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Sócrates (em grego: Σωκράτης, IPA: [sɔːkrátɛːs], transl. Sōkrátēs; Atenas, c. 469 a.C. - Atenas, 399 a.C.)[1] foi um filósofo ateniense do período clássico da Grécia Antiga. Creditado como um dos fundadores da filosofia ocidental, é até hoje uma figura enigmática, conhecida principalmente através dos relatos em obras de escritores que viveram mais tarde, especialmente dois de seus alunos, Platão e Xenofonte, bem como pelas peças teatrais de seu contemporâneo Aristófanes. Muitos defendem que os diálogos de Platão seriam o relato mais abrangente de Sócrates a ter perdurado da Antiguidade aos dias de hoje.Nascido nas planícies do monte Licabeto, próximo a Atenas, Sócrates vinha de família humilde.[6] Era filho de Sofronisco[7] - motivo pelo qual ele era chamado em sua juventude de Sokrates ios Sōfronískos (Sócrates, o filho de Sofronisco) -, um escultor, especialista em entalhar colunas nos templos, e Fainarete, uma parteira (ambos eram parentes de Aristides, o Justo).
Ilustração do Emblem book, retratando Xântipe esvaziando um pote sobre Sócrates, do Emblemata Horatiana ilustrado por Otho Vaenius, 1607. Durante sua infância, ajudou seu pai no ofício de escultor. Porém, muitas vezes seus amigos zombavam da sua incapacidade de trabalhar o mármore. Mesmo quando aparecia uma oportunidade de ajudar o seu pai, sempre acabava atrapalhando.[8] Seu destino foi apontado, pelo próprio Oráculo de Delfos, como um grande educador,[carece de fontes] mas foi somente por influência da sua mãe que ele pôde descobrir sua verdadeira vocação.
Sócrates foi casado com Xântipe, que era bem mais jovem que ele, e teve um filho, Lamprocles.[9] Há relatos de que o casal possivelmente teve mais dois filhos, Sofronisco e Menexeno.[carece de fontes] Porém, segundo Aristóteles, citado por Diógenes Laércio, Sofronisco e Menexeno eram filhos da segunda esposa de Sócrates, Mirto, filha de Aristides, o Justo.[9] Sátiro e Jerônimo de Rodes, também citados por Diógenes Laércio, dizem que, pela falta de homens em Atenas, foi permitido a um ateniense casado ter filhos com outra mulher, e que Sócrates teria tido Xântipe e Mirto ao mesmo tempo.[10]
Seu amigo Críton criticou-o por ter abandonado seus filhos quando se recusou a tentar fugir para evitar sua execução. Este fato mostra que ele (assim como outros discípulos) não teria entendido a mensagem que Sócrates passa sobre a morte (diálogo Fédon).
Sócrates costumava caminhar descalço, não tinha o hábito de tomar banho e amava livros sobre sexologia. Em certas ocasiões, parava o que quer que estivesse fazendo, ficava imóvel por horas, meditando sobre algum problema. Certa vez o fez descalço sobre a neve, segundo os escritos de Platão, o que demonstra seu caráter lendário.
Cláudio Eliano lista Sócrates como um dos grandes homens que gostavam de brincar com crianças: uma vez, Alcibíades surpreendeu Sócrates brincando com seu filho Lamprocles.Conta-se que um dia Sócrates foi levado junto à sua mãe para ajudar em um parto complicado. Vendo sua mãe realizar o trabalho, Sócrates logo “filosofou”: Minha mãe não irá criar o bebê, apenas ajudá-lo-á a nascer e tentará diminuir a dor do parto. Ao mesmo tempo, se ela não tirar o bebê, logo ele irá morrer, e igualmente a mãe morrerá!
Sócrates concluiu então que, de certa forma, ele também era um parteiro. O conhecimento está dentro das pessoas (que são capazes de aprender por si mesmas). Porém, eu posso ajudar no nascimento deste conhecimento. Concluiu ele. Por isso, até hoje os ensinamentos de Sócrates são conhecidos por maiêutica (que significa parteira em grego). [13]
Assim, logo sua vocação falou mais alto e ele partiu para aprender filosofia, onde foi discípulo dos filósofos Anaxágoras e Arquelau. Seu talento logo chamou a atenção. Tanto que foi chamado pela Pítia (sacerdotisa do templo de Apolo, em Delfos, Antiga Grécia) de o mais sábio de todos os homens!.[7]
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Ilustração do Emblem book, retratando Xântipe esvaziando um pote sobre Sócrates, do Emblemata Horatiana ilustrado por Otho Vaenius, 1607.
Durante sua infância, ajudou seu pai no ofício de escultor. Porém, muitas vezes seus amigos zombavam da sua incapacidade de trabalhar o mármore. Mesmo quando aparecia uma oportunidade de ajudar o seu pai, sempre acabava atrapalhando.[8] Seu destino foi apontado, pelo próprio Oráculo de Delfos, como um grande educador,[carece de fontes] mas foi somente por influência da sua mãe que ele pôde descobrir sua verdadeira vocação.
Sócrates foi casado com Xântipe, que era bem mais jovem que ele, e teve um filho, Lamprocles.[9] Há relatos de que o casal possivelmente teve mais dois filhos, Sofronisco e Menexeno.[carece de fontes] Porém, segundo Aristóteles, citado por Diógenes Laércio, Sofronisco e Menexeno eram filhos da segunda esposa de Sócrates, Mirto, filha de Aristides, o Justo.[9] Sátiro e Jerônimo de Rodes, também citados por Diógenes Laércio, dizem que, pela falta de homens em Atenas, foi permitido a um ateniense casado ter filhos com outra mulher, e que Sócrates teria tido Xântipe e Mirto ao mesmo tempo.[10]
Seu amigo Críton criticou-o por ter abandonado seus filhos quando se recusou a tentar fugir para evitar sua execução. Este fato mostra que ele (assim como outros discípulos) não teria entendido a mensagem que Sócrates passa sobre a morte (diálogo Fédon).
Sócrates costumava caminhar descalço, não tinha o hábito de tomar banho e amava livros sobre sexologia. Em certas ocasiões, parava o que quer que estivesse fazendo, ficava imóvel por horas, meditando sobre algum problema. Certa vez o fez descalço sobre a neve, segundo os escritos de Platão, o que demonstra seu caráter lendário.
Cláudio Eliano lista Sócrates como um dos grandes homens que gostavam de brincar com crianças: uma vez, Alcibíades surpreendeu Sócrates brincando com seu filho Lamprocles.Conta-se que um dia Sócrates foi levado junto à sua mãe para ajudar em um parto complicado. Vendo sua mãe realizar o trabalho, Sócrates logo “filosofou”: Minha mãe não irá criar o bebê, apenas ajudá-lo-á a nascer e tentará diminuir a dor do parto. Ao mesmo tempo, se ela não tirar o bebê, logo ele irá morrer, e igualmente a mãe morrerá!
Sócrates concluiu então que, de certa forma, ele também era um parteiro. O conhecimento está dentro das pessoas (que são capazes de aprender por si mesmas). Porém, eu posso ajudar no nascimento deste conhecimento. Concluiu ele. Por isso, até hoje os ensinamentos de Sócrates são conhecidos por maiêutica (que significa parteira em grego). [13]
Assim, logo sua vocação falou mais alto e ele partiu para aprender filosofia, onde foi discípulo dos filósofos Anaxágoras e Arquelau. Seu talento logo chamou a atenção. Tanto que foi chamado pela Pítia (sacerdotisa do templo de Apolo, em Delfos, Antiga Grécia) de o mais sábio de todos os homens!.[7]