Durante a Idade Média, muitas pessoas criticavam a Igreja por seu afastamento dos ensinamentos de Jesus. Alguns, como São Francisco de Assis, criador da Ordem dos Franciscanos, tentaram melhorar a Igreja sem se desligar dela. Outros, como John Wycliffe e John Huss, desejavam reformas radicais. Esses dois reformadores lançaram bases da Reforma protestante.
John Wycliffe (1320-1384) era inglês e se formou em teologia pela Universidade de Oxford. Desde os tempos de estudante, dirigia críticas ao clero, sobretudo com relação à falta de instrução dos sacerdotes e à sua preocupação em acumular riquezas. A fim de que mais pessoas pudessem conhecer a Bíblia, Wycliffe traduziu-a do latim (língua oficial da Igreja) para o inglês. Ele escreveu também vários livros. Em um deles, defendia a idéia de que as terras da Igreja deveriam passar às mãos do Governo.
As autoridades religiosas reagiram ordenando a prisão do teólogo e acusando-o de herege, isto é, de contrariar as verdades defendidas pela Igreja. Ele só escapou da morte na fogueira por ser amigo da família real inglesa.
John Huss (1369-1415), discípulo e seguidor de Wycliffe, foi professor e reitor da Universidade de Praga (na atual República Tcheca). Huss tornou-se conhecido por ser brilhante orador e por fazer sermões na língua de seu povo, o theco, língua para a qual traduziu a Bíblia. Aos poucos, por seus ataques à corrupção e à ostentação do clero, Huss, conquistou o apoio dos camponeses e dos artesãos e assalariados das cidades tchecas.
Vendo que o movimento liderado por Huss crescia, as autoridades o convidaram para um concílio (reunião de bispos) na Suíça. Era uma armadilha: lá chegando, Huss foi acusado de heresia, preso e queimado vivo em 6 de julho de 1415.
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Durante a Idade Média, muitas pessoas criticavam a Igreja por seu afastamento dos ensinamentos de Jesus. Alguns, como São Francisco de Assis, criador da Ordem dos Franciscanos, tentaram melhorar a Igreja sem se desligar dela. Outros, como John Wycliffe e John Huss, desejavam reformas radicais. Esses dois reformadores lançaram bases da Reforma protestante.
John Wycliffe (1320-1384) era inglês e se formou em teologia pela Universidade de Oxford. Desde os tempos de estudante, dirigia críticas ao clero, sobretudo com relação à falta de instrução dos sacerdotes e à sua preocupação em acumular riquezas. A fim de que mais pessoas pudessem conhecer a Bíblia, Wycliffe traduziu-a do latim (língua oficial da Igreja) para o inglês. Ele escreveu também vários livros. Em um deles, defendia a idéia de que as terras da Igreja deveriam passar às mãos do Governo.
As autoridades religiosas reagiram ordenando a prisão do teólogo e acusando-o de herege, isto é, de contrariar as verdades defendidas pela Igreja. Ele só escapou da morte na fogueira por ser amigo da família real inglesa.
John Huss (1369-1415), discípulo e seguidor de Wycliffe, foi professor e reitor da Universidade de Praga (na atual República Tcheca). Huss tornou-se conhecido por ser brilhante orador e por fazer sermões na língua de seu povo, o theco, língua para a qual traduziu a Bíblia. Aos poucos, por seus ataques à corrupção e à ostentação do clero, Huss, conquistou o apoio dos camponeses e dos artesãos e assalariados das cidades tchecas.
Vendo que o movimento liderado por Huss crescia, as autoridades o convidaram para um concílio (reunião de bispos) na Suíça. Era uma armadilha: lá chegando, Huss foi acusado de heresia, preso e queimado vivo em 6 de julho de 1415.