Resposta:

A abdicação de D. Pedro I e sua saída do país às pressas foram consequências de uma série de eventos que gradualmente minaram sua popularidade e levaram a um clima de insatisfação generalizada.

Um dos principais fatores foi o fechamento da Assembleia Constituinte, que estava responsável por redigir uma constituição para o país. D. Pedro I, insatisfeito com as demandas da Assembleia e visando maior poder centralizado, dissolveu o órgão e impôs a Constituição de 1824, que lhe conferia amplos poderes e limitava as liberdades civis.

A Confederação do Equador, iniciada em 1824, foi outro ponto crucial. Este movimento separatista ocorrido na região nordeste do Brasil questionava o governo central e buscava autonomia política. A resposta de D. Pedro I foi sufocar a rebelião, intensificando a repressão aos revoltosos e reforçando sua imagem autoritária.

As disputas territoriais também pesaram na queda de popularidade do imperador. A Guerra da Cisplatina, travada entre o Brasil e a Argentina, mostrou-se custosa e infrutífera, gerando insatisfação entre os brasileiros e desgaste político para D. Pedro I.

Além disso, a sucessão do trono português intensificou a instabilidade política do país. Com a morte do rei D. João VI, em 1826, surgiram disputas em relação à sucessão, já que D. Pedro I era um potencial herdeiro. Sua decisão de abdicar do trono brasileiro, em favor de seu filho D. Pedro II, e assumir o trono português em 1826, através de uma negociação diplomática, gerou descontentamento entre os brasileiros, que sentiam-se traídos pela figura do monarca.

Por fim, as chamadas Noites das Garrafadas contribuíram para aumentar a já tensa relação de D. Pedro I com a opinião pública. Essas eram brigas e confrontos violentos ocorridos em festas, nas quais D. Pedro I participava e se envolvia em discussões e agressões físicas. Esses episódios reforçaram a percepção de um imperador arrogante, intolerante e pouco digno do cargo.

Assim, diante de um cenário