O Brasil tem uma história recente de governos de direita, mas parece que seu declínio vem sendo acelerado nos últimos anos. Majoritariamente conhecidos por suas políticas liberais e conservadoras, os representantes da direita buscam, em linhas gerais, uma maior autonomia dos indivíduos no que diz respeito à economia e a menor intervenção do Estado nas decisões pessoais dos indivíduos.

Porém, com o avanço das questões sociais e o aumento da consciência para a igualdade de uma forma geral, há um declínio do conservadorismo como opção política escolhida pela sociedade. Os jovens, por exemplo, são os que mais se distanciam desse modelo ultrapassado, estando cada vez mais interessados em políticas que promovam a equidade e a justiça social.

Além disso, muitos dos partidos e representantes políticos da direita são associados ao aumento da corrupção e à defesa de políticas que beneficiam apenas os grupos mais privilegiados, o que impacta seriamente sua reputação e faz com que a população comece a buscar novas alternativas. Os casos escandalosos de corrupção revelados nos últimos anos, principalmente desde a operação Lava Jato iniciada em 2014, mostram como os partidos de direita foram envolvidos em esquemas ilegais e que os interesses pessoais nortearam as decisões tomadas pelo governo.

Essa tendência não é exclusivamente brasileira, como podemos notar em outros países, em diversas eleições, onde os candidatos mais à esquerda vêm ganhando espaço e destaque nos discursos políticos. A defesa da igualdade social e econômica, a luta contra a corrupção e a inclusão de minorias têm sido algumas das bandeiras desses candidatos mais progressistas.

Desse modo, o declínio da direita no Brasil e em outros países é um fenômeno que tem diversas explicações e consequências. Enquanto alguns podem argumentar que essa tendência é positiva e indicativa de uma sociedade mais justa e democrática, outros podem temer as mudanças e questionar a perda da estabilidade política e econômica que era oferecida pelos governos de direita. O que é certo, no entanto, é que vivemos um momento importante na política, onde olhar para o futuro, não para o passado, parece ser a melhor escolha, num tempo em que a busca pela igualdade deve estar acima de interesses pessoais ou partidários.