Se a globalização é entendida como uma expansão de mercados, o neoliberalismo defende o fim do protecionismo, a redução das barreiras, a redução das tarifas, permitindo uma expansão no processo de globalização.
Durante os anos 70 teve início um fenômeno chamado pelos especialistas de Terceira Revolução Industrial. Nesse processo, a informática tornou-se mais popular, além do impulso no que se refere ao desenvolvimento das comunicações e da microeletrônica. Dentro deste panorama, as informações começaram a ser difundidas de forma cada vez mais rápida por meio de redes de computadores, fibra óptica e satélites ao redor do planeta.
Não somente o setor da comunicação progrediu, assim como os transportes. Com isso, empresas multinacionais expandiram-se por vários lugares. Aproveitando-se das condições econômicas que outros países ofereciam, tais como impostos menores e grande quantidade de mão de obra, essas empresas desenvolveram-se. Desta forma, foi criado o conceito de globalização, que, segundo o iDicionário Aulete, significa “processo que conduz a uma integração cada vez mais estreita das economias e das sociedades, especialmente no que diz respeito à produção e troca de mercadorias e de informação”. Exemplos claros deste fenômenos são as redes de fast-food norteamericanas espalhadas em países subdesenvolvidos da América Latina, a presença de companhias de aviação de vários países ao redor do mundo e a inclusão de palavras estrangeiras em idiomas regionais.
Para justificar essa nova fase da economia mundial, que se tornou mais forte nos anos 80 após o colapso da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e a abertura dos países comunistas, vem à tona o conceito de neoliberalismo, um discurso econômico e político que indica uma economia com liberdade absoluta de mercado e restrições a intervenções do Estado na economia, sendo que este só poderia se manifestar quando fosse imprescindível.
Duas personalidades políticas de países desenvolvidos foram essenciais para a expansão do neoliberalismo: Ronald Reagan (EUA) e Margaret Thatcher (Inglaterra). Após um primeiro momento de prática neoliberalista nestes países, seus fundamentos começam a ser transferidos para a América Latina e a região oriental da Europa. Um órgão importante neste processo foi o FMI - Fundo Monetário Internacional -, levando o neoliberalismo a um nível de hegemonia em escala global com suas pressões econômicas.
Entre as principais características do neoliberalismo da época, destacam-se a retração do Estado de Bem-Estar Social, readaptação de direitos trabalhistas aos interesses empresariais, privatização de inúmeras empresas geridas pelo Estado e desregulamentação de mercados. Até mesmo governos historicamente reconhecidos por características de esquerda e trabalhista, acabaram optando por receitas de cunho neoliberal. Apesar da redução da inflação e dos gastos sociais, o desemprego e a desigualdade social continuaram a crescer.
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Se a globalização é entendida como uma expansão de mercados, o neoliberalismo defende o fim do protecionismo, a redução das barreiras, a redução das tarifas, permitindo uma expansão no processo de globalização.
Durante os anos 70 teve início um fenômeno chamado pelos especialistas de Terceira Revolução Industrial. Nesse processo, a informática tornou-se mais popular, além do impulso no que se refere ao desenvolvimento das comunicações e da microeletrônica. Dentro deste panorama, as informações começaram a ser difundidas de forma cada vez mais rápida por meio de redes de computadores, fibra óptica e satélites ao redor do planeta.
Não somente o setor da comunicação progrediu, assim como os transportes. Com isso, empresas multinacionais expandiram-se por vários lugares. Aproveitando-se das condições econômicas que outros países ofereciam, tais como impostos menores e grande quantidade de mão de obra, essas empresas desenvolveram-se. Desta forma, foi criado o conceito de globalização, que, segundo o iDicionário Aulete, significa “processo que conduz a uma integração cada vez mais estreita das economias e das sociedades, especialmente no que diz respeito à produção e troca de mercadorias e de informação”. Exemplos claros deste fenômenos são as redes de fast-food norteamericanas espalhadas em países subdesenvolvidos da América Latina, a presença de companhias de aviação de vários países ao redor do mundo e a inclusão de palavras estrangeiras em idiomas regionais.
Para justificar essa nova fase da economia mundial, que se tornou mais forte nos anos 80 após o colapso da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) e a abertura dos países comunistas, vem à tona o conceito de neoliberalismo, um discurso econômico e político que indica uma economia com liberdade absoluta de mercado e restrições a intervenções do Estado na economia, sendo que este só poderia se manifestar quando fosse imprescindível.
Duas personalidades políticas de países desenvolvidos foram essenciais para a expansão do neoliberalismo: Ronald Reagan (EUA) e Margaret Thatcher (Inglaterra). Após um primeiro momento de prática neoliberalista nestes países, seus fundamentos começam a ser transferidos para a América Latina e a região oriental da Europa. Um órgão importante neste processo foi o FMI - Fundo Monetário Internacional -, levando o neoliberalismo a um nível de hegemonia em escala global com suas pressões econômicas.
Entre as principais características do neoliberalismo da época, destacam-se a retração do Estado de Bem-Estar Social, readaptação de direitos trabalhistas aos interesses empresariais, privatização de inúmeras empresas geridas pelo Estado e desregulamentação de mercados. Até mesmo governos historicamente reconhecidos por características de esquerda e trabalhista, acabaram optando por receitas de cunho neoliberal. Apesar da redução da inflação e dos gastos sociais, o desemprego e a desigualdade social continuaram a crescer.