Leia o texto:

"Pelas instituições, principalmente pelo Estado, os grupos de dominação procuram interferir em uma distribuição de renda que lhes seja conveniente. Por exemplo, os agricultores na época do ‘café com leite’ mantinham o uso da política do Estado para lhes conceder vantagens econômicas. O mesmo ocorre hoje com os industriais que querem apropriar-se de crédito subsidiado ou tarifas aduaneiras que protejam o mercado interno da competição externa, garantindo-lhe lucros maiores. Não muito distinta é a ação de trabalhadores organizados, petroleiros, metalúrgicos do ABC, bancários e outros que conseguem salários maiores que os trabalhadores pouco organizados, logo, com menor força política.” (RIZZIERI, Juarez A. B. “Introdução à economia. In DINHO, Maria B. VASCONCELLOS, Marco A. S.; TONETO JR. Rudinei (org.). Manual de economia: equipe de professores da USP. 7º ed. São Paulo: Saraiva, 2017. pp 9-10)

O texto indica que:


​Não há relação entre organização política e a atividade econômica, uma vez que a organização dos fatores produtivos é exclusivamente técnica​

​É somente o esforço individual dos proprietários de fatores de produção, sejam eles capitalistas ou trabalhadores, que define a estrutura de distribuição de renda​

​A história econômica brasileira demonstra que a condução da economia foi predominantemente técnica, com pouca ou nenhuma interferência de grupos organizados​

​Quando se fala em ações do governo sobre a economia, estamos tratando de uma análise normativa, já que se parte de um pressuposto de que a construção dessas ações indica como a economia deveria ser, de acordo com a força política de grupos sociais​

​A análise positiva de movimentos com influência na história brasileira não se aplica à ciência econômica