Segundo o dicionário Priberam de Língua Portuguesa, racismo é uma “teoria que defende a superioridade de um grupo sobre outros, baseada num conceito de raça, preconizando, particularmente, a separação destes dentro de um país (segregação racial) ou mesmo visando o extermínio de uma minoria”.
O verbete também fala que trata-se de uma “atitude hostil ou discriminatória em relação a um grupo de pessoas com características diferentes, notadamente etnia, religião, cultura etc”.
O racismo em si se dá pelo mal funcionamento nas instituições e por falhas no Estado. No Brasil, o racismo passou a ser considerado crime em 1989, através da Lei Federal 7.716, que prevê uma pena de até 5 anos de reclusão e multa, sendo também imprescritível e inafiançável.
Infelizmente, nosso país foi construído com base escravocrata, na qual as pessoas pretas eram mercadorias. Mesmo após a lei áurea em 1888, elas não receberam nenhum tipo de indenização ou tiveram políticas públicas voltadas para seu bem-estar e adequação à nova sociedade.
Proibidos de adquirir terras, jogar capoeira, estudar, e sendo constantemente marginalizados, foram jogados à própria sorte. Sua cultura continuou sendo atacada e vista de forma negativa, sua religião enxergada como algo mal. Este foi o contexto do início do racismo estrutural.
Racismo estrutural
Segundo o portal Brasil de Direitos, racismo estrutural é a “naturalização de ações, hábitos, situações, falas e pensamentos que já fazem parte da vida cotidiana do povo brasileiro, e que promovem, direta ou indiretamente, a segregação ou o preconceito racial”.
Silvio Luiz de Almeida, filósofo, jurista e professor universitário defende que a forma como a sociedade é constituída reproduz parâmetros de discriminação racial, no campo da política e da economia, sendo o racismo estrutural naturalizado como parte integrante do meio social.
O professor também destaca que o racismo é constituído por ações conscientes e inconscientes, e que nós, enquanto sociedade, acabamos naturalizando a violência contra pessoas negras, e que a morte de jovens negros não nos choca como deveria.
Um outro dado alarmante sobre a sociedade no Brasil é que no ano de 2019 65% dos brasileiros desempregados era negro.
Apesar de tudo isso, um dado me causou mais espanto ainda: 52% dos brasileiros se declara negro. Ora, que país que discrimina mais da metade de sua população?
O racismo estrutural pode ser notado na nossa língua, nos nossos gestos, na composição dos Governos.
Falando em Governo, um exemplo rápido: atualmente, o Brasil está no seu 38º Presidente da República. Sabe quantos presidentes negros nosso país já teve? Um. Alguns estudiosos defendem que Nilo Procópio Peçanha foi o primeiro (e até agora único) presidente negro do Brasil. Um país que possui mais da metade de sua população negra, só elegeu um presidente da mesma etnia. Insiro uma foto de Peçanha abaixo, caso você não o conheça.
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O que é racismo
Segundo o dicionário Priberam de Língua Portuguesa, racismo é uma “teoria que defende a superioridade de um grupo sobre outros, baseada num conceito de raça, preconizando, particularmente, a separação destes dentro de um país (segregação racial) ou mesmo visando o extermínio de uma minoria”.
O verbete também fala que trata-se de uma “atitude hostil ou discriminatória em relação a um grupo de pessoas com características diferentes, notadamente etnia, religião, cultura etc”.
O racismo em si se dá pelo mal funcionamento nas instituições e por falhas no Estado. No Brasil, o racismo passou a ser considerado crime em 1989, através da Lei Federal 7.716, que prevê uma pena de até 5 anos de reclusão e multa, sendo também imprescritível e inafiançável.
Infelizmente, nosso país foi construído com base escravocrata, na qual as pessoas pretas eram mercadorias. Mesmo após a lei áurea em 1888, elas não receberam nenhum tipo de indenização ou tiveram políticas públicas voltadas para seu bem-estar e adequação à nova sociedade.
Proibidos de adquirir terras, jogar capoeira, estudar, e sendo constantemente marginalizados, foram jogados à própria sorte. Sua cultura continuou sendo atacada e vista de forma negativa, sua religião enxergada como algo mal. Este foi o contexto do início do racismo estrutural.
Racismo estrutural
Segundo o portal Brasil de Direitos, racismo estrutural é a “naturalização de ações, hábitos, situações, falas e pensamentos que já fazem parte da vida cotidiana do povo brasileiro, e que promovem, direta ou indiretamente, a segregação ou o preconceito racial”.
Silvio Luiz de Almeida, filósofo, jurista e professor universitário defende que a forma como a sociedade é constituída reproduz parâmetros de discriminação racial, no campo da política e da economia, sendo o racismo estrutural naturalizado como parte integrante do meio social.
O professor também destaca que o racismo é constituído por ações conscientes e inconscientes, e que nós, enquanto sociedade, acabamos naturalizando a violência contra pessoas negras, e que a morte de jovens negros não nos choca como deveria.
Um outro dado alarmante sobre a sociedade no Brasil é que no ano de 2019 65% dos brasileiros desempregados era negro.
Apesar de tudo isso, um dado me causou mais espanto ainda: 52% dos brasileiros se declara negro. Ora, que país que discrimina mais da metade de sua população?
O racismo estrutural pode ser notado na nossa língua, nos nossos gestos, na composição dos Governos.
Falando em Governo, um exemplo rápido: atualmente, o Brasil está no seu 38º Presidente da República. Sabe quantos presidentes negros nosso país já teve? Um. Alguns estudiosos defendem que Nilo Procópio Peçanha foi o primeiro (e até agora único) presidente negro do Brasil. Um país que possui mais da metade de sua população negra, só elegeu um presidente da mesma etnia. Insiro uma foto de Peçanha abaixo, caso você não o conheça.