A pergunta sobre a "forma de justiça que diz que a justiça tem sua essência verdadeira" é um conceito filosófico e ético complexo que tem sido objeto de debate e reflexão ao longo da história. Diferentes filósofos e tradições culturais têm abordado essa questão de maneiras diversas, o que torna difícil estabelecer uma resposta única ou universalmente aceita.

Existem várias teorias e sistemas filosóficos que tentam definir o que é uma justiça verdadeira e correta, e cada um pode ter uma perspectiva diferente sobre sua essência. Alguns desses sistemas incluem:

Justiça deontológica: Deontologia é uma abordagem ética que se concentra nos deveres e obrigações morais. Para alguns filósofos deontológicos, a justiça verdadeira pode ser baseada em seguir princípios universais e inalienáveis, independentemente das consequências. Um exemplo clássico é a teoria ética de Immanuel Kant, que defendia a importância de agir de acordo com o "imperativo categórico" - agir somente de acordo com aquelas máximas que você possa querer que se tornem leis universais.

Utilitarismo: O utilitarismo é uma teoria ética que se concentra nas consequências das ações. Para alguns adeptos do utilitarismo, a justiça verdadeira é aquela que maximiza a felicidade e minimiza o sofrimento para o maior número de pessoas possível. Nesse sentido, uma ação é considerada justa se produzir um resultado mais benéfico do que qualquer alternativa disponível.

Justiça comunitária: Algumas culturas e tradições enfatizam a importância da justiça em relação ao bem-estar da comunidade como um todo. Nesse contexto, a justiça verdadeira pode ser vista como aquela que promove a harmonia e o equilíbrio entre os membros da comunidade, garantindo que cada um seja tratado com dignidade e respeito.

Justiça distributiva: Essa abordagem se concentra na distribuição justa dos recursos e oportunidades sociais. Para alguns defensores da justiça distributiva, a essência da justiça reside em garantir que os benefícios e encargos da sociedade sejam distribuídos de maneira equitativa.

Justiça restaurativa: Em vez de se concentrar apenas em punição, a justiça restaurativa busca reparar os danos causados por um crime ou ofensa. Nesse contexto, a essência da justiça pode ser vista como um processo que busca curar feridas, restaurar relacionamentos e reintegrar os infratores à comunidade.