Eles eram chamados assim em razão dessa palavra, especiaria, significar produtos vegetais de sabor ou aromas fortes, tendo origem na palavra latina specĭes.
As especiarias eram produtos orientais, como o cravo-da-índia, noz-moscanda, a pimenta-do-reino, o açúcar, a canela, o anis-estrelado, o gengibre, o coentro, a mostarda e o açafrão, vendidos na Europa com uma margem de lucro considerável.
Essa demanda ocorreu em razão de que os cruzados entraram em contato e estimularam, após seus retornos às terras natais, o interesse e o desejo de consumo na Europa pelas especiarias, produtos tão caros e raros, dentre eles o açúcar e a pimenta-do-reino. Nesse sentido, o acesso a tais produtos era controlado por terra pelos árabes e pelos italianos por mar, com enormes lucros para ambos, possibilitando o renascimento na Itália.
Assim, os navegantes e comerciantes portugueses ao empreender essas grandes navegações desejavam comprar ou obter produtos orientais (cravo, pimenta-do-reino, seda, dentre outros) diretamente das regiões produtoras, sem a participação dos árabes e os italianos enquanto intermediários que dominavam as rotas de comércio por terra e controlavam o Mar Mediterrâneo, razão pela qual dar a volta no continente africano pelo oceano para chegar às Índias Orientais e à China valia a pena, pois se podia comprá-las a um preço bem baixo e revendê-las com uma margem de lucro de até 6.000%, como o obtido pelo navegante Vasco da Gama.
Na ausência de técnicas mais adequadas de conservação na época das grandes navegações, como congelar os alimentos, as especiarias ajudavam a melhorar o sabor de comidas que já não estavam tão adequadas ao consumo quanto deveriam. Além disso, devido ao alto preço, eram uma maneira de se destacar entre os demais ricos e nobres, de modo que seu uso demonstrava riqueza e luxo. Nesse sentido, também não podiam ser plantadas na Europa em razão das diferenças climáticas.
Vários desses temperos foram levados para a América e África, sendo cultivados e, assim, viabilizando o projeto colonizador / invasor europeu , especialmente a planta indiana cana-de-açúcar, com a qual se produzia o açúcar.
Sugiro, para complementar seu aprendizado desse assunto, que veja no you..tube os vídeos " A História do Mundo em Duas Horas " , " HISTÓRIA DO BRASIL: A COLONIZAÇÃO DO BRASIL" e "Brasil: Uma História Inconveniente " .
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Prezada,Eles eram chamados assim em razão dessa palavra, especiaria, significar produtos vegetais de sabor ou aromas fortes, tendo origem na palavra latina specĭes.
As especiarias eram produtos orientais, como o cravo-da-índia, noz-moscanda, a pimenta-do-reino, o açúcar, a canela, o anis-estrelado, o gengibre, o coentro, a mostarda e o açafrão, vendidos na Europa com uma margem de lucro considerável.
Essa demanda ocorreu em razão de que os cruzados entraram em contato e estimularam, após seus retornos às terras natais, o interesse e o desejo de consumo na Europa pelas especiarias, produtos tão caros e raros, dentre eles o açúcar e a pimenta-do-reino. Nesse sentido, o acesso a tais produtos era controlado por terra pelos árabes e pelos italianos por mar, com enormes lucros para ambos, possibilitando o renascimento na Itália.
Assim, os navegantes e comerciantes portugueses ao empreender essas grandes navegações desejavam comprar ou obter produtos orientais (cravo, pimenta-do-reino, seda, dentre outros) diretamente das regiões produtoras, sem a participação dos árabes e os italianos enquanto intermediários que dominavam as rotas de comércio por terra e controlavam o Mar Mediterrâneo, razão pela qual dar a volta no continente africano pelo oceano para chegar às Índias Orientais e à China valia a pena, pois se podia comprá-las a um preço bem baixo e revendê-las com uma margem de lucro de até 6.000%, como o obtido pelo navegante Vasco da Gama.
Na ausência de técnicas mais adequadas de conservação na época das grandes navegações, como congelar os alimentos, as especiarias ajudavam a melhorar o sabor de comidas que já não estavam tão adequadas ao consumo quanto deveriam. Além disso, devido ao alto preço, eram uma maneira de se destacar entre os demais ricos e nobres, de modo que seu uso demonstrava riqueza e luxo. Nesse sentido, também não podiam ser plantadas na Europa em razão das diferenças climáticas.
Vários desses temperos foram levados para a América e África, sendo cultivados e, assim, viabilizando o projeto colonizador / invasor europeu , especialmente a planta indiana cana-de-açúcar, com a qual se produzia o açúcar.
Sugiro, para complementar seu aprendizado desse assunto, que veja no you..tube os vídeos " A História do Mundo em Duas Horas " , " HISTÓRIA DO BRASIL: A COLONIZAÇÃO DO BRASIL" e "Brasil: Uma História Inconveniente " .
Bons estudos!