No romance dom casmurro, o narrador apresenta suas memórias. Ora, foi já nesta casa que um dia, estando a vestir-me para almoçar, recebi um cartão com este nome: ezequiel a. De santiago — a pessoa está aí? perguntei ao criado. — sim senhor, ficou esperando. Não fui logo, logo; fi-lo esperar uns dez ou quinze minutos na sala. Só depois é que me lembrou que cumpria ter certo alvoroço e correr, abraçá-lo, falar-lhe na mãe. A mãe, — creio que ainda não disse que estava morta e enterrada. Estava; lá repousa na velha suíça. Acabei de vestir-me às pressas. Quando saí do quarto, tomei ares de pai, um pai entre manso e crespo, metade dom casmurro. Ao entrar na sala, dei com um rapaz, de costas, mirando o busto de massinissa, pintado na parede. Vim cauteloso, e não fiz rumor. Não obstante, ouviu-me os passos, e voltou-se depressa. Conheceu-me pelos retratos e correu para mim. Não me mexi; era nem mais nem menos o meu antigo jovem companheiro do seminário de josé, um pouco mais baixo, menos cheio de corpo e, salvo as cores, que eram vivas, o mesmo rosto do meu amigo. Trajava à moderna, naturalmente, e as maneiras eram diferentes, mas o aspecto geral reproduzia a pessoa morta. Era o próprio, o exato, o verdadeiro escobar. Era o meu comborço; era o filho de seu pai. Vestia de luto pela mãe; eu também estava de preto. Sentamo-nos. Machado de assis. Dom casmurro. Cotia: ateliê editorial, 2008. P. 362-363. No fragmento, o que marca o procedimento narrativo adotado é: a a alegria pelo reencontro com o filho. B o espanto com as características de ezequiel. C a certeza de que fora traído pela própria esposa. D a superação do ciúme pela comoção decorrente da morte. E a dor e a amargura ao narrar a morte da esposa na europa
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