Identifique e explique o significado de alguns termos relacionados à fauna e à flora, tais como: endemismo, exotismo, nativismo, invasão biológica, espécie chave, espécie ameaçada, espécie extinta, espécie vulnerável, espécie rara, espécie indicadora e espécie parasita.
- Endemismo: é a condição de uma espécie ou de um grupo de espécies que ocorre exclusivamente em uma determinada área geográfica, sem distribuição natural em outras regiões. O endemismo pode ser resultado de processos evolutivos, geológicos, climáticos ou ecológicos que isolam ou restringem a dispersão dos organismos. Exemplos de espécies endêmicas do Brasil são o mico-leão-dourado, que só ocorre na Mata Atlântica do Rio de Janeiro; e o mandacaru, que só ocorre na Caatinga do Nordeste.
- Exotismo: é a condição de uma espécie ou de um grupo de espécies que ocorre em uma área geográfica fora de sua distribuição natural original, por meio de introdução acidental ou intencional pelo homem. O exotismo pode causar impactos negativos sobre a biodiversidade, a economia e a saúde pública, como a competição, a predação, a hibridização, a transmissão de doenças e a alteração de ecossistemas. Exemplos de espécies exóticas no Brasil são o javali, que foi introduzido para a caça esportiva e se tornou uma praga agrícola e ambiental; e a água-viva, que foi trazida pelos navios e invadiu o litoral brasileiro, causando queimaduras e alergias nos banhistas.
- Nativismo: é a condição de uma espécie ou de um grupo de espécies que ocorre naturalmente em uma determinada área geográfica, sem ter sido introduzida pelo homem. O nativismo é o oposto do exotismo, e implica em uma relação de equilíbrio e harmonia entre os organismos e o ambiente. Exemplos de espécies nativas do Brasil são o tucano, que ocorre em diversas regiões do país, principalmente nas florestas; e a vitória-régia, que ocorre nos rios e lagos da Amazônia.
- Invasão biológica: é o processo de expansão e estabelecimento de uma espécie ou de um grupo de espécies em uma área geográfica onde não ocorria anteriormente, causando danos ecológicos, econômicos ou sociais. A invasão biológica geralmente envolve espécies exóticas, mas também pode envolver espécies nativas que se tornam invasoras devido a alterações ambientais. Exemplos de espécies invasoras no Brasil são o mexilhão-dourado, que foi introduzido nos rios e represas do país e afetou a pesca, a navegação e a geração de energia; e o capim-annoni, que se espalhou pelos campos do Sul e reduziu a produtividade pecuária.
- Espécie-chave: é uma espécie ou um grupo de espécies que possui um papel fundamental na estrutura e no funcionamento de um ecossistema, influenciando direta ou indiretamente outras espécies e processos ecológicos. A remoção ou a redução de uma espécie-chave pode causar mudanças drásticas na composição, na diversidade e na estabilidade de um ecossistema. Exemplos de espécies-chave no Brasil são o peixe-boi, que atua como um dispersor de sementes e um regulador da vegetação aquática; e a abelha, que atua como um polinizador de diversas plantas, inclusive de culturas agrícolas.
- Espécie-ameaçada: é uma espécie ou um grupo de espécies que possui um alto risco de extinção na natureza, devido a fatores naturais ou antrópicos que reduzem sua população, sua distribuição ou seu habitat. A espécie-ameaçada pode ser classificada em diferentes categorias de ameaça, de acordo com critérios científicos e normativos, como criticamente em perigo, em perigo ou vulnerável. Exemplos de espécies-ameaçadas no Brasil são a onça-pintada, que sofre com a perda e a fragmentação de seu habitat, a caça ilegal e o conflito com humanos; e o pau-brasil, que sofre com o desmatamento, a exploração madeireira e o fogo.
- Espécie-extinta: é uma espécie ou um grupo de espécies que não existe mais na natureza, ou seja, que não possui mais indivíduos vivos capazes de se reproduzir. A extinção pode ser causada por fatores naturais, como mudanças climáticas, erupções vulcânicas, impactos de meteoritos, entre outros; ou por fatores antrópicos, como destruição de habitat, superexploração, poluição, introdução de espécies exóticas, entre outros. Exemplos de espécies-extintas no Brasil são a ararinha-azul, que foi extinta na natureza devido à captura para o comércio ilegal, à destruição de seu habitat e à predação por animais exóticos; e o tigre-dente-de-sabre, que foi extinto há cerca de 10 mil anos, provavelmente devido à competição com outros predadores e à escassez de presas.
- Espécie-vulnerável: é uma espécie ou um grupo de espécies que possui um risco elevado de extinção na natureza, devido a fatores naturais ou antrópicos que afetam sua população, sua distribuição ou seu habitat. A espécie-vulnerável é uma das categorias de ameaça, que antecede as categorias de em perigo e criticamente em perigo. Exemplos de espécies-vulneráveis no Brasil são o boto-cor-de-rosa, que sofre com a pesca acidental, a degradação dos rios, a contaminação por mercúrio e a caça para uso como isca; e a bromélia-imperial, que sofre com a coleta ilegal, o tráfico de plantas, a urbanização e o fogo.
- Espécie-rara: é uma espécie ou um grupo de espécies que possui uma baixa abundância ou uma distribuição restrita na natureza, sem necessariamente estar ameaçada de extinção. A espécie-rara pode ser resultado de processos naturais, como a especiação, a colonização, a adaptação ou a deriva genética; ou de processos antrópicos, como a introdução, a extirpação, a fragmentação ou a perda de habitat. Exemplos de espécies-raras no Brasil são o macaco-aranha-de-cara-branca, que possui uma distribuição limitada a uma pequena área no Pará; e a orquídea-fantasma, que possui uma baixa abundância e uma alta especificidade de habitat na Mata Atlântica.
- Espécie-indicadora: é uma espécie ou um grupo de espécies que possui uma sensibilidade ou uma resposta a determinadas condições ou alterações ambientais, servindo como um sinal ou um parâmetro de avaliação da qualidade ou do estado de um ecossistema. A espécie-indicadora pode ser usada para monitorar aspectos físicos, químicos ou biológicos do ambiente, como a temperatura, a umidade, a poluição, a biodiversidade, entre outros. Exemplos de espécies-indicadoras no Brasil são o sapo-cururu, que possui uma pele permeável que o torna vulnerável à contaminação da água; e o líquen, que possui uma simbiose entre fungos e algas que o torna sensível à poluição do ar .
- Espécie-parasita: é uma espécie ou um grupo de espécies que possui uma relação ecológica de parasitismo com outra espécie ou grupo de espécies, denominada hospedeiro. O parasita se beneficia do hospedeiro, obtendo alimento, abrigo ou outro recurso, causando-lhe algum dano, mas sem matá-lo. O parasita pode ser externo ou interno, permanente ou temporário, específico ou generalista, de acordo com sua forma de vida. Exemplo de espécie parasita no Brasil é o carrapato, que se fixa na pele dos animais.
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Alguns termos relacionados à fauna e à flora são:
- Endemismo: é a condição de uma espécie ou de um grupo de espécies que ocorre exclusivamente em uma determinada área geográfica, sem distribuição natural em outras regiões. O endemismo pode ser resultado de processos evolutivos, geológicos, climáticos ou ecológicos que isolam ou restringem a dispersão dos organismos. Exemplos de espécies endêmicas do Brasil são o mico-leão-dourado, que só ocorre na Mata Atlântica do Rio de Janeiro; e o mandacaru, que só ocorre na Caatinga do Nordeste.
- Exotismo: é a condição de uma espécie ou de um grupo de espécies que ocorre em uma área geográfica fora de sua distribuição natural original, por meio de introdução acidental ou intencional pelo homem. O exotismo pode causar impactos negativos sobre a biodiversidade, a economia e a saúde pública, como a competição, a predação, a hibridização, a transmissão de doenças e a alteração de ecossistemas. Exemplos de espécies exóticas no Brasil são o javali, que foi introduzido para a caça esportiva e se tornou uma praga agrícola e ambiental; e a água-viva, que foi trazida pelos navios e invadiu o litoral brasileiro, causando queimaduras e alergias nos banhistas.
- Nativismo: é a condição de uma espécie ou de um grupo de espécies que ocorre naturalmente em uma determinada área geográfica, sem ter sido introduzida pelo homem. O nativismo é o oposto do exotismo, e implica em uma relação de equilíbrio e harmonia entre os organismos e o ambiente. Exemplos de espécies nativas do Brasil são o tucano, que ocorre em diversas regiões do país, principalmente nas florestas; e a vitória-régia, que ocorre nos rios e lagos da Amazônia.
- Invasão biológica: é o processo de expansão e estabelecimento de uma espécie ou de um grupo de espécies em uma área geográfica onde não ocorria anteriormente, causando danos ecológicos, econômicos ou sociais. A invasão biológica geralmente envolve espécies exóticas, mas também pode envolver espécies nativas que se tornam invasoras devido a alterações ambientais. Exemplos de espécies invasoras no Brasil são o mexilhão-dourado, que foi introduzido nos rios e represas do país e afetou a pesca, a navegação e a geração de energia; e o capim-annoni, que se espalhou pelos campos do Sul e reduziu a produtividade pecuária.
- Espécie-chave: é uma espécie ou um grupo de espécies que possui um papel fundamental na estrutura e no funcionamento de um ecossistema, influenciando direta ou indiretamente outras espécies e processos ecológicos. A remoção ou a redução de uma espécie-chave pode causar mudanças drásticas na composição, na diversidade e na estabilidade de um ecossistema. Exemplos de espécies-chave no Brasil são o peixe-boi, que atua como um dispersor de sementes e um regulador da vegetação aquática; e a abelha, que atua como um polinizador de diversas plantas, inclusive de culturas agrícolas.
- Espécie-ameaçada: é uma espécie ou um grupo de espécies que possui um alto risco de extinção na natureza, devido a fatores naturais ou antrópicos que reduzem sua população, sua distribuição ou seu habitat. A espécie-ameaçada pode ser classificada em diferentes categorias de ameaça, de acordo com critérios científicos e normativos, como criticamente em perigo, em perigo ou vulnerável. Exemplos de espécies-ameaçadas no Brasil são a onça-pintada, que sofre com a perda e a fragmentação de seu habitat, a caça ilegal e o conflito com humanos; e o pau-brasil, que sofre com o desmatamento, a exploração madeireira e o fogo.
- Espécie-extinta: é uma espécie ou um grupo de espécies que não existe mais na natureza, ou seja, que não possui mais indivíduos vivos capazes de se reproduzir. A extinção pode ser causada por fatores naturais, como mudanças climáticas, erupções vulcânicas, impactos de meteoritos, entre outros; ou por fatores antrópicos, como destruição de habitat, superexploração, poluição, introdução de espécies exóticas, entre outros. Exemplos de espécies-extintas no Brasil são a ararinha-azul, que foi extinta na natureza devido à captura para o comércio ilegal, à destruição de seu habitat e à predação por animais exóticos; e o tigre-dente-de-sabre, que foi extinto há cerca de 10 mil anos, provavelmente devido à competição com outros predadores e à escassez de presas.
- Espécie-vulnerável: é uma espécie ou um grupo de espécies que possui um risco elevado de extinção na natureza, devido a fatores naturais ou antrópicos que afetam sua população, sua distribuição ou seu habitat. A espécie-vulnerável é uma das categorias de ameaça, que antecede as categorias de em perigo e criticamente em perigo. Exemplos de espécies-vulneráveis no Brasil são o boto-cor-de-rosa, que sofre com a pesca acidental, a degradação dos rios, a contaminação por mercúrio e a caça para uso como isca; e a bromélia-imperial, que sofre com a coleta ilegal, o tráfico de plantas, a urbanização e o fogo.
- Espécie-rara: é uma espécie ou um grupo de espécies que possui uma baixa abundância ou uma distribuição restrita na natureza, sem necessariamente estar ameaçada de extinção. A espécie-rara pode ser resultado de processos naturais, como a especiação, a colonização, a adaptação ou a deriva genética; ou de processos antrópicos, como a introdução, a extirpação, a fragmentação ou a perda de habitat. Exemplos de espécies-raras no Brasil são o macaco-aranha-de-cara-branca, que possui uma distribuição limitada a uma pequena área no Pará; e a orquídea-fantasma, que possui uma baixa abundância e uma alta especificidade de habitat na Mata Atlântica.
- Espécie-indicadora: é uma espécie ou um grupo de espécies que possui uma sensibilidade ou uma resposta a determinadas condições ou alterações ambientais, servindo como um sinal ou um parâmetro de avaliação da qualidade ou do estado de um ecossistema. A espécie-indicadora pode ser usada para monitorar aspectos físicos, químicos ou biológicos do ambiente, como a temperatura, a umidade, a poluição, a biodiversidade, entre outros. Exemplos de espécies-indicadoras no Brasil são o sapo-cururu, que possui uma pele permeável que o torna vulnerável à contaminação da água; e o líquen, que possui uma simbiose entre fungos e algas que o torna sensível à poluição do ar .
- Espécie-parasita: é uma espécie ou um grupo de espécies que possui uma relação ecológica de parasitismo com outra espécie ou grupo de espécies, denominada hospedeiro. O parasita se beneficia do hospedeiro, obtendo alimento, abrigo ou outro recurso, causando-lhe algum dano, mas sem matá-lo. O parasita pode ser externo ou interno, permanente ou temporário, específico ou generalista, de acordo com sua forma de vida. Exemplo de espécie parasita no Brasil é o carrapato, que se fixa na pele dos animais.