Nascida no Paquistão, Malala ficou conhecida mundialmente em 09 de outubro de 2012, dia em que foi atingida por membros do grupo terrorista Talibã quando voltava para casa após uma manhã de provas na escola. Em 2014, com 17 anos, a ativista se tornou a pessoa mais jovem a ser laureada com o Prêmio Nobel da Paz.
Seu ativismo, entretanto, começou muito antes. A menina relata sempre ter tido interesse pela educação, o que em parte se deve à influência do pai, Ziaudin Yousafzai. Professor e dono da escola Kushal, a qual foi diversas vezes acusada de imoralidades e ameaçada pela contínua oferta da educação a garotas, Ziaudin é descrito pela filha como “diferente da maior parte dos homens patchuns”. Ela justifica sua afirmação por atitudes do pai, como a comemoração do nascimento da garota com celebrações reservadas a filhos do sexo masculino.
Em 2009, quatro anos após a presença do Talibã no Vale do Swat (norte do Paquistão) ter sido iniciada, o grupo estabeleceu o dia 14 de janeiro como data limite para as garotas deixarem de ir à escola. Nesse dia, as ações de Malala foram acompanhadas por um grupo de cinegrafistas, dando origem ao documentário “Class Dismissed” do New York Times. No mesmo ano, a aluna relatou a vida sob o Talibã usando o pseudônimo de Gul Makai para o serviço em urdu da BBC.
Quatro meses depois, o contínuo avanço do Talibã levou o exército paquistanês a adentrar o Vale do Swat e recomendar que todos deixassem suas casas. Nesse ano, o número de pessoas deslocadas internamente no Paquistão chegou a quase 2 milhões, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Malala e sua família estavam entre eles, tendo sua primeira experiência de deslocamento forçado.
Em três meses, o grupo passou por quatro cidades, ficando na casa de parentes, enquanto grande parte dos outros habitantes do Vale do Swat foram alocados em campos de refugiados. Em julho, foi declarado que o Exército havia tido sucesso em sua operação e que seria seguro voltar para o Vale.
Um ano depois, em julho de 2010, o país foi atingido por fortes chuvas e enchentes, sendo cerca de 950 mil pessoas levadas à condição de deslocadas internamente, segundo o Acnur. A narrativa relata o medo da população paquistanesa de que a precariedade da situação levasse a uma nova ascensão do Talibã, como ocorreu durante o terremoto de 2005, momento no qual associações militantes se destacaram na ajuda humanitária.
O desastre era visto como um aviso de Deus para que a Sharia fosse seguida. Tal ideia foi amplamente difundida pela Mulá FM, emissora de rádio com interpretações extremistas que se expandiu pelo vale em 2005, momento em que a presença Talibã teve início.
Já em 2010, as autoras apontam o fato de o Talibã ter proibido a ação de entidades de assistências cristãs e judias no auxílio após as enchentes. Tal fato, somado com a continuidade de ataques a escolas levantaram a dúvida sobre a realidade do fim da presença talibã.
Em 2012, militantes do grupo invadiram o ônibus escolar em que a aluna se encontrava e dispararam três tiros, dois deles atingindo duas colegas e um deles passando pelo seu olho e saindo pelo ombro. Depois de passar por diferentes hospitais no Paquistão, ela foi transferida para o Reino Unido, onde, juntamente com seus pais e irmãos, mora como refugiada desde então.
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Nascida no Paquistão, Malala ficou conhecida mundialmente em 09 de outubro de 2012, dia em que foi atingida por membros do grupo terrorista Talibã quando voltava para casa após uma manhã de provas na escola. Em 2014, com 17 anos, a ativista se tornou a pessoa mais jovem a ser laureada com o Prêmio Nobel da Paz.
Seu ativismo, entretanto, começou muito antes. A menina relata sempre ter tido interesse pela educação, o que em parte se deve à influência do pai, Ziaudin Yousafzai. Professor e dono da escola Kushal, a qual foi diversas vezes acusada de imoralidades e ameaçada pela contínua oferta da educação a garotas, Ziaudin é descrito pela filha como “diferente da maior parte dos homens patchuns”. Ela justifica sua afirmação por atitudes do pai, como a comemoração do nascimento da garota com celebrações reservadas a filhos do sexo masculino.
Em 2009, quatro anos após a presença do Talibã no Vale do Swat (norte do Paquistão) ter sido iniciada, o grupo estabeleceu o dia 14 de janeiro como data limite para as garotas deixarem de ir à escola. Nesse dia, as ações de Malala foram acompanhadas por um grupo de cinegrafistas, dando origem ao documentário “Class Dismissed” do New York Times. No mesmo ano, a aluna relatou a vida sob o Talibã usando o pseudônimo de Gul Makai para o serviço em urdu da BBC.
Quatro meses depois, o contínuo avanço do Talibã levou o exército paquistanês a adentrar o Vale do Swat e recomendar que todos deixassem suas casas. Nesse ano, o número de pessoas deslocadas internamente no Paquistão chegou a quase 2 milhões, segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). Malala e sua família estavam entre eles, tendo sua primeira experiência de deslocamento forçado.
Em três meses, o grupo passou por quatro cidades, ficando na casa de parentes, enquanto grande parte dos outros habitantes do Vale do Swat foram alocados em campos de refugiados. Em julho, foi declarado que o Exército havia tido sucesso em sua operação e que seria seguro voltar para o Vale.
Um ano depois, em julho de 2010, o país foi atingido por fortes chuvas e enchentes, sendo cerca de 950 mil pessoas levadas à condição de deslocadas internamente, segundo o Acnur. A narrativa relata o medo da população paquistanesa de que a precariedade da situação levasse a uma nova ascensão do Talibã, como ocorreu durante o terremoto de 2005, momento no qual associações militantes se destacaram na ajuda humanitária.
O desastre era visto como um aviso de Deus para que a Sharia fosse seguida. Tal ideia foi amplamente difundida pela Mulá FM, emissora de rádio com interpretações extremistas que se expandiu pelo vale em 2005, momento em que a presença Talibã teve início.
Já em 2010, as autoras apontam o fato de o Talibã ter proibido a ação de entidades de assistências cristãs e judias no auxílio após as enchentes. Tal fato, somado com a continuidade de ataques a escolas levantaram a dúvida sobre a realidade do fim da presença talibã.
Em 2012, militantes do grupo invadiram o ônibus escolar em que a aluna se encontrava e dispararam três tiros, dois deles atingindo duas colegas e um deles passando pelo seu olho e saindo pelo ombro. Depois de passar por diferentes hospitais no Paquistão, ela foi transferida para o Reino Unido, onde, juntamente com seus pais e irmãos, mora como refugiada desde então.
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