O conto "O Enfermeiro" é um exemplo da ironia machadiana. Para o Prof. Salvatore D’Onofrio, o “sentimento de gratidão ensejaria que Procópio se autoacusasse do crime, para fazer justiça à memória do coronel. Isso não acontece porque, segundo a axiologia machadiana, é a hipocrisia a norma do comportamento social” (D’ONOFRIO, p. 141). E conclui afirmando que a gratidão é tratada segundo “o modo irônico, afirmando-se a realidade do seu contrário, que é a ingratidão” (D’ONOFRIO, p. 141).A ironia a que o professor se refere é construída a partir de várias ações cujos resultados são o oposto do esperado. São elas:
A- A tentativa de Procópio de melhorar de vida trabalhando para o coronel tem como primeiro resultado a degradação a que é submetido pelos maus-tratos do seu empregador.
B- Como enfermeiro, Procópio foi trabalhar para o coronel com o objetivo de ajudá-lo a sobreviver, mas acabou causando-lhe a morte.
C- Procópio matou o coronel com o objetivo de livrar-se dos maus-tratos de que era vítima, ação que teria como resultado a rápida posse da herança de seu benfeitor.
D- O coronel, ao nível do “ser”, é uma vítima, mas ao nível do “parecer” é um algoz; Procópio, ao nível do “ser”, é um assassino, mas ao nível do “parecer” é uma vítima.É verdadeiro o que se afirma em:

A, B e D.
A, B, C e D.
A, C e D.
B, C e D.
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