Harpagon é um homem rico, mas terrivelmente avarento, que vive em constante pavor de que roubem uma arca de ouro que enterrou no jardim. Ele tem um criado, Valère, apaixonado por sua filha, Élise. Valère tem certeza de que é descendente de uma boa família, mas perdeu-se de seus parentes no passado e tem pouca esperança de que o patrão permita seu casamento com a moça. Enquanto não prova que tem sangue nobre, Valère tenta conquistar a afeição do patrão bajulando-o o tempo todo.
O filho de Harpagon, Cléante, também está apaixonado. Quer se casar com Mariane, uma garota pobre e órfã, mas também tem pouca esperança de que o pai permita o enlace. Como Mariane não tem dinheiro, Cléante ainda nem contou ao pai sobre o relacionamento. E o que ele não imagina é que o próprio Harpagon, viúvo há muitos anos, também está interessado na moça.
Um dia, Harpagon informa a Élise que decidiu casá-la com Anselme, um ricaço de cinqüenta anos, que propôs desposá-la mesmo sem dote. Élise odeia a idéia, mas Harpagon não quer perder proposta tão vantajosa. Desesperada, Élise pede a ajuda de seu amado Valère. Ele jura que evitará o casamento e diz que, em último caso, fugirão juntos.
Enquanto isso, Cléante está tão determinado a se casar com Mariane que decide pedir dinheiro emprestado a um agiota, como forma de se livrar do jugo financeiro do pai. Ele sabe que o agiota é um explorador que cobra vinte e cinco por cento ao mês, mas marca uma entrevista. Lá chegando, uma grande surpresa: o agiota é o próprio Harpagon. Pai e filho brigam feio e o negócio não se consuma.
Harpagon dá uma festa em homenagem à Mariane, gastando o mínimo possível em comida e bebida. Mariane, que já achava Harpagon repulsivo, passa a detestá-lo ainda mais quando descobre que ele é pai de seu amado Cléante. Depois da festa, Cléante não resiste e confessa a Harpagon que ama Mariane. O velho passa a desejar ainda mais ardentemente que a garota seja sua. Cléante jura que fará tudo para impedir tal união e Harpagon o deserda. Nesse momento, um criado entra alertando que alguém roubou o dinheiro enterrado no jardim. Harpagon fica desesperado, suspeitando de todos, até de si mesmo.
Um criado invejoso diz a Harpagon que o ladrão é Valère. Harpagon, mesmo sem provas, chama a polícia para prender o rapaz. Anselme chega a tempo de ouvir Valère brigar com Harpagon, confessar seu amor por Élise e jurar que se casará com ela de qualquer maneira. Anselme, comovido, retira sua proposta de casamento, pois não quer forçar Élise a um enlace indesejado. Harpagon fica furioso por perder o genro rico. Chega um magistrado para prender Valère, mas o rapaz diz que não pode ser levado para a cadeia porque é, na verdade, um nobre, filho do napolitano Don Thomas d’Alburci. Valére conta que sofreu um naufrágio que o separou de seus parentes, os outros d’Alburci. Julga que estejam todos mortos. Mariane, emocionada, descobre assim que é irmã de Valère. Ela também sobrevivera ao naufrágio. E a alegria não fica por aí. Anselmo revela que é pai dos dois, Don Thomas d’Alburci em pessoa. Ele também conseguira chegar à terra firma e, achando que os filhos tinham morrido, adotara em Paris o novo nome de Anselmo.
As surpreendentes revelações não fazem diferença para Harpagon. Ele continua insistindo para que Valère devolva seu dinheiro. Cléante aparece para dizer que, na verdade, tinha sido ele o ladrão e que só devolveria o ouro se o pai permitisse seu casamento com Mariane. Anselmo é o primeiro a dar seu consentimento e ainda concorda em pagar pelos dois casamentos. Harpagon não vê outra saída senão concordar.
Mariane e seu irmão Valére vão com Anselme para reencontrar a mãe que não vêem há anos. Junto com eles, seguem seus amados Cléante e Élise. Harpagon fica sozinho, agarrado à sua arca de ouro, o único e verdadeiro amor de sua vida.
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Harpagon é um homem rico, mas terrivelmente avarento, que vive em constante pavor de que roubem uma arca de ouro que enterrou no jardim. Ele tem um criado, Valère, apaixonado por sua filha, Élise. Valère tem certeza de que é descendente de uma boa família, mas perdeu-se de seus parentes no passado e tem pouca esperança de que o patrão permita seu casamento com a moça. Enquanto não prova que tem sangue nobre, Valère tenta conquistar a afeição do patrão bajulando-o o tempo todo.
O filho de Harpagon, Cléante, também está apaixonado. Quer se casar com Mariane, uma garota pobre e órfã, mas também tem pouca esperança de que o pai permita o enlace. Como Mariane não tem dinheiro, Cléante ainda nem contou ao pai sobre o relacionamento. E o que ele não imagina é que o próprio Harpagon, viúvo há muitos anos, também está interessado na moça.
Um dia, Harpagon informa a Élise que decidiu casá-la com Anselme, um ricaço de cinqüenta anos, que propôs desposá-la mesmo sem dote. Élise odeia a idéia, mas Harpagon não quer perder proposta tão vantajosa. Desesperada, Élise pede a ajuda de seu amado Valère. Ele jura que evitará o casamento e diz que, em último caso, fugirão juntos.
Enquanto isso, Cléante está tão determinado a se casar com Mariane que decide pedir dinheiro emprestado a um agiota, como forma de se livrar do jugo financeiro do pai. Ele sabe que o agiota é um explorador que cobra vinte e cinco por cento ao mês, mas marca uma entrevista. Lá chegando, uma grande surpresa: o agiota é o próprio Harpagon. Pai e filho brigam feio e o negócio não se consuma.
Harpagon dá uma festa em homenagem à Mariane, gastando o mínimo possível em comida e bebida. Mariane, que já achava Harpagon repulsivo, passa a detestá-lo ainda mais quando descobre que ele é pai de seu amado Cléante. Depois da festa, Cléante não resiste e confessa a Harpagon que ama Mariane. O velho passa a desejar ainda mais ardentemente que a garota seja sua. Cléante jura que fará tudo para impedir tal união e Harpagon o deserda. Nesse momento, um criado entra alertando que alguém roubou o dinheiro enterrado no jardim. Harpagon fica desesperado, suspeitando de todos, até de si mesmo.
Um criado invejoso diz a Harpagon que o ladrão é Valère. Harpagon, mesmo sem provas, chama a polícia para prender o rapaz. Anselme chega a tempo de ouvir Valère brigar com Harpagon, confessar seu amor por Élise e jurar que se casará com ela de qualquer maneira. Anselme, comovido, retira sua proposta de casamento, pois não quer forçar Élise a um enlace indesejado. Harpagon fica furioso por perder o genro rico. Chega um magistrado para prender Valère, mas o rapaz diz que não pode ser levado para a cadeia porque é, na verdade, um nobre, filho do napolitano Don Thomas d’Alburci. Valére conta que sofreu um naufrágio que o separou de seus parentes, os outros d’Alburci. Julga que estejam todos mortos. Mariane, emocionada, descobre assim que é irmã de Valère. Ela também sobrevivera ao naufrágio. E a alegria não fica por aí. Anselmo revela que é pai dos dois, Don Thomas d’Alburci em pessoa. Ele também conseguira chegar à terra firma e, achando que os filhos tinham morrido, adotara em Paris o novo nome de Anselmo.
As surpreendentes revelações não fazem diferença para Harpagon. Ele continua insistindo para que Valère devolva seu dinheiro. Cléante aparece para dizer que, na verdade, tinha sido ele o ladrão e que só devolveria o ouro se o pai permitisse seu casamento com Mariane. Anselmo é o primeiro a dar seu consentimento e ainda concorda em pagar pelos dois casamentos. Harpagon não vê outra saída senão concordar.
Mariane e seu irmão Valére vão com Anselme para reencontrar a mãe que não vêem há anos. Junto com eles, seguem seus amados Cléante e Élise. Harpagon fica sozinho, agarrado à sua arca de ouro, o único e verdadeiro amor de sua vida.