Explicação:

Antes de explicar o sistema de votação na França do Antigo Regime e sua relação com a convocação dos Estados Gerais, é importante entender o contexto histórico em que essa convocação ocorreu.

No Antigo Regime francês, a sociedade era dividida em três ordens ou estados: o clero, a nobreza e o povo, este último composto por camponeses, artesãos e comerciantes. O clero e a nobreza possuíam privilégios e isenções fiscais, enquanto o povo pagava impostos. Essa estrutura social estava fortemente arraigada e sustentada pelo absolutismo monárquico, que concentrava todo o poder nas mãos do rei.

Em 1788, a França estava passando por uma grave crise financeira, em grande parte causada pelas despesas militares para ajudar as colônias americanas em sua luta pela independência contra a Grã-Bretanha. A situação fiscal se agravou ainda mais com a má gestão das finanças públicas pelo ministro das finanças, Charles Alexandre de Calonne. Diante dessa crise, o rei Luís XVI convocou os Estados Gerais em maio de 1789 para discutir soluções para a crise financeira.

Os Estados Gerais eram uma instituição medieval que não era convocada há mais de 170 anos. Era composto por três ordens e cada ordem tinha direito a um voto. No entanto, o Terceiro Estado, que representava a maioria da população, exigiu que os votos fossem realizados por cabeça, e não por ordem. Essa reivindicação foi rejeitada pela nobreza e pelo clero, que mantiveram sua posição privilegiada.

Resposta:

O sistema de votação na França do Antigo Regime era baseado nas três ordens (clero, nobreza e povo), cada uma com um voto. Em 1789, o rei convocou os Estados Gerais para discutir a crise financeira, mas o Terceiro Estado (representando a maioria da população) exigiu que os votos fossem realizados por cabeça e não por ordem, o que foi rejeitado pelas outras duas ordens. Isso levou à formação da Assembleia Nacional Constituinte e, posteriormente, ao início da Revolução Francesa.