Resposta:
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Mintzberg (1983) descreve as relações de poder que permeiam a atuação das
organizações. Em seu modelo, o autor descreve a organização através dos constituintes do
ambiente externo e dos constituintes da organização, ou seja, “estes constituintes
interagem, barganhando entre si, para obter parcelas de poder em relação à organização,
formando a chamada Coalizão Externa (CE) e Coalizão Interna (CI)” (Borenstein e
Camargo, 1997, p. 295).
A coalizão externa é formada pelos proprietários; sindicatos; fornecedores, aliados,
concorrentes e consumidores, que formam o grupo dos associados. O governo e outros
grupos de interesse também fazem parte da coalizão externa. Assim, existem três tipos
possíveis de coalizões externas. A primeira é a CE dominada, onde um influenciador
externo (ou grupo de influenciadores externos agindo em conjunto) detém a maior parte do
poder sobre a organização. O segundo tipo é a CE dividida, neste caso, o poder é dividido
entre influenciadores independentes. O último tipo de coalizão externa é a CE passiva,
onde o número de influenciadores externos cresce de tal maneira que o poder individual
tende a se tornar difuso e flui para a coalizão interna.
Por sua vez, a Coalizão Interna (CI) é constituída da seguinte forma: pelos
executivos (representados pelo presidente ou executivo principal); os gerentes
intermediários; operadores, que são as pessoas que fazem o trabalho básico da
organização; os analistas da tecnoestrutura, que são responsáveis por projetos,
planejamento, contabilidade e; o pessoal do apoio. São cinco, os tipos de coalizão interna:
a) CI Personalizada: o poder concentra-se nas mãos do executivo principal. O
Chief Executive Officer (CEO) toma as decisões estratégicas e monitora a
execução;
b) CI Burocrática: neste caso, a autoridade é mantida através da padronização de
processos de trabalho e da produção. Esta forma de CI dá poder formal aos
influenciadores internos;
c) CI Ideológica: o sistema de ideologias domina esta CI e gera uma integração em
torno dos objetivos principais da organização, nesta CI os influenciadores
internos identificam-se com os objetivos da organização;
d) CI Profissional: o poder flui para os influenciadores internos com habilidades
técnicas e conhecimento crítico visando atingir os objetivos da organização;
e) CI Politizada: os jogos políticos dominam esta CI. Neste caso, não há foco de
poder, dado que a política enfraquece os sistemas internos da organização.
O propósito de empregar um conceito como o de coalizão dominante é
principalmente para distinguir os que normalmente tem o poder de tomar a iniciativa nos
problemas como design da estrutura organizacional de outros que estão na posição de ter
que responder as estas decisões (Child, 1972).
Deste modo é natural entender que “os objetivos organizacionais são alcançados
pela utilização de um Sistema de Poder. Os membros da CI e CE usam este Sistema de
Poder para agir internamente e externamente. Este Sistema de Poder é mais extenso que se
possa imaginar na medida que é composto por outros subsistemas, na verdade possui 4
subsistemas: Autoridade, Conhecimento Especializado, Ideologia e Política” (Borenstein e
Cunha, 1999, p. 18). Deste modo, o conceito de coalizão dominante abre uma visão da
estrutura organizacional em relação a distribuição de poder e o processo de tomada de
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Resposta:
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Mintzberg (1983) descreve as relações de poder que permeiam a atuação das
organizações. Em seu modelo, o autor descreve a organização através dos constituintes do
ambiente externo e dos constituintes da organização, ou seja, “estes constituintes
interagem, barganhando entre si, para obter parcelas de poder em relação à organização,
formando a chamada Coalizão Externa (CE) e Coalizão Interna (CI)” (Borenstein e
Camargo, 1997, p. 295).
A coalizão externa é formada pelos proprietários; sindicatos; fornecedores, aliados,
concorrentes e consumidores, que formam o grupo dos associados. O governo e outros
grupos de interesse também fazem parte da coalizão externa. Assim, existem três tipos
possíveis de coalizões externas. A primeira é a CE dominada, onde um influenciador
externo (ou grupo de influenciadores externos agindo em conjunto) detém a maior parte do
poder sobre a organização. O segundo tipo é a CE dividida, neste caso, o poder é dividido
entre influenciadores independentes. O último tipo de coalizão externa é a CE passiva,
onde o número de influenciadores externos cresce de tal maneira que o poder individual
tende a se tornar difuso e flui para a coalizão interna.
Por sua vez, a Coalizão Interna (CI) é constituída da seguinte forma: pelos
executivos (representados pelo presidente ou executivo principal); os gerentes
intermediários; operadores, que são as pessoas que fazem o trabalho básico da
organização; os analistas da tecnoestrutura, que são responsáveis por projetos,
planejamento, contabilidade e; o pessoal do apoio. São cinco, os tipos de coalizão interna:
a) CI Personalizada: o poder concentra-se nas mãos do executivo principal. O
Chief Executive Officer (CEO) toma as decisões estratégicas e monitora a
execução;
b) CI Burocrática: neste caso, a autoridade é mantida através da padronização de
processos de trabalho e da produção. Esta forma de CI dá poder formal aos
influenciadores internos;
c) CI Ideológica: o sistema de ideologias domina esta CI e gera uma integração em
torno dos objetivos principais da organização, nesta CI os influenciadores
internos identificam-se com os objetivos da organização;
d) CI Profissional: o poder flui para os influenciadores internos com habilidades
técnicas e conhecimento crítico visando atingir os objetivos da organização;
e) CI Politizada: os jogos políticos dominam esta CI. Neste caso, não há foco de
poder, dado que a política enfraquece os sistemas internos da organização.
O propósito de empregar um conceito como o de coalizão dominante é
principalmente para distinguir os que normalmente tem o poder de tomar a iniciativa nos
problemas como design da estrutura organizacional de outros que estão na posição de ter
que responder as estas decisões (Child, 1972).
Deste modo é natural entender que “os objetivos organizacionais são alcançados
pela utilização de um Sistema de Poder. Os membros da CI e CE usam este Sistema de
Poder para agir internamente e externamente. Este Sistema de Poder é mais extenso que se
possa imaginar na medida que é composto por outros subsistemas, na verdade possui 4
subsistemas: Autoridade, Conhecimento Especializado, Ideologia e Política” (Borenstein e
Cunha, 1999, p. 18). Deste modo, o conceito de coalizão dominante abre uma visão da
estrutura organizacional em relação a distribuição de poder e o processo de tomada de