Sim, é possível estabelecer uma distinção entre as revoltas de caráter popular e as promovidas pelas elites no Período Regencial no Brasil do século XIX. As revoltas populares eram movimentos liderados principalmente pelas camadas mais pobres da população e tinham como principal objetivo a melhoria de suas condições de vida. Essas revoltas geralmente eram motivadas por questões como a escassez de alimentos, a falta de trabalho, a cobrança de impostos e a má administração pública.

Entre as revoltas populares mais importantes desse período, destacam-se a Revolta dos Malês (1835), liderada por escravos muçulmanos na Bahia; a Cabanagem (1835-1840), liderada por cabanos (habitantes de cabanas) no Pará; e a Sabinada (1837-1838), liderada por profissionais liberais na Bahia.

Já as revoltas promovidas pelas elites eram movimentos liderados por membros da classe dominante, como fazendeiros, comerciantes e políticos, que tinham como objetivo principal defender seus interesses e sua posição de poder. Essas revoltas geralmente eram motivadas por questões políticas, como a luta pelo poder e o controle do governo.

Entre as revoltas promovidas pelas elites mais importantes desse período, destacam-se a Revolução Farroupilha (1835-1845), liderada por fazendeiros gaúchos; e a Revolta dos Liberais (1842), liderada por políticos liberais em São Paulo.

Portanto, podemos observar que as revoltas de caráter popular e as promovidas pelas elites tinham motivações e objetivos diferentes, refletindo as desigualdades sociais e políticas do período regencial no Brasil.