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MISTER MAGIC

Quando o ônibus deixou-o em frente aquela casinhola desamparada, Mister Magic pensou que fosse engano. Apenas quando leu no cartazete gasto Rodoviária de Campo Seco teve a certeza triste de que havia chegado. Ninguém por all além do vendedor sonolento pendurado no guiché. Ele pegou as instruções que haviam lhe dado e andou, abaixo da garoa, as duas quadras quilométricas que o levavam ao único hotel da cidade. Quando chegou là, suas sels décadas pesavam um século e sua figurinha miúda tentando parecer imponente causaria riso se não despertasse tanta pena.

Boa tarde. Há uma reserva para mim. Mister Magic.

Ah, o senhor é o mágico? Infelizmente, a reserva foi cancelada - o atendente o olhava com um dó que fa além de sua pobre figura. enquanto o chão faltava, num momento, às pernas magras de Mister Magic.

Deve haver um engano. Fui contratado pela prefeitura para uma apresentação hoje.

É que a apresentação foi cancelada respondeu o homem. constrangido. Nenhum ingresso vendido.

Nenhum ingresso, pensou Mister Magic. Ninguém mais se interessava por mágica. E ele era um homem velho e desamparado, precisando de um banho e um café quente, perdido numa cidadezinha

onde ninguém iría ajudá-lo. -Mas lhe deixaram este envelope com o pagamento.

o mágico pegou o envelope com surpreendente calma, olhos ansiando por descanso.

- Obrigado. E agora me de licença, que preciso de um banho. Desculpe. Pagaram o cache, mas não o hotel o outro era só constrangimento.

De novo, a velhice solitária e pobre desabando em suas costas. Sem trabalho e pouso, cheque mirrado no bolso, gripe batendo à porta, ninguém a estender-lhe a mão. Não tinha dinheiro para o hotel: teria que tomar o próximo ônibus de volta, seis horas molhadas invadindo a madrugada, os sessenta anos de seu corpo clamando por algum conforto.

O homem do hotel olhou aquele velho desamparado e soube que ele não aguentaria a viagem:

Se o senhor quiser se apresentar para os outros hóspedes, pode ficar aqui esta noite.

O mágico soube que a oferta era só comiseração, mas não levou um segundo para aceitar.

Naquela noite, num hotel perdido de uma cidade fantasma. apresentando-se para meia duzia de sonolentos gatos pingados, Mister Magic, mais cansado e triste do que qualquer um deles, só conseguia pensar que, se ainda acreditasse em mágica, a primeira que faria seria de desaparecer.​
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