Para o historiador Lucian Souza, é necessário que se tenha em mente a noção de processo — tanto em relação à forma como foi instituída a escravidão, como, também, em relação à resistência que houve (e continua havendo) frente às ideias abolicionistas. "Hoje, ao invés de utilizarmos o conceito de escravo, utilizamos o conceito de escravizado, justamente para demonstrar esse processo de coisificação ao qual o indivíduo era submetido desde que saía da África até sua chegada ao Brasil. Ele não era escravo. Era escravizado", defende. Segundo ele, mesmo que a escravidão estivesse em declínio desde o início do século XIX, o Brasil, em especial a Paraíba, mostrava uma enorme resistência às ideias abolicionistas, tendo sido, inclusive, a última nação a abolir a escravidão.
Gambarra, Rafaela. Negros não eram escravos, eram escravizados. Jornal da Paraíba, 13 maio 2015. Disponível em . Acesso em: 28 ago. 2021 (adaptado).
O conceito de "escravizado" permite outro olhar sobre o processo de escravização no Brasil, pois:
I. Humaniza as pessoas submetidas à condição de escravidão;
II. Condiciona os escravizados à categoria de meras mercadorias;
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alternativa c
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