RESUMA O TEXTO ABAIXO:
Assim como uma sucessão de notas não forma uma música, a sucessão de instantes só adquire sentido numa continuidade que chamamos duração. Uma duração subjetiva, ligada às nossas experiências e aos nossos desejos... "Ainda faltam três dias para começarem as férias!". Você deseja tanto que esses três dias passem rápido que eles vão the parecer séculos. O tempo não se deixa atropelar e parece reagir em proporção inversa ao que você deseja. Você quer que ele corra, e ele se arrasta; você quer que um instante de felicidade dure eternamente, e ele já se acabou. No entanto, na realidade do mundo, esses três dias não passam de três dias, nada mais, nada menos. Uma duração objetiva, mensurável por milhões de relógios. E sua subjetividade que lhe atribui um valor particular, vinculado aos acontecimentos que você vive. O tempo existe em você. Ele é um componente da sua personalidade. O filósofo francês Henri Bergson, no século XX, baseou-se nesse tipo de experiência sensivel para pensar o tempo. Segundo ele, a duração Siver para vivida nada tem a ver com o tempo medido pelos relógios: os relógios só medem o espaço, isto é, a trajetória regular dos ponteiros num mostrador. Qual é a relação com o tempo vivido? Você sabe que é o mesmo ser desde que nasceu ser porque você caminha com tempo, que é percebido por meio de sensações e de lembranças. O tempo em você engorda sem parar no ritmo das emoções que formam a trama de sua vida interior. Se você depara com uma situação idêntica aquela que viveu um momento antes, a duração que passou entre as duas impossibilita a repetição: depois da primeira vez, você já não é o mesmo, porque viveu emoções que o modificaram. Assim, o segundo beijo não pode ser parecido com a primeiro: você já conhece a doçura do carinho, a textura dos lábios amados, você espera para reencontrá-las e não mais para descobri-las. BAUSSIER, Sylvie. Pequena história do tempo São Paulo: Edições SM, 2005, p. 72.
Lista de comentários
O texto apresentado disserta sobre o tempo e a percepção que as pessoas têm do mesmo, dissertando sobre o fato de que o tempo passa sempre da mesma forma, independentemente do desejo de que ele passe rápido ou devagar.
Duração subjetiva do tempo
Ou seja, há uma duração, mas ela pode ser subjetiva, porque a percepção de que ela dura muito ou não depende apenas de cada um dos indivíduos.
Além disso, também há uma divagação sobre o quanto as pessoas mudam conforme o tempo passa, relacionando o tempo com mudanças.
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