A primeira metade do século XX teve mudanças no perfil socioeconômico brasileiro, com a transição do perfil rural para o urbano. O modernismo, como vanguarda, vinha na linha de frente destas transformações, abordando questões como as tecnologias, as alterações rápidas e a multiplicidade de referências.

O modernismo brasileiro e o século XX

A estética modernista literalmente faz parte da paisagem do Brasil atual, porque a capital Brasília foi projetada por Oscar Niemeyer, influenciado pelo modernismo. A obra de Niemeyer já era uma reação às transformações do Brasil no século XX, uma das quais a própria mudança de capital federal.

Nomes modernistas diretamente ligados à Semana de 22, como o escritor Mário de Andrade, abordavam a questão das transformações de um país que aos poucos integrava em uma urbanidade única vários regionalismos até então restritos ao interior rural. O Brasil em transformação no começo do século está contido romance alegórico Macunaíma.

Outro nome modernista, Oswald de Andrade, fez parte da renovação de práticas inclusive profissionais dos escritores, já antecipando o que viria a ser, décadas mais tarde, a sociedade das comunicações de massa. Oswald de Andrade atuou, como intelectual criativo e provocador, num meio que já estava vendo o nascimento do mercado publicitário e dos roteiristas audiovisuais.

Essas mudanças de mercado presenciadas pelos modernistas acompanhavam a transformação brasileira em direção ao capitalismo industrial, um fenômeno que, como o próprio modernismo, tomaria boa parte do século XX.

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