moderna nas Américas (isto é, coincidente com a era moderna do século XV ao XIX), foi uma ampliação formi- dável da escravidão, o que provocou uma exacerbação da violência e crueldade intrínseca a esse modo de pro- dução, o desterro de milhões de pessoas, a tortura permanente [...]. Na África, os escravos constituíam uma parcela minoritária das comunidades - só nos estados centralizados e impérios a população escrava atingiria a casa dos milhares. Na América, os escravos constituíam a maioría da população, como no Brasil dos séculos XVIII e XIX. SANTOS, Joel Rufino dos. A escravidão no Brasil. São Paulo: Melhoramentos, 2013. Desterro: retirada à força de um lugar. Considerando o que você aprendeu até agora sobre o continente africano, a escravidão africana e o tráfico de escravizados, escreva um texto explicando as diferenças entre a escravidão no continente africano antes e depois da chegada dos europeus, em relação à modos de captura, motivação e destino.
Antes da chegada dos europeus, a escravidão na África tinha características distintas. Em grande parte, a escravidão estava presente, mas em uma escala muito diferente do que foi observado após a chegada dos europeus. Na África, a escravidão pré-colonial muitas vezes estava ligada a questões de dívidas, castigos por crimes ou resultava de conflitos e guerras entre grupos étnicos. Em alguns casos, prisioneiros de guerra tornavam-se escravos, mas geralmente, a escravidão não era a base da economia africana, e os escravizados tinham direitos limitados, mas não eram a maioria das comunidades.
Com a chegada dos europeus, houve uma mudança drástica. O intenso tráfico transatlântico de escravos promovido pelos europeus resultou em uma demanda massiva por mão de obra nas Américas, especialmente nas plantações. Isso desencadeou uma mudança significativa na dinâmica da escravidão na África. As formas de captura passaram a ser mais violentas, frequentemente envolvendo expedições militares ou ataques deliberados às comunidades para obter cativos, muitas vezes com a cumplicidade de líderes locais.
A motivação por trás da escravidão mudou de uma prática mais localizada para atender necessidades específicas das comunidades, para um comércio global altamente lucrativo, com os europeus incentivando e alimentando essa prática para suprir a demanda nas plantações nas Américas.
Além disso, o destino dos escravizados foi profundamente afetado. Na África pré-colonial, os escravizados geralmente permaneciam dentro do continente, e a escravidão não era necessariamente vitalícia. Após a chegada dos europeus, milhões de africanos foram deportados para as Américas, onde enfrentaram condições extremamente desumanas, sendo submetidos a uma vida de trabalho forçado, sem liberdade e frequentemente tratados de forma desumana. No Brasil, por exemplo, a escravidão tornou-se o pilar da economia, com os escravizados formando a maioria da população e sendo submetidos a uma exploração brutal e condições de vida desumanas por séculos.
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Resposta:
Antes da chegada dos europeus, a escravidão na África tinha características distintas. Em grande parte, a escravidão estava presente, mas em uma escala muito diferente do que foi observado após a chegada dos europeus. Na África, a escravidão pré-colonial muitas vezes estava ligada a questões de dívidas, castigos por crimes ou resultava de conflitos e guerras entre grupos étnicos. Em alguns casos, prisioneiros de guerra tornavam-se escravos, mas geralmente, a escravidão não era a base da economia africana, e os escravizados tinham direitos limitados, mas não eram a maioria das comunidades.
Com a chegada dos europeus, houve uma mudança drástica. O intenso tráfico transatlântico de escravos promovido pelos europeus resultou em uma demanda massiva por mão de obra nas Américas, especialmente nas plantações. Isso desencadeou uma mudança significativa na dinâmica da escravidão na África. As formas de captura passaram a ser mais violentas, frequentemente envolvendo expedições militares ou ataques deliberados às comunidades para obter cativos, muitas vezes com a cumplicidade de líderes locais.
A motivação por trás da escravidão mudou de uma prática mais localizada para atender necessidades específicas das comunidades, para um comércio global altamente lucrativo, com os europeus incentivando e alimentando essa prática para suprir a demanda nas plantações nas Américas.
Além disso, o destino dos escravizados foi profundamente afetado. Na África pré-colonial, os escravizados geralmente permaneciam dentro do continente, e a escravidão não era necessariamente vitalícia. Após a chegada dos europeus, milhões de africanos foram deportados para as Américas, onde enfrentaram condições extremamente desumanas, sendo submetidos a uma vida de trabalho forçado, sem liberdade e frequentemente tratados de forma desumana. No Brasil, por exemplo, a escravidão tornou-se o pilar da economia, com os escravizados formando a maioria da população e sendo submetidos a uma exploração brutal e condições de vida desumanas por séculos.