Aula de Português A linguagem na ponta da língua, tão fácil de falar e de entender.
A linguagem na superfície estrelada de letras, sabe lá o que ela quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, e vai desmatando o amazonas da minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas, atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia, em que pedia para ir lá fora, em que levava e dava pontapé, a língua, breve língua entrecortada do NAMORO com a prima.
O português são dois; o outro, mistério.
a. A que linguagem fazem referência as estrofes 1 e 4 ? E as estrofes 2 e 3 ? Justifique sua resposta com passagens das próprias estrofes.
b De acordo com o Dicionário Aurélio XXI, a palavra esquipático talvez tenha surgido da junção das palavras esquisito e antipático. Considerando essa possibilidade, estabeleça uma relação entre esquipáticas (verso 11) e o conteúdo da 3ª estrofe.
C. Explique o último verso do poema: “O português são dois; o outro, mistério”.
A) que linguagem fazem referência as estrofes 1 e 4 ? E as estrofes 2 e 3 ? Justifique sua resposta com passagens das próprias estrofes.
Quando o autor fala da linguagem que está "na ponta da língua", e que ela é "fácil de falar e entender", bem como quando ele começa a falar da língua que usava no dia-a-dia ("a língua em que comia, em que pedia pra ir lá fora", etc), podemos inferir que as estrofes 1 e 4 referem-se à linguagem coloquial, ou popular.
B) De acordo com o Dicionário Aurélio XXI, a palavra esquipático talvez tenha surgido da junção das palavras esquisito e antipático. Considerando essa possibilidade, estabeleça uma relação entre esquipáticas (verso 11) e o conteúdo da 3ª estrofe.
A estrofe refere-se à forma como o uso do português é frequentemente ensinado nas escolas. Considerando tudo aquilo que vem da linguagem popular, coloquial, como incorreto. Portanto, deve ser corrigido. A metáfora com a floresta amazônica denota que o ambiente desta linguagem popular era rico e natural. Porém, foi substituído por normas que soam esquisitas ao eu-lírico, e antipáticas por serem tão alienígenas à língua que ele antes utilizava.
C) Explique o último verso do poema: “O português são dois; o outro, mistério”.
Aqui temos uma referência entre a diferença do português falado para a norma padrão que determina a escrita. Norma esta que com frequência é desconhecida e até mesmo não utilizada no dia-a-dia, passando a impressão de ser inorgânica, artificial. Portanto, um mistério para os falantes da língua.
a) Em relação ao poema "Aula de Português", a linguagem informal, também chamada de coloquial, é citada nas estrofes solicitadas. Percebe-se isso nestes fragmentos: "na ponta da língua", "fácil de falar e entender", e "a língua em que comia, em que pedia pra ir lá fora". Nota-se que se refere à fala cotidiana, usada em situações informais, isto é, menos monitoradas.
b) O tema da estrofe é o modo como a escola lida com o falar coloquial. Muitas vezes, ela exige o "falar correto". O eu lírico compara seu rico falar à diversidade da floresta amazônica e considera "esquipáticas", ou seja, esquisitas e antipáticas as normasgramaticais que tentam apagar tal diversidade linguística.
c) O último verso do poema refere-se à existência de dois falares: o português de acordo com as regras gramaticais e o popular, sendo o primeiro um mistério para o eu lírico.
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Com relação ao poema "Aula de Português", temos:
Quando o autor fala da linguagem que está "na ponta da língua", e que ela é "fácil de falar e entender", bem como quando ele começa a falar da língua que usava no dia-a-dia ("a língua em que comia, em que pedia pra ir lá fora", etc), podemos inferir que as estrofes 1 e 4 referem-se à linguagem coloquial, ou popular.
A estrofe refere-se à forma como o uso do português é frequentemente ensinado nas escolas. Considerando tudo aquilo que vem da linguagem popular, coloquial, como incorreto. Portanto, deve ser corrigido. A metáfora com a floresta amazônica denota que o ambiente desta linguagem popular era rico e natural. Porém, foi substituído por normas que soam esquisitas ao eu-lírico, e antipáticas por serem tão alienígenas à língua que ele antes utilizava.
Aqui temos uma referência entre a diferença do português falado para a norma padrão que determina a escrita. Norma esta que com frequência é desconhecida e até mesmo não utilizada no dia-a-dia, passando a impressão de ser inorgânica, artificial. Portanto, um mistério para os falantes da língua.
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a) Em relação ao poema "Aula de Português", a linguagem informal, também chamada de coloquial, é citada nas estrofes solicitadas. Percebe-se isso nestes fragmentos: "na ponta da língua", "fácil de falar e entender", e "a língua em que comia, em que pedia pra ir lá fora". Nota-se que se refere à fala cotidiana, usada em situações informais, isto é, menos monitoradas.
b) O tema da estrofe é o modo como a escola lida com o falar coloquial. Muitas vezes, ela exige o "falar correto". O eu lírico compara seu rico falar à diversidade da floresta amazônica e considera "esquipáticas", ou seja, esquisitas e antipáticas as normas gramaticais que tentam apagar tal diversidade linguística.
c) O último verso do poema refere-se à existência de dois falares: o português de acordo com as regras gramaticais e o popular, sendo o primeiro um mistério para o eu lírico.
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