Faça uma Pesquisa sobre: a importância das escritoras afro-brasileiras e africanas para o nosso país.
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annabeatriz444
Entende-se por literatura negra a produção literária cujo sujeito da escrita é o próprio negro. É a partir da subjetividade de negras e negros, de suas vivências e de seu ponto de vista que se tecem as narrativas e poemas assim classificados.
É importante ressaltar que a literatura negra surgiu como uma expressão direta da subjetividade negra em países culturalmente dominados pelo poder branco – principalmente os que receberam as diásporas africanas, imigrações forçadas pelo regime do tráfico negreiro. É o caso do Brasil, por exemplo. A chamada literatura brasileira oficial ou canônica, ou seja, aquela que corresponde aos livros “clássicos”, contemplados pelos currículos escolares, reflete esse paradigma da dominação cultural branca: é, em sua maioria esmagadora, escrita por brancos retratando personagens brancos.
A presença de personagens negras é sempre mediada por esse distanciamento racial e de modo geral reproduz estereótipos: é a mulata hipersexualizada, o malandro, o negro vitimizado etc. É o caso das personagens negras de Monteiro Lobato, por exemplo, retratadas como serviçais sem família (Tia Anastácia e Tio Bento), e aptos à malandragem como um fator natural (como o Saci-Pererê, jovem sem vínculos familiares que vive enganando as pessoas do sítio).
Assim, é por meio da literatura negra que as personagens e autores negros e negras retomam sua integridade e sua totalidade enquanto seres humanos, rompendo o círculo vicioso do racismo institucionalizado, entranhado na prática literária até então.
“A discriminação se faz presente no ato da produção cultural, inclusive na produção literária. Quando o escritor produz seu texto, manipula seu acervo de memória onde habitam seus preconceitos. É assim que se dá um círculo vicioso que alimenta os preconceitos já existentes. As rupturas desse círculo têm sido realizadas principalmente pelas suas próprias vítimas e por aqueles que não se negam a refletir profundamente acerca das relações raciais no Brasil”.
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É importante ressaltar que a literatura negra surgiu como uma expressão direta da subjetividade negra em países culturalmente dominados pelo poder branco – principalmente os que receberam as diásporas africanas, imigrações forçadas pelo regime do tráfico negreiro. É o caso do Brasil, por exemplo. A chamada literatura brasileira oficial ou canônica, ou seja, aquela que corresponde aos livros “clássicos”, contemplados pelos currículos escolares, reflete esse paradigma da dominação cultural branca: é, em sua maioria esmagadora, escrita por brancos retratando personagens brancos.
A presença de personagens negras é sempre mediada por esse distanciamento racial e de modo geral reproduz estereótipos: é a mulata hipersexualizada, o malandro, o negro vitimizado etc. É o caso das personagens negras de Monteiro Lobato, por exemplo, retratadas como serviçais sem família (Tia Anastácia e Tio Bento), e aptos à malandragem como um fator natural (como o Saci-Pererê, jovem sem vínculos familiares que vive enganando as pessoas do sítio).
Assim, é por meio da literatura negra que as personagens e autores negros e negras retomam sua integridade e sua totalidade enquanto seres humanos, rompendo o círculo vicioso do racismo institucionalizado, entranhado na prática literária até então.
“A discriminação se faz presente no ato da produção cultural, inclusive na produção literária. Quando o escritor produz seu texto, manipula seu acervo de memória onde habitam seus preconceitos. É assim que se dá um círculo vicioso que alimenta os preconceitos já existentes. As rupturas desse círculo têm sido realizadas principalmente pelas suas próprias vítimas e por aqueles que não se negam a refletir profundamente acerca das relações raciais no Brasil”.