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George Simmel, um sociólogo alemão, analisou as cidades e a vida urbana na virada do século 20 e destaca duas características principais em seus trabalhos: a individualização e a intensificação das interações sociais.

A individualização, segundo Simmel, é uma característica das cidades modernas que surgem a partir da perda do senso de solidariedade no meio urbano. Com isso, as pessoas se tornam mais voltadas para si mesmas, desenvolvendo uma cultura de individualismo. Esse fator é observável até hoje, já que as pessoas nas cidades buscam cada vez mais sua independência e possuem comportamentos mais individualistas. Por exemplo, a utilização de aplicativos de transporte individual como o Uber tornou-se extremamente popular nas cidades, uma vez que os usuários podem ter um serviço sob medida, otimizando seu tempo, e se deslocar por conta própria, sem depender de outras pessoas.

A intensificação das interações sociais, por sua vez, é a ideia de que nas cidades as pessoas têm contato com uma quantidade muito grande de pessoas diferentes. Isso pode gerar uma sensação de sobrecarga e, ao mesmo tempo, de liberdade. Essa característica ainda se faz presente na atualidade, principalmente com o advento da internet e das redes sociais, que possibilitam a interação entre pessoas de várias partes do mundo. Nesse sentido, a pandemia de COVID-19 tem impulsionado ainda mais as interações sociais virtuais, por meio de videochamadas, por exemplo, uma vez que as pessoas passaram a reduzir as interações sociais presenciais.

Portanto, podemos verificar que as características apontadas por Simmel continuam presentes, ainda que potencializadas pelas tecnologias que temos disponíveis atualmente.