Foi com verdadeira emoção que os dois meninos puseram pé em terra; estavam afinal na célebre ilha. Tudo fora tão fácil, pensou Eduardo, e Henrique era tão bom remador [...]. Que dia divertido e alegre iriam passar ali! Apressadamente tratou de auxiliar Henrique; a primeira coisa que fez ao tirar as cordas foi cair dentro da água e molhar-se todo. Ficou todo enlameado, mas começou a rir dizendo que tiraria a roupa logo mais e o sol a secaria em dois minutos. Com alguma dificuldade, puxaram a canoa o mais perto possível da terra e amarraram-na a uma árvore próxima com a corda [...].



Examinaram para ver se a canoa estava bem segura; tiraram o almoço e a garrafa de água e puseram tudo em terra firme. Depois começaram a olhar à volta, e a caminhar explorando o terreno. Havia arbustos e moitas que eles foram cortando com a faca que haviam trazido; as árvores mais altas, já avistadas de longe, ficavam no interior da ilha.



Abriram caminho por entre as moitas e foram andando, levavam o almoço e a garrafa de água, mas não pensavam em comer, tão entusiasmados se sentiam. Quando padrinho soubesse, havia de admirar a coragem deles [...].



DUPRÉ, Maria José. A ilha perdida. São Paulo: Ática, 1992. Fragmento.



Texto 2





O outro lado da ilha



A luz brilhante do farol ia ficando cada vez mais longe. Era como se o continente estivesse acenando adeus. Imenso, o mar ocupava agora todos os horizontes e o sol que nascia, fazendo a bruma, revelava a paisagem de céu e mar. As últimas gaivotas rondaram o barco e voltara a terra, balançando asas em despedida.



Róbson no timão consultava a bússola, ajustando a rota. A seu lado, o filho Ivan [...]. Dentro da cabine, falando ao rádio, o tio Cirilo, e junto a ele Ralfe, o cão.



Bom de navegação, conduzido com a mão segura, o Vencemar enfrentou as ondas em direção ao sol, em busca da ilha da Cacaia, um rochedo vulcânico perdido no meio do oceano.



Dela, o tio Cirilo falara maravilhas. [...]



– A ilha de Cacaia é uma reserva natural, isto é, um local onde a fauna e a flora são preservadas sem interferências do homem, servindo como laboratório de estudo.



– E o que você vai fazer lá? – perguntou Ivan.



– Vou fazer um estudo especial sobre as aves. [...]



– Posso ajudar você, tio?



– Claro que pode. Esta ilha, aliás, é curiosa. Ela é dividida em duas partes por uma crista de rocha que forma uma verdadeira muralha. De um lado existe uma baía, uma praia, local habitável, onde vamos ficar. Porém, o outro lado da ilha é um completo mistério. [...]



MONTEIRO, José Maviael. O outro lado da ilha. São Paulo: Ática, 2007. Fragmento.



Esses textos têm em comum o fato de
apresentarem uma ilha como cenário da história.
destacarem a presença de gaivotas em uma ilha.
explicarem para que serve uma reserva natural.
narrarem o uso de uma canoa pelos personagens.
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