A partir da segunda metade do século XIX, iniciou-se um processo de neocolonialismo que resultou na crescente ocupação da África pelas nações industrializadas, interessadas em impor uma intensa exploração econômica em várias regiões desse continente. Esse processo de ocupação da África provocou reações por meio de movimentos de resistência, que surgiram em todo continente e que apresentavam características próprias.
Ocupação da África
Na segunda metade do século XIX, iniciou-se na Europa um processo de intenso desenvolvimento tecnológico que promoveu grandes transformações no uso de fontes de energia, nas tecnologias de transporte, na comunicação, na intensidade da produção industrial etc. Esse salto tecnológico que aconteceu nesse período ficou conhecido como Segunda Revolução Industrial.
Uma das consequências diretas da Segunda Revolução Industrial foi o crescimento e fortalecimento do capitalismo. Esse fato foi responsável pela aparição do impulso neocolonial que levou as nações industrializadas da Europa a partirem em busca de novas colônias. Essas nações buscavam locais que fornecessem matérias-primas para garantir a continuidade do crescimento industrial e novos mercados para consumir as mercadorias produzidas.
O processo de ocupação do continente africano foi justificado pelos países europeus com o discurso da “missão civilizatória”. As nações europeias invasoras alegavam que levariam as benfeitorias da modernidade e da tecnologia para os locais “selvagens” da África. Além disso, parte desse discurso de “missão civilizatória” dos europeus incluía a cristianização dos povos africanos. Essa missão civilizatória era vista pelos europeus como um “fardo do homem branco”, considerado “superior”, enquanto os africanos eram vistos como “selvagens” e “inferiores”.
colonial francesa na África, optou por invadir a ilha em 1883. Os franceses atacaram Madagáscar primeiramente na cidade de Tamatave (hoje essa cidade chama-se Toamasina).
O ataque francês levou a duas guerras contra o governo malgaxe que resultaram no seu total desmanche, na destituição de Rainilaiarivony e no fim do processo de reformas que estava sendo promovido no país. Valter Roberto Silvério afirma que a conquista francesa em Madagáscar foi facilitada pelas intensas transformações que o país enfrentava|2|.
Movimentos de resistência surgiram na sociedade malgaxe no começo do século XX, porém o domínio francês na região persistiu e Madagáscar obteve sua independência somente em 1960.
|1| RANGER, Terence O. Iniciativas e resistência africanas em face da partilha e da conquista. In.: BOAHEN, Albert Adu (ed.). História Geral da África, VII: África sob dominação colonial, 1880-1935. Brasília: UNESCO, 2010, p. 51-54.
|2| SILVÉRIO, Valter Roberto. Síntese da coleção História Geral da África: século XVI ao século XX. Brasília: UNESCO, MEC, UFSCar, 2013, p. 370.
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A partir da segunda metade do século XIX, iniciou-se um processo de neocolonialismo que resultou na crescente ocupação da África pelas nações industrializadas, interessadas em impor uma intensa exploração econômica em várias regiões desse continente. Esse processo de ocupação da África provocou reações por meio de movimentos de resistência, que surgiram em todo continente e que apresentavam características próprias.
Ocupação da África
Na segunda metade do século XIX, iniciou-se na Europa um processo de intenso desenvolvimento tecnológico que promoveu grandes transformações no uso de fontes de energia, nas tecnologias de transporte, na comunicação, na intensidade da produção industrial etc. Esse salto tecnológico que aconteceu nesse período ficou conhecido como Segunda Revolução Industrial.
Uma das consequências diretas da Segunda Revolução Industrial foi o crescimento e fortalecimento do capitalismo. Esse fato foi responsável pela aparição do impulso neocolonial que levou as nações industrializadas da Europa a partirem em busca de novas colônias. Essas nações buscavam locais que fornecessem matérias-primas para garantir a continuidade do crescimento industrial e novos mercados para consumir as mercadorias produzidas.
O processo de ocupação do continente africano foi justificado pelos países europeus com o discurso da “missão civilizatória”. As nações europeias invasoras alegavam que levariam as benfeitorias da modernidade e da tecnologia para os locais “selvagens” da África. Além disso, parte desse discurso de “missão civilizatória” dos europeus incluía a cristianização dos povos africanos. Essa missão civilizatória era vista pelos europeus como um “fardo do homem branco”, considerado “superior”, enquanto os africanos eram vistos como “selvagens” e “inferiores”.
colonial francesa na África, optou por invadir a ilha em 1883. Os franceses atacaram Madagáscar primeiramente na cidade de Tamatave (hoje essa cidade chama-se Toamasina).
O ataque francês levou a duas guerras contra o governo malgaxe que resultaram no seu total desmanche, na destituição de Rainilaiarivony e no fim do processo de reformas que estava sendo promovido no país. Valter Roberto Silvério afirma que a conquista francesa em Madagáscar foi facilitada pelas intensas transformações que o país enfrentava|2|.
Movimentos de resistência surgiram na sociedade malgaxe no começo do século XX, porém o domínio francês na região persistiu e Madagáscar obteve sua independência somente em 1960.
|1| RANGER, Terence O. Iniciativas e resistência africanas em face da partilha e da conquista. In.: BOAHEN, Albert Adu (ed.). História Geral da África, VII: África sob dominação colonial, 1880-1935. Brasília: UNESCO, 2010, p. 51-54.
|2| SILVÉRIO, Valter Roberto. Síntese da coleção História Geral da África: século XVI ao século XX. Brasília: UNESCO, MEC, UFSCar, 2013, p. 370.
Explicação:
espero q tenha ajudado (: