com contratação de professores, servidores técnico-administrativos, obras e assistência estudantil”, comemora o reitor da
universidade. Para a próreitora de Graduação, Sandramara Matias Chaves, essa é uma oportunidade de crescer com aporte de recursos. Discussões – A discussão sobre o decreto que instituiu o Reuni começou no último mês de junho. De lá pra cá, a UFG organizou seminários por áre-
as do conhecimento, se reuniu com estudantes e debateu internamente a questão. “Em nenhuma das 54 Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), houve um nível de discussão, interlocução e aprimoramento de propostas em relação ao Reuni como aqui na UFG”, declarou Edward Madureira.
Fotos: Carlos Siqueira
Total de vagas hoje
Goiânia, outubro de 2007
Edward Brasil em uma das reuniões com os estudantes
Novos cursos Cursos
Unidade
Novas vagas até 2012
CÂMPUS CATALÃO Matemática Aplicada Ciências Biológicas (bach) Ciências Sociais SUB-TOTAL
Catalão Catalão Catalão
50 30 50 130
EEC IME EV FCHF FCHF INF; FACOMB
50 50 50 50 60 50
EMAC
20
EMAC FEF FEF IESA EA IQ INF FL FAV EEEC;EEC ICB INF;EEEC FAV; FL; FCHF;FEF FD ICB e IPTSP
25 45 50 50 40 35 80 45 35 50 45 60 60 50 60 1060
Jataí Jataí Jataí Jataí
60 50 45 45 200
CÂMPUS GOIÂNIA Engenharia Ambiental Estatística Zootecnia Museologia Ciências da Cultura Gestão da Informação Música (Percussão, Guitarra Elétrica, Saxofone e Clarinete) Tecnologia em Produção Cênica Graduação em Educação Física Licenciatura em Dança Ciências Geoambientais Engenharia Florestal Química Industrial Sistemas de Informação Letras-Libras Arquitetura e Urbanismo Engenharia Mecânica Gestão Ambiental Tecnologia da Informação Graduação em Humanidades Serviço Social Biomedicina (novas habilitações) SUB-TOTAL
CÂMPUS JATAÍ Direito Engenharia Florestal Fisioterapia Artes Visuais (lic.) SUB-TOTAL
Goiânia, outubro de 2007
UNIVERSIDADE
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discussões, UFG adere ao Reuni A presidente da comissão interna instituída para discutir e elaborar a proposta da UFG para o Reuni, Sandramara Matias Chaves, afirmou que foi um trabalho intenso, minucioso, que envolveu muito estudo. Primeiramente, a comissão solicitou das unidades acadêmicas que encaminhassem suas propostas de expansão e, segundo a professora Sandramara, as unidades foram “além das expectativas”. Depois disso, a comissão ficou encarregada de compatibilizar as propostas com as metas do Reuni, e estabelecer coerência com as diretrizes gerais do Programa
de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, ao mesmo tempo, atendendo as propostas recebidas. Em meio ao debate, um grupo de estudantes se manifestou contrariamente à proposta do Reuni chegando a impedir a instalação do Consuni por duas vezes. Então, houve uma reunião de representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Centros Acadêmicos (CAs) e outros estudantes, com o reitor da UFG, para discutir pontos do decreto. “O Reuni teve o grande mérito de fazer as pessoas se posicio-
narem sobre o assunto, o que serviu de reflexão para a comissão e para a comunidade. A contradição é muito bemvinda porque nos faz refletir”, acredita o reitor Edward Madureira. A retirada dos Bacharelados em Grandes Áreas (BGAs) da proposta de expansão da UFG é um reflexo da intensa discussão. Sem esses cursos na proposta, a Associação dos Docentes da UFG (Adufg) e o CA do curso de Farmácia, por exemplo, se posicionaram a favor da adesão: “Não somos contra o Reuni, temos mesmo que expandir, criar novos cursos; os
BGAs eram a nossa única restrição”, afirmou o vice-presidente da Adufg, Abraão Garcia Gomes. O Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação (SintUFG) manifestou publicamente sua posição favorável ao Reuni por meio de um Informativo especial distribuído à comunidade universitária. Próximos passos – O prazo para encaminhamento de propostas das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) ao MEC era dia 29 de outubro. A UFG encaminhou a proposta, que será analisada pelo MEC e a resposta deve ser dada até meados de dezembro. Edward Madureira explicou que o momento é de aguardar a aprovação da proposta no MEC. Segundo ele, ainda este ano, será instituída uma comissão de acompanhamento para implementação do Reuni. Aprovada a proposta, de acordo com a professora Sandramara Matias, 2008 será o ano de preparação da UFG, em termos de espaço físico, obras, concursos para contratação de professores, técnicos-administrativos, bem
como o aparelhamento de prédios e laboratórios. Ela explicou que há uma previsão, que será discutida preliminarmente, de implantação de 19 cursos no vestibular de 2009. Edward Madureira afirmou ainda que o importante é que tudo está sendo feito de forma planejada e escalonada. Edward Madureira acredita que o Reuni permitirá ainda a correção de alguns problemas existentes na universidade, oferecimento de novos cursos, essenciais para a região e a inclusão de um grande número de estudantes. Todos os documentos relativos ao Reuni foram publicados no Portal UFG, incluindo propostas de unidades e estudantes, que foram consideradas pela comissão. Afim de esclarecer o Reuni para toda a população e expandir a discussão, o reitor concedeu diversas entrevistas a diferentes meios de comunicação, como jornais, programas de rádio e de televisão, além da ampla cobertura feita pela Rádio Universitária. Confira abaixo o histórico de debate do programa. (Ana Paula Vieira)
Novas vagas nas turmas existentes
Mesa diretora da reunião do Conselho Universitário que aprovou o Reuni/UFG
Novas turmas nos cursos existentes Cursos
Unidade
Administração Biblioteconomia Ciências Biológicas (bach.) Ciências Biológicas (lic.) Ciências Contábeis (bach.) Ciências da Computação Ciências Econômicas Ciências Sociais Comunicação Social (Public. e Prop.) Comunicação Social (Rel. Públicas) Educação Musical (Ens. Musical Esc.) Engenharia de Alimentos Engenharia de Computação Farmácia Filosofia (lic.) Física (lic.) Nutrição Química (lic.) Direito Educação Física TOTAL
EA FACOMB ICB ICB EA INF EA FCHF FACOMB FACOMB EMAC EA EEEC FF FCHF IF FANUT IQ Goiás Jataí
Novas vagas até 2012 60 20 10 10 40 40 40 55 15 15 30 20 40 20 50 40 32 30 60 40 667
Período Noturno Matutino Integral Integral Noturno Integral Vespertino Noturno Matutino Matutino Noturno Integral Vespertino Integral Noturno Vespertino Integral Noturno Matutino Noturno
Cursos
Unidade
Ciências da Computação (bach.) Geografia (bach. ou lic.) História (bach. ou lic.) Letras (lic. Português) - Matutino Letras (lic. Português) - Noturno Matemática (lic.) Engenharia Civil - Início em 2008 Engenharia Minas - Início em 2008 Engenharia Produção - Início em 2008 Agronomia Artes Visuais (bach. Artes Plásticas) Artes Visuais (bach. Design de Interiores) Artes Visuais (lic.) Desgin de Moda (bach.) Engenharia Civil Engenharia de Computação Engenharia Elétrica Física (bach.) Física (lic.) Geografia (bach. ou lic.) Geografia (lic.) Letras (bach. ou lic.) Matemática (lic.) Medicina Veterinária Educação Física Física Geografia (bach. ou lic.) Medicina Veterinária Pedagogia (lic.) Psicologia Zootecnia Ciê da Computação (bach.) - Início em 2008 Enfermagem Nutrição - Integral - Início em 2009 TOTAL
Catalão Catalão Catalão Catalão Catalão Catalão Catalão Catalão Catalão EA FAV FAV FAV FAV EEC EEEC EEEC IF IF IESA IESA FL IME EV Jataí Jataí Jataí Jataí Jataí Jataí Jataí Jataí Jataí Jataí
Expansão das vagas até 2012 20 10 5 10 5 5 10 10 10 20 10 5 5 5 6 14 8 20 20 10 10 10 10 2 10 10 10 10 10 15 10 40 20 20 395
INTERNACIONAL
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Goiânia, outubro de 2007
Professor de Camarões fala de arte africana A
UFG recebeu, no dia 15 de outubro, o professor de Camarões, JosephMarie Essomba, que realiza atividades no programa de pós-graduação em História na categoria de professor visitante, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e que proferiu, no mestrado em Artes e Cultura Visual da Faculdade de Artes Visuais (FAV), a conferência “A arte africana como fonte de conhecimentos históricos: o caso dos ‘Abbia’ e dos antigos ‘fang-beti’ de Cameroun”. A comitiva trouxe ainda o embaixador de Camarões no Brasil, Martin Mbarga Nguele e os diplomatas Pamela Sirri kisob, Fidéle Wamba, Gabriel Asobo e Serge Amouga. Segundo o embaixador de Camarões, a visita é resultado da vontade política em aproximar Brasil e África. “Esse é o início de uma cooperação que irá prosseguir”, afirmou Martin Mbarga Nguele. No mesmo dia da conferência, o presidente Luis Inácio Lula da Silva chegou a Burkina Faso, primeiro país africano a ser visitado na sétima viagem de Lula ao continente desde 2003, totalizando, com isso, 19 países afri-
Fotos: Carlos Siqueira
JOSEPH-MARIE ESSOMBA E COMITIVA AFRICANA PARTICIPAM DE CONFERÊNCIA NA UFG professores para o ensino de história da África, instituído como obrigatório nas escolas das redes pública e particular com a Lei federal 10.639, de 2003. Arte Africana - O professor descreveu o assunto da conferência como “exótico” e disse que o escolheu exatamente por não ser muito conhecido. Primeiramente, Essomba explicou que Camarões tem uma extensão de 475 mil m², mais de 15 milhões de habitantes, e cerca de 230 línguas, que de uma maneira geral correspondem a grupos étnicos, e que “fang-beti” é um grupo de populações ao sul do país. “Abbia” designa ao mesmo tempo uma técnica, uma arte e um jogo. A técnica vem de um fruto típico das florestas africanas, que, depois de dividido em duas partes, gera fichas que são polidas e recebem gravuras que em geral trazem elementos da fauna, vegetação, atividades típicas do país. Segundo Essomba, assim, os artistas traçavam simbolicamente
O professor Essomba estava acompanhado pelo embaixador Martin Mbarga Nguele e os diplomatas Pamela Sirri kisob, Fidéle Wamba, Gabriel Asobo e Serge Amouga.
canos visitados. A coordenadora de Assuntos Internacionais da UFG, Ofir Bergemann de Aguiar, explicou ainda que esses esforços são parte da aproximação entre África e Brasil e servem, acima de tudo, para capacitar
O programa Capes/ Fipse, de intercâmbio cultural entre o Brasil e os Estados Unidos, contempla duas instituições públicas brasileiras, as Universidades Federais de Goiás (UFG) e de Viçosa (UFV). Alunos selecionados de ambos os países têm a oportunidade de estudar um semestre no exterior, com todas as despesas pagas pelo programa. Ao todo, são oito vagas para acadêmicos da UFG, nas áreas de Letras, Música e Arte. Quatro alunos dos cursos de Letras e de Design de Modas já se encontram nas universidades estadudinenses Gadsden State Community Co l l e ge e Un i ver sit y of Montevallo, ambas no Alabama. Outra instituição parceira, nos Estados Unidos, é a Augusta Technical College, na Geórgia. O coordenador do programa, professor Francisco José Quaresma de Figueiredo, da Faculdade de Letras, informa que a seleção para as outras quatro vagas ocorrerá no mês de março do próximo ano. Os candidatos devem ter bom currículo, com médias superiores a sete; proficiência do inglês, atestada pelo Toefl; e
Divulgação
Intercâmbio com os Estados Unidos
a linguagem da sociedade. Tal arte não existe atualmente. De acordo com Essomba, esses elementos foram tão importantes que foi inventado um jogo a partir deles, que ainda existe no espírito da sociedade atual, configurando uma espécie de jogo de azar. Literatura - O Programa de Pós-Graduação em Letras e Lingüística recebeu o professor camaronês Andrè Ntonfo, no último dia 23, que proferiu palestra em francês, com tradução consecutiva, sobre “Os escritores negro-africanos como testemunhas e atores da História na África colonial e pós-colonial”. O professor André Ntonfo atua no Département de Littérature Négro-Africaine, Faculté des Arts, Lettres et Sciences Humaines, Université de Yaoundé, IBP. 4396, Yaoundé, Cameroun, e, no momento, está na Universidade de Brasília (UnB) ministrando cursos como participante do Projeto África-Brasil. Esta foi mais uma iniciativa da Coordenadoria de Assuntos Internacionais (CAI) e com a participação dos programas de pós-graduação em Letras e Lingüística e em História da UFG. (Ana Paula Vieira)
Artistas canadenses na UFG A professora da Université du Québec à Montréal (UQAM), Chantal Du Pont, e o artista Romeo Gongora estiveram em atividades na UFG durante o mês de outubro. De 3 a 7 ministraram a oficina “Vídeo e Fotografia”, no mestrado em Cultura Visual (FAV). No dia 7, apresentaram, no Cine Cultura Goiânia, 13 filmes de curta-metragem, resultado do seu trabalho com os estudantes que realizaram o curso. Os filmes trataram da linguagem de vídeo-arte. No dia 5, no miniauditório da FAV, deu-se também a apresentação de vídeo com trabalho dos artistas, em evento aberto ao público em geral. Os artistas canadenses vieram à UFG a convite do mestrado em Cultura Visual e do Núcleo de Estudos Canadenses, coordenado pela professora Rosa Berardo.
Estudantes rumo à França
Eric Vaccarella (Montevallo), Rita Crider (avaliadora externa do Fipse), Charles Hill (Gadsden), Francisco Quaresma (UFG), Maria Cristina Pimentel (UFV) e Philip Williams (reitor da University of Montevallo).
participar de entrevista, em inglês. O professor informa ainda que, em janeiro, a UFG estará recebendo três estadudinenses, um de cada instituição parceira. Nas
próximas semanas, Francisco Quaresma irá participar de reunião com todos os coordenadores do programa, na Vanderbilt University, em Nashille, Tennessee.
Cinco estudantes da Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos (EA) da UFG foram contemplados com bolsas de intercâmbio acadêmico dentro do programa Brafagri/Capes. No ano de 2008, Jordana Gabriel Sara, Luiz Paulo Santos Silva e João Victor Silva Nogueira do curso de Agronomia e Luiz Paulo Sales Silva e Thais de Lima Dias, do curso de Engenharia de Alimentos, cursarão disciplinas em uma das quatro escolas que constituem a Fédération des Ecoles Supérieures d´Ingénieurs en Agriculture (Fesia) da França, que ficam nas cidades de Lille, Angers, Toulouse e Lyon.
O programa Brafagri, aprovado há cerca de um ano e meio na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), custeia as passagens de ida e voltados estudantes, uma bolsa no valor de 600 euros e um seguro de vida. A seleção, realizada com alunos do 4º ao 6º período, consta de avaliação de currículo, prova oral e escrita na língua francesa, avaliação de histórico escolar e uma entrevista. Neste ano 18 candidatos se inscreveram. No começo de 2007 a UFG mandou a primeira turma, com cinco alunos. Lá, eles estudam matérias do currículo normal do curso, que são aproveitadas aqui como disciplinas de núcleo livre.
Goiânia, outubro de 2007
ENSINO E EXTENSÃO
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UFG inaugura Centro de Aulas no câmpus II
Recursos – A obra custou cerca de R$ 2,8 milhões, provenientes do Programa de Expansão das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), criado pelo Ministério da Educação (MEC) e de emendas parlamentares. O
reitor da UFG, Edward Madureira Brasil, ressaltou a importância da participação da bancada goiana na Câmara Federal, principalmente por meio dos deputados Raquel Teixeira (PSDB), Rubens Otoni (PT), Carlos Alberto Leréia (PSDB), e dos ex-deputados Vilmar Rocha (DEM) e Neyde Aparecida da Silva (PT), que conseguiram as emendas ao orçamento 2006 da União, especificamente para este projeto. “Para nós é motivo de muita alegria contar com essa articulação da bancada goiana, em uma relação suprapartidária, de muita autonomia e respeito, em prol da educação superior”, comemorou Edward Brasil. Durante a inauguração, a deputada federal Raquel Teixeira afirmou que continua parceira da UFG, e que tem muita honra em ajudar a universidade, que também é a casa dela, já que é professora aposentada da Faculdade
Desde o mês de agosto, dez adolescentes da região metropolitana de Goiânia têm tido a oportunidade de dar forma, cor e voz às suas idéias por meio de expressões artísticas. Eles participam do Necarte, as oficinas de arte do Núcleo de Estudos e Coordenação de Ações para Saúde do Adolescente (Necasa), órgão vinculado à Pro-reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da Universidade Federal de Goiás. O projeto de arte-educação foi elaborado e é oferecido por três estudantes do curso de licenciatura em Artes Visuais da UFG.
Prédio possui projeto arquitetônico arrojado e conta com todas as salas mobiliadas e equipadas com projetores multimídia
A solenidade contou com a presença de autoridades que destacaram o momento de expansão da UFG
Arte adolescente Oficinas de arte do Necasa promovem o fazer artístico voltado para a inclusão social
do até o final do ano. O reitor da UFG adiantou, ainda, que são aguardados mais recursos para a construção de um espaço semelhante no câmpus I da UFG, na Praça Universitária.
Os adolescentes, ao longo das oito semanas do programa, recortaram, colaram, pintaram e desenharam com o intuito de expressarem seus sentimentos, inquietações ou angústias. Materiais diversos, como papelão, isopor, papel sulfite, jornais e revistas, foram utilizados para a confecção de espaços simbólicos – como a própria casa -, cartões postais e colagens. O objetivo das oficinas é promover um fazer artístico contextualizado e crítico, realizado em um espaço não formal. “Nossa motivação é promover a arte como forma de inclusão social”, afirma Ilza Laurência de Souza Rodrigues, uma das idealizadoras do projeto. Essa preocupação com o lado social também
de Letras. O ex-deputado federal Vilmar Rocha, que é professor da Faculdade de Direito, destacou a boa fase da UFG, dizendo que a gestão e os projetos são realizados com jovialidade e dinamismo. Segundo o pró-reitor de Administração e Finanças da UFG, Orlando Afonso Valle, os equipamentos para o pleno funcionamento do Centro de Aulas já estão sendo adquiridos, tanto os aparelhos de audiovisual como os de ar condicionado, pois espera-se que o prédio esteja climatiza-
Vinícius Batista
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o último dia 8 de outubro, a Universidade Federal de Goiás inaugurou seu mais novo Centro de Aulas, no Câmpus Samambaia. O prédio tem 29 salas de aula, distribuídas em cerca de 1.662m², todas equipadas com projetores multimídia, com capacidade para comportar 1350 alunos simultaneamente. Ele poderá ser usado por qualquer unidade do câmpus e abrigará ainda os cursos de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas, atualmente alojados na Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos (EA). A solenidade de abertura, que integrou a programação do IV Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão (Conpeex), contou com a presença da deputada federal Raquel Teixeira; do ex-deputado federal Vilmar Rocha; da vice-presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Wrana Panizzi; do diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), Clecildo Barreto; além do reitor da UFG, Edward Madureira Brasil; do vice-reitor, Benedito Ferreira Marques; de pró-reitores, diretores de unidades acadêmicas e professores.
Fotos: Carlos Siqueira
MODERNAS INSTALAÇÕES DO NOVO PRÉDIO SERVIRÃO A DIVERSAS UNIDADES ACADÊMICAS
Conforto – A obra, que começou em 2006, foi gerenciada pelo Centro Gestor do Espaço Físico (Cegef) da UFG. O diretor do Cegef e arquiteto responsável pelo prédio, Marco Antônio de Oliveira, explicou que há condição de dar mais conforto aos usuários: “O mobiliário é todo novo, há uma sala específica para os professores, com sanitário e copa, além de ser o primeiro prédio a contar com uma sala para os funcionários da limpeza”. A preocupação com os deficientes também foi contemplada com a instalação de elevadores e sanitários adaptados. Edward Madureira destacou o caráter coletivo do prédio, que não é vinculado a nenhuma unidade de ensino e será utilizado por muitas delas. Para isso, discute-se com a Pró-reitoria de Graduação (Prograd) e o Cegef a melhor forma de gerenciamento do espaço. Como explicou o reitor, a idéia é ter um bloco de salas de aula para aliviar um pouco a pressão das unidades acadêmicas do câmpus II: “Eu vejo que há um sacrifício enorme de todas as unidades próximas, com espaços muito reduzidos para comportar o crescimento que a universidade tem experimentado”. (Ana Paula Vieira)
Márcia Barros, de 17 anos, que teve pouco contato com as artes em sua vida, aumentou seu interesse pelo tema. “Antes do Necarte eu queria me formar em radiologia, agora pretendo fazer Artes Visuais”, afirma.
O objetivo das oficinas é promover um fazer artístico contextualizado e crítico está presente nas estudantes Kelly Cristina Nascimento Duarte e Késsia Coutinho da Silva Moraes, as outras responsáveis pelo Necarte. As três são orientadas pela professora Leda Guimarães, da
Faculdade de Artes Visuais. O projeto faz parte do trabalho de final de curso do grupo. Os ado le s c e nt e s , po r sua vez, têm aceitado bem as atividades das oficinas.
Necasa – O Núcleo de Estudos e Coordenação de Ações para Saúde do Adolescente (Necasa) é um centro de referência em saúde integral para jovens com idade entre 10 e 19 anos. O órgão, ligado à Pro-reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal de Goiás, oferece atendimento multidisciplinar composto por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, psicopedagogos e terapeuta familiar. Os serviços são abertos a toda a comunidade. Mais informações pelo telefone 3521-1893. (Alfredo Mergulhão)
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Incentivo ao esporte na universidade O
II Festival de Jogos e Vivências Corporais ocorreu entre os dias 17 e 20 de outubro na Faculdade de Educação Física (FEF), localizada no câmpus II da Universidade Federal de Goiás (UFG). As atividades esportivas do evento foram realizadas em modalidades individuais e coletivas, como no atletismo - corridas rasas, revezamentos, arremessos e lançamentos, saltos, natação, futebol society, voleibol, basquetebol, handebol. O evento visa o desenvolvimento de um conjunto de atividades esportivas e socioculturais com o intuito de despertar na comunidade universitária a consciência acerca da importância da prática de esportes nas dimensões da formação acadêmica e de socialização entre alunos e servidores, além de estimular a prática regular de atividades esportivas e culturais no meio acadêmico. O reitor Edward Madureira Brasil destacou a importância do festival para a universidade e o quanto ele vem crescendo. “O incentivo ao es-
porte e cultura é fundamental para que a UFG seja uma instituição completa na formação de profissionais e cidadãos e esse festival contribui muito para que isso aconteça”. O diretor da FEF, Marcus Fraga, afirmou que as ações de esporte e lazer da universidade ainda são pequenas, mas importantes. Para ele, o festival não teria sido realizado sem a participação dos alunos de Educação Física na organização de toda a estrutura do evento. Muitos alunos auxiliaram no projeto, ajudando a comissão, inclusive com a cronometragem de provas de natação e arbitragem. Durante a abertura, o grupo Circus de ginástica apresentou uma coreografia baseada em movimentos de ginástica geral com a temática “tribos”. O Circus faz parte do Grupo de estudos e pesquisas em Pedagogia da Ginástica e é comandado pela acadêmica Lariza Zanini César, que fez uma apresentação solo. Houve também uma apresentação de dança do
Carlos Siqueira
EDUCAÇÃO FÍSICA PROMOVE EVENTO PARA ESTIMULAR A PRÁTICA ESPORTIVA E INTEGRAR ALUNOS E SERVIDORES
O basquete mascuilino foi uma das modalidades praticadas durane o festival de jogos e vivências da UFG
Vinícius Batista
Quatro grupos envolvendo coordenadores de curso, de estágio, professores, estudantes e diretores da Universidade Federal de Goiás foram organizados no Hotel Papillon, no dia 4 de outubro, para discutirem temáticas sobre a formação em alguns cursos de licenciatura da UFG. Esta foi a primeira de oito atividades programadas pela Pró-reitoria de Graduação, com objetivo de avaliar as dificuldades enfrentadas e as possíveis melhorias na graduação. A área de ciências humanas foi escolhida para dar abertura aos Seminários de Formação. Docentes e discentes dos cursos de Geografia, História, Educação Física, Filosofia e Ciências Sociais debateram suas experiências e questões sobre interdisciplinaridade, prática e estágio, de cada curso. A coordenadora de Licenciatura, Lana de Souza Cavalcanti, disse que a função das atividades é a melhoria na formação do corpo docente. “O governo lançou uma proposta de abertura de cursos e expansão de vagas. Devemos conhecer nossos próprios cursos para saber como e o que vamos decidir”, ressaltou. Os temas sugeridos para debate foram a realização dos cursos com princípio na interdisciplinaridade e integração entre disciplinas de núcleo comum e específico; práticas como componente curricular e propostas de realização nas diferentes
A cidadania como dever de ofício Vinícius Batista
Seminários debatem graduação
Atividades visam formação permanente do corpo docente e solução das dificuldades de cada área do conhecimento disciplinas; limites e possibilidade de efetivação do curso. Após os diálogos, cada grupo apresentou os resultados da atividade e as propostas de solução aos problemas enfrentados. O ponto de maior discussão foi em relação à alteração, nos últimos anos, dos conteúdos disciplinares por meio dos Projetos Pedagógicos de Cursos, os PPC’s. Um sério problema é o desconhecimento de alguns docentes, como foi apontado por todos os grupos. A estudante e representante dos alunos de Educação Física do Câmpus de Jataí, Juliana Carneiro Guimarães, expôs diversos problemas, como a falta de professores, de especificidade disciplinar e de debates para trocas de experiências e discussão dos principais pontos que reduzem a qualidade formativa. Outro tema discutido foi a
disparidade entre teoria e prática nos cursos em questão. “Muitos alunos se empolgam na hora da prática, e quando vão estudar não gostam, torcem o nariz”, disse um dos participantes. As disciplinas obrigatórias e de núcleo livre também foram questionadas quanto à sobrecarga e se realmente cumprem metas interdisciplinares. Os participantes também debateram a questão do estágio curricular. O próximo encontro está programado para o dia 29 de novembro para avaliar o bacharelado em Ciências da Computação, Engenharia Civil, Engenharia de Alimentos, Engenharia da Computação, Engenharia Elétrica, Física, Matemática e Química. Os demais serão discutidos em seis outros eventos no decorrer do próximo ano. (Vinícius Batista Rocha)
ventre de um grupo de extensão da FEF. Segundo o coordenador do evento, Luiz Armando Ferreira, a FEF recebeu mais de 600 inscrições, totalizando 18 times de futebol society, sete times de basquete, voleibol e handebol masculino. Já na categoria feminina, foram três times de handebol, voleibol, basquete e futebol. No dia 27 de outubro, uma trilha na parte interna do câmpus II, com a intenção de integrar a comunidade com a problemática da educação ambiental, marcou o encerramento das atividades do evento. Aos vencedores de cada categoria foram conferidos prêmios individuais e coletivos. Para os atletas e técnicos dos grupos classificados em 1°, 2° e 3° lugares foram oferecidas medalhas. Aos campeões e vice-campeões por modalidade masculino e feminino foram conferidas placas. Os prêmios foram entregues após a realização das provas (Ana Flávia Alberton)
O jornalista Jairo Getúlio Ferreira, professor da Universidade Vale do Rio dos Sinos (RS), afirmou, durante a conferência de abertura do Encontro de Pesquisa em Comunicação e Cidadania, que os comunicadores têm obrigação de atentar para o que estão fazendo com a sociedade a partir dos seus ofícios. O evento, realizado por meio de uma parceria entre a Universidade Federal de Goiás e a Universidade Jairo Getúlio chama a atenção para a Católica de Goiás, permiresponsabilidade social do tiu a troca de conhecicomunicador mentos entre pesquisavestigações devem permitir dores das duas instituições novas experimentações”, de 8 a 10 de outubro, em afirmou o conferencista. Goiânia. De acordo com o profesAo desenvolver o tema sor, essas questões trans“Mídia, Comunicação e Cidacendem o Jornalismo, pois dania”, o professor falou sopertencem à comunicação. bre como os meios de comu“A problemática da cidadania nicação incidem sobre a sodeve estar no nosso fazer, ciedade. Para desenvolver não devemos aceitar a perseu pensamento, ele trabaversidade do mundo”, pondelhou a problemática em três rou Jairo Ferreira. Para ele, níveis: dispositivos midiátié preciso refletir sobre as cos, comunicação e valores operações de linguagem, exsociais, e alertou sobre a imperimentar novos dizeres, portância da pesquisa cientransformar a partir do que tífica para a compreensão produzimos. Quanto aos prodas relações de comunicafessores, ele adverte: “deveção. “Existe uma relação de mos produzir coletivamente poder perversa entre os Meium novo fazer que permita a os e a sociedade. É preciso emancipação”. discutir essa relação e pro(Silvana Coleta) por novos formatos. As in-
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Liberdade para microcomputadores UFG APROFUNDA A DISCUSSÃO SOBRE O USO DE SOFTWARE NÃO PROPRIETÁRIO
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pesar do intenso crescimento e popularização do uso de sistemas operacionais livres pra microcomputadores, esta ainda é uma opção adotada por um número reduzido de usuários. Com a fama de serem de uso “complicado” e de “difícil acesso às suas configurações”, o uso das inúmeras versões do sistema Linux ainda perde para o tradicional Windows, da Microsoft, presente na maioria das casas, empresas e repartições públicas brasileiras. Confiabilidade, segurança, estabilidade, interatividade com o usuário, capacidade para edição de fotos e multimídias, edição e animação em 3D, plataformas de jogos e economia de custos. Esses foram os temas principais de apresentação dos vários softwares gratuitos e livres, mostrados e discutidos no dia 10 de outubro, Dia do Software Livre da UFG, realizado pelo Centro de Recursos Computacionais (Cercomp). O evento fez parte do IV Congresso de Ensino, Pesquisa e Extensão e ocorreu no auditório do Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa). Os convidados André Luis Soares, membro da Associação de Software Livre, e Walter José Brandão, coordenador da área de tecnologia da informação da Caixa Econômica Federal de Goiânia, ministraram palestras sobre o uso da tecnologia livre em empresas e instituições de ensino. CDs de instalação de diversas versões do Linux foram distribuídos aos participantes no fim das palestras. “Queremos difundir o uso de programas gratuitos e livres para as pessoas que não conhecem a plataforma Linux. A nossa discussão gira em torno do uso desse tipo de software nas instituições públicas para não ser preciso pagar concessões e licenças de uso de aplicativos, reduzindo assim os gastos. Já existem, inclusive, empresas de formação de mão-de-obra terceirizada para Linux no mercado”, revela o professor e coordenador do Cercomp, Hugo Dantas.
não existem pesquisas para contagem exata e oficial do número de usuários do Linux no mundo. No entanto, existe um programa que faz o cadastro desse número de usuários chamado Linux Counter. Segundo Harald Tveit Alvestrand, desenvolvedor do programa, hoje são estimados no Brasil cerca de 9.411 usuários. Com esse número, o Brasil ocupa a terceira posição mundial no uso de sistemas operacionais livres, ficando atrás somente dos Estados Unidos, com 24.943 usuários, e da Alemanha, com 10.348 usuários. Estima-se ainda que, até o final desse ano, o sistema conquiste 6% do total do mercado mundial de sistemas operacionais. Um crescimento espantoso se comparado com os 2,2% que possuía em 2002. “O sistema operacional livre está crescendo e se popularizando por oferecer várias vantagens que facilitam a vida do usuário. O Linux possui, por exemplo, uma pré-disposição à conexão à internet ou a qualquer outra rede de computadores, além de ser muito mais leve”, afirmou Hugo. Apesar dessa tendência à substituição dos programas pagos, o brasileiro ainda prefere o Windows, sistema mais popular no Brasil pela sua tradição de uso, iniciada desde a década de 90 com o lançamento da versão Windows 95, recorde de compra e distribuição pirata. Segundo a pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), divulgada em novembro de 2006, 73% dos usuários do Computador para Todos, programa do governo federal que propõe a venda de computadores a preços acessíveis, desinstalaram o sistema operacional de código aberto Linux, pré-configurado, para substituir pelo Windows. A pesquisa ainda revela que, dentre os 73% dos usuários que desinstalaram o sistema operacional, 64% afirmaram que a troca foi realizada sem custos adicionais e por intermédio de parentes, conhecidos ou técnicos. Os outros 36% confirmaram um pagamento extra na média de R$137,00, pela compra e instalação do novo sistema operacional, uma forte evidência de utilização de cópias piratas. A opção do governo federal pelo uso do có-
Linux no Brasil – Atualmente,
digo aberto para os programas baseia-se na manutenção das máquinas. “Para o consumidor é importante que o Computador para Todos seja configurado em código aberto, permitindo que o fornecedor corrija o problema com mais agilidade”, explica o diretor do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Sérgio Rosa. Soluções – No entanto, o sistema Linux continua sendo uma alternativa interessante de trabalho e uso pessoal pelo fato de todos os seus aplicativos e programas serem gratuitos e disponíveis na internet. Além de manterem uma capacidade de opções e desempenho igual, semelhante ou até mesmo superior a outras versões pagas, os softwares em Linux são em sua maioria leves e compactos, ocupando pouco espaço no disco rígido. Dentre eles, destacam-se o pacote OpenOffice, conjunto de ferramentas que incluem um editor de texto, planilhas e apresentações em slide. O sistema ainda apresenta o Gimp e o Inkscape, ferramentas de edição avançada de imagens, equivalentes aos famosos e pagos PhotoShop e CorelDrawn. Para aqueles que preferem diagramar, editar vídeos, sons e criar animações em 3D, o sistema em código aberto apresenta o Scribus, Cinelerra, Audacity e Blender. As versões XFCE e Entightenment do sistema operacional são tão pequenas e leves que conseguem trabalhar em praticamente qualquer computador antigo como os famosos 386 sem deixar de apresentar um layout interessante e inovador. Alguns aplicativos, como o ‘Beryl’ por exemplo, possibilitam ao usuário utilizar até quatro áreas de trabalho que funcionam simultaneamente, melhorando ainda mais a forma de distribuição dos aplicativos abertos na tela. Além disso, a plataforma Linux é um pouco mais segura que as demais. Vírus, spywares e outras invasões são mais raras que em outros sistemas operacionais. Isso se deve ao fato de todos os arquivos no Linux não serem autoexecutáveis. Grande parte dos processos de instalação de programas no computador dependem de uma autorização do usuário para serem processados. (Pedro Ivo Freire)
O que é Software Livre? Software livre refere-se à liberdade que os usuários têm para executar, copiar, distribuir, estudar, modificar e melhorar o programa. Mais precisamente, esta expressão refere-se a quatro tipos de “liberdades”, para qualquer usuário do programa: 1 -A liberdade de executar o programa, com qualquer propósito. 2 -A liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo às suas necessidades. 3 -A liberdade para redistribuir cópias do programa, para ajudar os amigos, conhecidos etc. 4 -A liberdade de melhorar o programa e distribuir as melhorias para todos. Nota: O acesso ao código-fonte é um pré-requisito. O termo em inglês para software livre é Free Software, o que pode gerar muita confusão, pois a palavra free tanto pode ter o sentido de gratuidade quanto o sentido de liberdade. O sentido é de software com liberdade, não de preço.
E o Software Proprietário? Os softs proprietários são programas prontos fornecidos pela empresa desenvolvedora, sem o código-fonte, que só pode ser usado pagando-se uma “Licença de Uso” - o equivalente à planta de uma casa - e portanto não é permitido que o usuário ou instalador faça modificações no programa. Nem mesmo se ele se dispuser a contratar uma empresa de software ou um grupo de programadores para fazê-lo. Pense numa casa que você tenha, mas que você não possa mexer no encanamento. Além disso, o fabricante cobra pelo uso do software, cobrança geralmente feita por meio da “Licença de Uso”. É importante ressaltar que os programas proprietários, se forem instalados sem a licença de uso, são considerados ilegais e as pessoas que o usarem são passíveis de processo criminal.
Nos quatro dias do evento, cerca de 700 trabalhos científicos foram apresentados e mais de mil pessoas participaram das conferências O III Simpósio Internacional de História é um evento já consolidado no calendário acadêmico da Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia (FCHF), da Universidade Federal de Goiás (UFG). A primeira edição foi realizada em 2003, e esta terceira edição caracterizou-se pela expansão das atividades acadêmicas que integraram a programação. São 27 simpósios temáticos, com 700 trabalhos científicos e mais de mil participantes presentes nos quatro dias do evento (15 a 18 de outubro), na FCHF. Na abertura o professor da Universidade San Nicolas de Hi-
Vinícius Batista
Professor alemão ministra conferência no Simpósio Internacional de História
Oliver Koslarek: É preciso criar um humanismo viável nesse tempo de globalização, sem que a modernização deixe de lado as tradições
dalgo, do México, Oliver Kozlarek, proferiu a conferência História comparada da América Latina, realizada no auditório da Faculdade de Educação (FE) da UFG, que ficou lotado com a participação dos congressistas. O professor Oliver é natural de Gelsenkirchen, na Alemanha, mas vive há 16 anos no México. O professor Oliver Kozlarek fez uma comparação entre alguns autores como Karl Japers e Darcy Ribeiro, e estabeleceu diálogos entre os pensamentos destes com base no conceito de humanismo. Nesse sentido, Oliver Kozlarek discutiu a busca da unidade global entre todos os seres humanos e a fragmentação dos grupos sociais a partir da modernização e das diferenças culturais. Ele destacou que é preciso criar um humanismo viável nesse tempo de globali-
zação, sem que a modernização deixe de lado as tradições. A respeito do tema Cultura e identidades, o coordenador do simpósio e presidente da Associação Nacional dos Professores Universitários de História (ANPUH), seção Goiás, Carlos Oiti, explica que este título vem desde o primeiro evento e o assunto é capaz de agregar matrizes teóricas, metodologias e práticas historiográficas, indo além do que somente tratar sobre cultura, mas também sobre outros tipos de histórias sociais que trabalham com política e economia. Segundo o professor Carlos Oiti, o tema é atual, principalmente, porque este é o momento em que a História e as Ciências Sociais se propõem a um diálogo intercultural, mais do que uma imposição de paradigmas a outras culturas. (Mayara Jordana)
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Pesquisador fala de assuntos ambientais CHRIS POTTER, DA NASA, APRESENTOU PESQUISA DESENVOLVIDA EM PARCERIA COM A UFG um dos pesquisadores do projeto, Laerte Ferreira, esclareceu que, no início, a atenção foi voltada para o estudo em áreas da Amazônia, mas, com o desenrolar da pesquisa, perceberam a importância do cerrado. A intenção é que o projeto tenha um foco maior nesse bioma, particularmente em áreas de cerrado do estado de Goiás, Segundo Chris Potter, a pesquisa possibilitará que sejam propostas novas práticas por haver, no de agricultura e pastagem que agridam menos o meio ambiente Lapig, muitos dados sobre o cerrado da região. ocorrem nesses biomas, locado, eles trabalharão em áreas Potter explicou que há lizadas em território nacional. de um quilômetro quadrado oito torres de auxílio, muniUma delas fica na reserva do cada, para observarem como das com aparelhos que moIBGE, em Brasília. O pesquios fluxos de carbono estão nitoram as mudanças que sador explicou que, no cerradispostos em campos com veFotos: Carlos Siqueira
O
Programa Multidisciplinar de Doutorado em Ciências Ambientais (Ciamb) da Universidade Federal de Goiás (UFG) promoveu palestra, em inglês, com o pesquisador da Divisão de Ecossistema Terrestre da Nasa, Chris Potter, sobre os “Impactos do uso da terra nos fluxos de CO2 no cerrado”. O evento ocorreu no dia 4 de outubro e teve como público alvo pesquisadores das áreas de ciências ambientais, físicos, matemáticos e geógrafos. A palestra foi baseada na pesquisa de experimento de grande escala da atmosfera-biosfera na Amazônia (LBA), que visa analisar a quantidade de gás carbônico (CO2) em biomas como a Amazônia e o Cerrado. O projeto é uma parceria entre o Laboratório de Processamento de Imagem (Lapig) da UFG, pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Nasa. O coordenador do Programa de Doutorado em Ciências Ambientais (Ciamb) da UFG e
getação natural, pastagens e agricultura. Com esse estudo, provavelmente, poderão propor novas práticas de agricultura e pastagem que agridam menos o meio ambiente, mantendo os fluxos de carbono e, consequentemente, preservando o solo. Durante o evento, Laerte também destacou a importância de um projeto proposto pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, o Concerrado, uma espécie de rede de pesquisa. “A intenção é que consigamos, por meio dessa rede, direcionar recursos de pesquisa para aprofundarmos projeto como o nosso”, disse o professor. Nas reuniões do Concerrado, já foram discutidas formas de se criar uma rede de informática, uma espécie de banco de dados sobre o bioma. A expectativa é que já no próximo ano haja o primeiro edital de pesquisa, provavelmente organizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). (Ana Flávia Alberton)
Fórum aborda impactos do cultivo da cana-de-açúcar em Goiás As conseqüências econômicas, ambientais e sociais da expansão de usinas de álcool no estado foi o tema central do evento A preocupação com o meio ambiente, o aquecimento global e também com o grande consumo de petróleo e sua futura escassez desperta a atenção para fontes alternativas de obtenção de energia e, em especial, o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar. O assunto foi discutido no 2° Fórum de Ciência e Tecnologia do Cerrado, realizado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) Regional Goiás, no dia 5 de outubro, no auditório do prédio de Ciência Biológicas (ICB I) da Universidade Federal de Goiás (UFG). O evento teve como tema de abertura Os impactos econômicos, sociais e ambientais no cultivo da cana-de-açúcar no território goiano. O professor da Universidade Católica de Goiás (UCG), Sérgio Duarte de Castro, apresentou dados que colocam Goiás como o segundo na lista dos maiores produtores de cana - de- açúcar do país, ficando atrás somente de São Paulo. O estado tem enorme potencial relativo ao solo, ao clima e sobretudo à disponibilidade de água. Segundo
A professora do Instituto de Estudos Socioambientais (Iesa) da UFG, Selma Simões, apontou os impactos ambientais em Goiás. Segundo a pesquisadora, as usinas goianas concentram-se no centro-sul goiano (Bacia do Tocantins e Paranaíba). O cultivo em larga escala de canade-açúcar pode, sem o manejo adequado, contaminar as águas desta área em virtude da irrigação fertilizada, desgastar o solo, prejudicar a qualidade do ar por causa das queimadas das Sérgio Duarte afirmou que Goiás tem enorme potencial para o cultivo da cana, plantações, acemas alertou para possíveis impactos no cerrado lerar o processo de desmatamento do cerrado com as usinas dade para gerar combustíDuarte, existem 17 usinas próximas a remanescentes instaladas em Goiás, com caveis renováveis. “Goiás, da vegetação, além de subspacidade de produção de 16,6 como todo o Centro-Oeste, tituir culturais anuais por possui características propímilhões de toneladas de cana uma monocultura. por ano e 23 estão em procias para a produção do álcool por meio da cana com cesso de regularização de funProblemas sociais – A natucionamento. tecnologia, só que a questão reza não é a única prejudicaDe acordo com o secreda demanda mundial vai inda nesse processo. O profestário da SBPC-GO, Reginalfluir nos povos do cerrado, sor da UFG do câmpus de Cano cotidiano das cidades e do Nassar, o território goiatalão, Marcelo Mendonça, no entra na perspectiva de dos trabalhadores do camressaltou que os cortadores área no mundo com capacipo”, argumentou.
de cana-de-açúcar estão cada dia mais explorados. “Há uns 20 anos, os trabalhadores precisavam cortar cinco toneladas de cana por dia. Hoje eles são obrigados a cortar 13 toneladas”, destacou Marcelo. Mendonça exemplificou que, em São Paulo, os cortadores de cana-de-açúcar morrem por exaustão e têm doenças provocadas por esforço repetitivo. Segundo o professor, é crescente o empobrecimento dos camponeses, que na sua maioria, vêm do nordeste para Goiás ou são trabalhadores safristas advindos da região sul do país. Estes últimos são contratados temporariamente com baixa remuneração. A unanimidade entre todos que participaram da mesa-redonda foram as medidas a serem tomadas para a prevenção desses impactos negativos. Os três professores sugerem as seguintes medidas: o zoneamento ecológicoeconômico, ou seja, que o cultivo de cana e sua relação com o meio ambiente sejam planejados, a existência de políticas públicas para orientar o setor, parcerias público-privadas para realizar pesquisas, a construção de um banco de dados e o cumprimento das legislações trabalhistas e ambientais. (Mayara Jordana)
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Professora da UFG recebe premiação nacional Ana Carolina Temer será homenageada com medalha da Intercom
televisão, a professora optou por entrevistar jornalistas, pois nesse veículo o armazenamento de arquivos é uma prática recente, derivada da digiprofessora da Faculdade de Comunitalização. “Resultou num trabalho muito interescação e Biblioteconomia (Facomb), da sante porque eles tinham uma memória privilegiUniversidade Federal de Goiás (UFG), ada dos fatos, pois o jornalista acompanha a hisAna Carolina Rocha Pessoa Temer, atual cotória, e, ao mesmo tempo, interfere nela”, acrediordenadora do curso de Jornalismo, está enta Ana Carolina. tre 18 personalidades escolhidas para serem Durante o doutorado, quando a professora peshomenageadas em comemoração aos 30 anos quisou os quatro telejornais diários da Rede Globo, da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisa inovação ficou por conta do acompanhamento de ciplinares da Comunicação, a Intercom. A horotina, nesse caso, especificamente da reunião de menagem integra o Simpósio Nacional de Cipauta, que normalmente é fechada. Para isso Ana ências da Comunicação (Sinacom), que será Carolina passou uma semana na emissora: “eu era realizado nos próximos dias 11 e 12 de dea primeira a chegar e a última a sair”. Além disso, zembro. ela gravou os telejornais dessa semana e pôde comOs vencedores foram selecionados por parar os dois momentos. “Essa é a questão interescomitês de avaliação designasante: o proposto e o realizado. dos pelos coordenadores de Eu pude ver a transformação eventos, destacando aqueles pela qual o jornal vai passanque melhor traduzem os pilado. É interessante perceber o res éticos da Intercom: pluraque afeta no que a gente vê lismo, liberdade e solidariedana televisão, que é resultado de. A solenidade de entrega das de um processo muito compleMedalhas Intercom‘30 será no xo, que envolve brigas, status, dia 12 de dezembro, no Audiimportância e profissionais”, tório do SESC Paulista, em São explicou Ana Carolina. Paulo, no encerramento do V Reconhecimento - “As Simpósio Nacional de Ciências pessoas da Intercom, alguns da Comunicação. colegas, como o professor José Há 15 anos a professora Marques de Melo, que estão Ana Carolina é filiada à Intercomigo até hoje, me apoiaram Ana Carolina acredita que a com, é júri da Intercom Júnior muito. Essa participação pra premiação é o reconhecimento e do Prêmio Intercom, particimim sempre foi muito prazerode um trabalho aberto e pa também do prêmio Luis Belsa e eu acho que de alguma maparticipativo junto à Intercom trão e ainda faz um trabalho neira correspondi muito a isso. paralelo à entidade, na cátedra Como eles me receberam muida Unesco da comunicação para o desenvolto bem, eu também procurei dividir com essas pesvimento. “Em função de tudo isso, eu acho soas tudo aquilo que de alguma maneira eu aprenque fui escolhida”, avalia Ana Carolina Temer. di”, assim Ana Carolina avalia sua participação na Intercom. Inovações metodológicas na Comunicação De acordo com a professora, a medalha é fruto do “reconhecimento da Intercom não só da minha – Cada medalha tem um patrono intelectual, participação, mas da valorização que eu dou a essa homenageando sócios que prestaram relevanparticipação e do fato de eu ter trabalhado com eles tes serviços à Intercom, renomados estudiode forma muito aberta, sempre me colocando para sos da Comunicação: Ada Dencker, Anamao debate, demonstrando que aprendi muito, mas ria Fadul, Carlos Eduardo Lins da Silva, Martambém com muita vontade de demonstrar tudo que garida Kunsch, Maria Immacolata Lopes e eu aprendi”. Paulo Rogério Tarsitano. Seu último trabalho “Televisão de sinal aberAna Carolina receberá a medalha Maria to: novos gêneros e a busca da interatividade”, Immacolatta, uma das pioneiras da área de atesta a mudança da televisão aberta, que enfrenMetodologia de Pesquisa em Comunicação. ta a concorrência com a tv a cabo, com a interComo explicou Ana Carolina, é muito comum net, e percebe que tem que oferecer um diferencios pesquisadores da área de Comunicação al. Segundo aponta o estudo da professora Ana Social usarem metodologia da pesquisa em Carolina, o diferencial é a sensação de interativiCiências Sociais e Maria Immacolatta é a pesdade que a tv de sinal aberto vai oferecer. A pessoa que discute a questão de uma identidade quisa será publicada na “Coleção Verde Amarela metodológica própria da área. - Vol. 3 - Os raios fúlgidos”, que está sendo orgaNesse sentido, a professora acredita que nizada pelo professor José Marques de Melo e tem as propostas de metodologia de pesquisa que como título “Tendências atuais da pesquisa em ela usou em seu mestrado e doutorado tamcomunicação no Brasil”. bém influenciaram sua escolha para o prê(Ana Paula Vieira) mio. No mestrado, com o tema história da
Divulgação
Prefeito de Uruana, Divan José Resende; secretária de Educação, Maria Aparecida de Deus Salermo; coordenador de pólo educacional de Uruana, Waldivido José Ferreiro; tutora de pólo, Eliene Martins de Andrade; coordenadora do curso Licenciatura em Artes Visuais a distância, Leda Guimarães e sua equipe de orientadoras acadêmicas da UFG, Estela Lago, Kelly Crhistine e Rogéria Eller
UFG inova com curso de Artes Visuais a distância Moradores do interior de Goiás têm mais uma chance de estudar em uma universidade pública e gratuita sem a necessidade de vir a Goiânia. A Universidade Aberta do Brasil (UAB) inaugurou em Goiás o curso de Licenciatura em Artes Visuais a distância em cinco cidades pólo: Aparecida de Goiânia, Uruana, São Simão, Goianésia e Formosa. Desde o início de outubro, 250 foram alunos selecionados, estão matriculados e estudando. As autoridades municipais - prefeito, vice-prefeito, vereadores e secretários – têm recebido os representantes da UFG com solenidadee e discursos de comemoração. A receptividade dos organizadores, coordenadores e alunos tem sido calorosa. Em breve, mais quatro pólos iniciarão suas atividades em Cezarina, Alexânia, Alto Paraíso e Catalão. O projeto é uma parceria da Universidade Federal de Goiás (UFG), Ministério da Educação (MEC) e prefeituras municipais. O MEC e os municípios entram com a infra-estrutura e a UFG oferece o curso, que dura quatro anos, com o mesmo currículo e tempo de duração do curso presencial. Nem todo o treinamento é feito a distância; a cada dois meses, serão realizadas aulas presenciais nos pólos, com a participação obrigatória de todos. O direito à educação e à cultura são inalienáveis a todos os cidadãos, um direito ainda para poucos nesse país. Iniciamos uma parceria que rompe o privilégio desses poucos, e em prol da educação e da cultura do estado de Goiás. Estamos trabalhando para que a arte seja um diferencial na educação e forme cidadãos mais críticos e conscientes do seu papel na sociedade. Pilares – O curso foi criado com o objetivo de expandir a formação de profissionais para o ensino de Artes Visuais no estado, que dentre os seus quase 1.500 professores de Artes, apenas 180 possuem formação específica, de acordo com a Secretaria Estadual de Educação. Faz-se necessário uma qualificação docente em Artes Visuais, de acordo com as necessidades do contexto contemporâneo de ensinoaprendizagem, formando arte educadores numa perspectiva da educação para a diversidade cultural. Formados, os alunos terão competência para atuar na educação básica – infantil, ensino fundamental e médio – e em espaços de educação não formal, como museus, galerias, centros culturais, ONGs e outros. Tecnologia – Além da inclusão em uma universidade pública e gratuita, o programa promove a inclusão digital, uma vez que o aluno precisará utilizar as ferramentas da mídia e da tecnologia. Ele acessa o conteúdo do curso por meio de um computador com internet, que é disponibilizado a ele na cidade pólo. Além disso, conta com um tutor de plantão e uma biblioteca com o acervo necessário ao curso. Apesar de alguns alunos enfrentarem dificuldades para lidar com a tecnologia, eles estão bastante interessados, querem aprender, participar ativamente e já saber como tudo funciona. Estrutura UFG – Para dar suporte aos cursos e às atividades de educação a distância, a UFG montou o Ciar, que busca a qualidade da prática pedagógica, e tem investido na qualificação de tutores, orientadores e de professores formadores, para atuarem nos cursos a distância. O curso de Artes Visuais é o primeiro da UAB a ser implantado em Goiás. Este é um momento histórico. A FAV é parte desse projeto ousado e desafiador de implantar cursos de graduação na modalidade a distância, expandindo a UFG para o interior do estado. Outros cursos já estão em processo de implantação, como o de especialização em Metodologia do Ensino Fundamental, as licenciaturas em Física e em Biologia e o bacharelado em Administração. Leda Guimarães Coordenadora de Licenciatura em Artes Visuais a distância
Vinícius Batista
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Docente é co-autor de projeto premiado pela Petrobrás O trabalho “Nova concepção para bombeamento de petróleo - motor assíncrono tubular para aplicação na extração de óleo (petróleo) subterrâneo” venceu a edição 2007 do Prêmio Petrobrás de Tecnologia na categoria Mestrado. O professor da Escola de Engenharia Elétrica e Computação (EEEC), da Universidade Federal de Goiás (UFG), Bernardo Pinheiro de Alvarenga, é um dos coautores do projeto. Durante seu doutorado na USP, em 2004, o professor Bernardo teve a idéia de criar um mecanismo que substituísse o bombeio mecânico de petróleo. Nessa oportunidade, a estrutura de laboratório foi montada, agora aproveitada por Wagner Rossini, aluno de mestrado da instituição, autor do projeto premiado.
Aluno é finalista do Prêmio Santander de Empreendedorismo O aluno do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Goiás, Wagner da Silveira Bezerra, é um dos 23 finalistas regionais do Prêmio Santander de Empreendedorismo, na categoria Cultura e Educação. Os vencedores serão anunciados durante cerimônia de premiação, realizada em Brasília, no dia 29 de novembro. Aluno do 2º período de Pedagogia, Wagner é publicitário e pesquisa Educomunicação há dez anos, área que estuda a interferência da mídia na sociedade, principalmente na educação, e visa a preparação das pessoas para essa interferência, a “educação para os meios”, como ele define. O projeto consiste na criação de uma plataforma multimídia digital de Educomunicação, um portal com o objetivo de reunir acervo bibliográfico, dar visibilidade a essa discussão e capacitar o público jovem a lidar com os meios, como televisão e internet. Com o dinheiro do prêmio, R$50 mil, os vencedores devem colocar em prática seus projetos.
EXTENSÃO E CULTURA
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Goiânia, outubro de 2007
No palco do Conpeex C
Cultura e arte não poderiam deixar de estar presentes nos quatro dias do IV Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão (Conpeex). Os dois palcos montados no pátio das Faculdades de Comunicação e Biblioteconomia (Facomb) e de Ciências Humanas e Filosofia (FCHF) receberam eventos musicais e teatrais durante todo o congresso. O cinema também teve sua vez, aproveitando o novo espaço do Cine UFG, na Faculdade de Letras. Música – A Banda Pequi abriu as apresentações culturais, no dia 5 de outubro, em um show que lotou o auditório da Escola de Música e Artes Cênicas (Emac). Sob a batuta do professor Jarbas Cavendish Seixas, a banda explorou composições de músicos novatos, como também composições tradicionais da música popular, como Jiló, imortalizada na voz de Luiz Gonzaga. Como uma novidade no repertório dos músicos, a canção Brejo da Cruz, de Chico Buarque, contou com o vocal de Milla Tulli. Cavendish destacou a importância desse projeto de extensão para divulgar o trabalho realizado na Emac. Algumas das canções executadas foram compostas especialmente para a Banda Pequi, o regente afirma que a proposta do grupo é sempre trazer novidades. “Foi um alívio e uma surpresa sair da sala de aula ao som de música tradicionalmente brasileira,” afirmou a estudante de Publicidade e Propaganda, Fernanda de Rezende, a respeito da apresentação do Grupo de Choro da Emac no palco maior montado no pátio da Facomb. Os estudantes aproveitaram o horário de almoço para ouvir chorinho e provar das possibilidades da feira de culinária e artesanato. “Esse palco podia ficar aí o ano todo” disse Fernanda. Seja nos metais de MPB da Banda Pequi, seja no dedilhado do Grupo de Choro, o Conpeex acrescentou à vida universitária um pouco mais de cor e som, por meio de diversos estilos musicais. O Coro de Câmara da Emac e a Orquestra Acadêmica Jean Douliez também se apresentaram. A MPB e música pop goiana também encontraram voz com os cantores Fernando Perillo, Marcos Caiado e Pádua, que fecharam os eventos musicais. Teatro – A convite da Livraria UFG, o Grupo Zabriskie de Teatro apresentou a encenação Juca Mole e Ana Banana nos dias 9 e 10 de outubro. No dia 11, O Grupo Cia. Trapaça executou Redemoinho de Contos. O ator Alexandre Augusto, que faz o personagem Juca Mole, diz ter se surpreendido com a presença de muitos jovens em uma peça voltada para o público infantil. Com uma série de pequenas enquetes, os atores contracenavam com as crianças da Creche da UFG e estudantes de escolas próximas ao câmpus. Os artistas usaram roupas espalhafatosas e coloridas que encantaram os pequenos. O Grupo Máskara, do Núcleo Trandisciplinar de Pesquisa do Espetáculo, da Emac, também se apresentou por três dias consecutivos, durante o Conpeex. Cinema – Antonioni, Bertolucci, Fellini, Vittorio de Sica. A importância do cinema italiano fez desses nomes marcos históricos, citados e estudados por cinéfilos do mundo inteiro. A mostra “Mestre do Cinema Italiano – Homenagem Michelangelo Antonioni” ocorreu simultaneamente ao Conpeex, no Cine Goiânia Ouro, de 5 a 11 de outubro. Na UFG, foram exibidas obras de autores italianos no Cine UFG, sob a coordenação da professora Margareth Nunes e de Ana Paula Nobre. As películas escolhidas foram Concorrência Desleal, de Ettore Scola, Mamma Roma, de Pasolini e Noites com Sol, dos irmãos Taviani. Feira culinária e de artesanato – Boa parte do público dos eventos culturais foi atraída ao pátio do FCHF pela grande variedade de alimentos e artigos de artesanato vendidos na feira que ali foi montada. Os estudantes trocaram o tradicional café e salgado de seus lanches de intervalo por yakisoba, torta de frango, sucos, tapiocas, sorvetes e crepes dos mais diversos sabores. O destaque ficou por conta dos sorvetes e picolés de sabores regionais, uma sensação nesse calor de outubro. Mas como “não só de pão vive o homem”, faziam também parte das opções de comércio na feira brincos, colares, miçangas e todo tipo de artesanato. Os estudantes do FCHF concordam que a presença da feira estimulou a convivência interna, principalmente durante os intervalos de aula. (José Eduardo Umbelino)