Ao falar sobre Mulheres e Idade Média, temos que pensar no contexto da sociedade em que se vivia.
“A alma de uma mulher e a alma de uma porca são quase o mesmo, ou seja, não valem grande coisa.” (Arnaud Laufre)
Costumamos ter a visão de que, no mundo medieval, a mulher era submissa à figura masculina, quer no lar, quer fora dele, isto é, nos trabalhos realizados nas cidades ou no campo, ou ainda nas esferas eclesiásticas. Essa ideia nasce de um preconceito muito comum: Do qual, por ter sido uma sociedade orientada pela religião cristã católica, a figura da mulher estaria diretamente associada ao pecado, seja pela narrativa do Gênesis, em que se tem Eva como aquela que induz Adão a pecar, seja pelo corpo feminino, que poderia levar à concupiscência e à luxúria.
- A mulher era vista como submissa pois era temida. Considerava-se que a mulher era o pecado, a carne fraca.
- O casamento não tinha nunca o objetivo de unir pessoas que se amam, ou o objetivo de dar prazer a alguma das partes, e sim o objetivo da procriação.
- A prost1tuição era considerada um “mal necessário”, pois curava vontades de jovens e clérigos, mas ainda assim as prost1tutas eram marginalizadas da sociedade.
No que se refere à questão das práticas mágicas, feitiçaria, bruxaria, etc., a figura da mulher estava, sim, diretamente relacionada. Isso acontecia em virtude das misturas culturais entre ritos pagãos, de origem romana e germânica, e concepções do cristianismo popular sobre os demônios, ou entidades inferiores. O culto pagão da fertilidade, por exemplo, tinha grande lastro na Idade Média.
A “caça às bruxas” só se transformou em uma campanha com estandarte religioso na Idade Moderna, quando o Estado, a autoridade civil, já havia se superposto à autoridade da Igreja e aos seus critérios.
Só uma contextualização básica, espero ter ajudado!
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Olá,
Ao falar sobre Mulheres e Idade Média, temos que pensar no contexto da sociedade em que se vivia.
“A alma de uma mulher e a alma de uma porca são quase o mesmo, ou seja, não valem grande coisa.” (Arnaud Laufre)
Costumamos ter a visão de que, no mundo medieval, a mulher era submissa à figura masculina, quer no lar, quer fora dele, isto é, nos trabalhos realizados nas cidades ou no campo, ou ainda nas esferas eclesiásticas. Essa ideia nasce de um preconceito muito comum: Do qual, por ter sido uma sociedade orientada pela religião cristã católica, a figura da mulher estaria diretamente associada ao pecado, seja pela narrativa do Gênesis, em que se tem Eva como aquela que induz Adão a pecar, seja pelo corpo feminino, que poderia levar à concupiscência e à luxúria.
- A mulher era vista como submissa pois era temida. Considerava-se que a mulher era o pecado, a carne fraca.
- O casamento não tinha nunca o objetivo de unir pessoas que se amam, ou o objetivo de dar prazer a alguma das partes, e sim o objetivo da procriação.
- A prost1tuição era considerada um “mal necessário”, pois curava vontades de jovens e clérigos, mas ainda assim as prost1tutas eram marginalizadas da sociedade.
No que se refere à questão das práticas mágicas, feitiçaria, bruxaria, etc., a figura da mulher estava, sim, diretamente relacionada. Isso acontecia em virtude das misturas culturais entre ritos pagãos, de origem romana e germânica, e concepções do cristianismo popular sobre os demônios, ou entidades inferiores. O culto pagão da fertilidade, por exemplo, tinha grande lastro na Idade Média.
A “caça às bruxas” só se transformou em uma campanha com estandarte religioso na Idade Moderna, quando o Estado, a autoridade civil, já havia se superposto à autoridade da Igreja e aos seus critérios.
Só uma contextualização básica, espero ter ajudado!