O documento a seguir chama-se Bula Ad Extirpanda. Publicado pelo Papa Inocêncio IV em 1252, ele nos ajuda a compreender melhor o que hoje conhecemos como Inquisição. Analise com atenção.

Bula Ad Extirpanda

Lei 25.

O chefe de estado ou governante deve forçar todos os hereges que tem em custódia, desde que o faça sem os matar ou lhes quebrar os braços ou pernas, como verdadeiros ladrões e assassinos de almas e ladrões dos sacramentos de Deus e da fé cristã, para confessarem os seus erros e acusar outros hereges que eles conhecem, e especificar os seus motivos, e aqueles que eles seduziram, e aqueles que os alojaram e defenderam, assim como ladrões e assaltantes de bens materiais são levados a acusar os seus cúmplices e confessar os crimes que cometeram.

Papa Inocêncio IV (1252


Sobre a Inquisição, considere as afirmações a seguir:

I. A Inquisição iniciou-se no século IX com a Reforma Gregoriana. A busca por poder da Igreja católica, após essa reforma, resultou na criação do Tribunal do Santo Ofício como uma forma de controlar a sociedade.
II. O excerto apresentado da Bula Ad Extirpanda, demonstra que o poder da Igreja ultrapassava as questões espirituais e adentrava o poder temporal, tendo em vista a orientação que realiza aos chefes políticos.
III. Depois do julgamento de um indivíduo considerado herege, havia algumas opções de punição pelos seus “pecados”. Dependendo da heresia, o condenado recebia desde medidas chamadas disciplinares – algo que pode ser comparado a uma penitência nos dias atuais – até a pena de morte.
IV. A inquisição, durante todo o seu tempo de existência, foi um instrumento de controle do pensamento e da atitude dos indivíduos do período medieval que se mostrou extremamente eficiente, devido, sobretudo, às técnicas de investigação e de julgamento adotadas pelos membros do Tribunal do Santo Ofício.

É correto apenas o que se afirma em:
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Analise os dois textos a seguir. Texto 1 Em 25 de dezembro de 800, em São Pedro, em Roma, Carlos Magno foi coroado imperador pelo Papa Leão III. Par Jean Fouquet, Tours — Texto 2 Mas em 799 o papa Leão III viu uma tripla vantagem em dar a coroa imperial a Carlos Magno. Aprisionado e perseguido por seus inimigos em Roma, ele precisava ver sua autoridade restaurada de fato e de direito por qualquer um que pudesse impor autoridade a todos sem contestação: um imperador. Chefe de um Estado temporal, o Patrimônio de São Pedro, ele desejava ver esta soberania temporal corroborada por um rei superior a todos os demais tanto em título quanto de fato. Enfim, junto com uma parte do clero romano, pensava em fazer de Carlos Magno um imperador para todo o mundo cristão, incluindo Bizâncio, a fim de lutar contra a heresia iconoclasta, e de estabelecer a supremacia do pontífice romano sobre toda a Igreja. Carlos Magno se deixou convencer e coroar em 25/12/800. Mas só se defrontou com Bizâncio para obter reconhecimento de seu título e de sua igualdade. O acordo foi firmado em 814, alguns meses antes de sua morte. Os francos devolveram Veneza, mantendo as terras do norte do Adriático e o basileus reconheceu o título imperial de Carlos Magno. LE GOFF, Jacques. A civilização do ocidente medieval. Bauru, SP: Edusc, 2005. p. 45. Com base nos textos acima e no seu livro didático, considere as asserções a seguir e a relação proposta entre elas: I- A coroação de Carlos Magno como imperador dos cristãos foi uma estratégia desenvolvida e executada pelo Papa Leão III que via muitas vantagens em fornecer esse título para o rei dos francos e líder da dinastia carolíngia. PORQUE II - Ao coroar Carlos Magno imperador, o Papa Leão III adquiria o apoio político ocidental necessário para manter a sua independência frente ao basileus do Império Bizantino e o seu poder de cesaropapismo, conferindo ao papa uma maior autonomia e poder no Ocidente medieval. A respeito dessas asserções, considere a opção correta Alternativas Alternativa 1: As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. Alternativa 2: As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. Alternativa 3: A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. Alternativa 4: A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. Alternativa 5: As asserções I e II são proposições falsas.
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